11 de mar. de 2009

Fernando Melo assume a Frente Parlamentar Brasil-Bolívia

Melo, com o embaixador da Bolívia no Brasil, Renê Maurício Dorfler Ocampo.

BRASÍLIA – Ao assumir na tarde desta terça-feira o cargo de presidente da Frente Parlamentar Brasil-Bolívia, o deputado Fernando Melo (PT-AC) firmou o compromisso de prosseguir um longo trabalho de diplomacia parlamentar e integração com aquele país. “Temos muito em comum: são muitos bolivianos que atravessam a fronteira e chegam ao Brasil e também há muitos brasileiros trabalhando em solo boliviano e contribuindo para o engrandecimento dos departamentos (estados) vizinhos”, afirmou, na sala de reuniões da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

Melo recebeu o cargo de outro colega acreano e de partido, o deputado Nilson Mourão (PT-AC), que destacou o fato de o Congresso Boliviano também possuir um grupo parlamentar semelhante. Na próxima quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores da Bolívia, David Choquehanca, se reunirá com parlamentares em Brasília. Na semana passada, Melo se reuniu com Mourão e o embaixador da Bolívia Renê Maurício Dorfler Ocampo, para debater as relações entre os dois países.

Mourão atuou em diversos conflitos fronteiriços e nas quatro eleições e nos dois referendos bolivianos. Dialogou com os governos do Pando e de Santa Cruz, dedicando especial atenção a sojicultores brasileiros. Em Cobija, buscou solução para conflitos envolvendo seringueiros e castanheiros. Nessa região do Pando, forças políticas e militares locais se entrincheiraram contra o governo legal do presidente Evo Morales, que vem promovendo a maioria até algum tempo atrás excluída das políticas sociais. O referendo deu vitória ao governo, mas encontrou resistência em Cobija.
Conflitos no Pando
No ano passado, Mourão participou decisivamente no conflito ocorrido no Departamento de Pando, quando o governador Leopoldo Fernandes foi preso. Pando ficou em estado de sítio. Esteve ainda em La Paz, participando das negociações decorrentes da crise da Petrobras.

Ainda há muito o que fazer. O contingente de brasileiros na Bolívia não alcança 7 mil pessoas naquela faixa de fronteira. Já o número de bolivianos em situação irregular vem aumentando e só no Estado de São Paulo ultrapassa a 70 mil pessoas.

Desde hoje, Melo tem total envolvimento no encaminhamento da situação dos estudantes brasileiros em Santa Cruz de La Sierra e Cochabamba. Deverá dar prioridade também ao direito de trabalho, em mão dupla, de brasileiros e bolivianos em regiões fronteiriças, notadamente, castanheiros, seringueiros, pecuaristas, pequenos agricultores e posseiros. O deputado espera o apoio do Poder Judiciário para orientar e organizar a documentação nessas regiões. Sobra ainda para o crivo da Frente Parlamentar debater a situação de pessoas presas nos dois países.

DA ASSESSORIA

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