14 de set. de 2009

Acreanos comemoram datas do Acre no Rio de Janeiro

Perpétua Almeida - convidada de honra

Eles moram longe de casa, mas mantém o Acre no coração. Em outros estados se buscam, se encontram e formam comunidades nas quais cultuam os símbolos e datas do Acre. Festividades regadas a música e comida acreana, como forma de se sentir em casa.

A Casa do Acre no Rio de Janeiro é um exemplo disso. Formada por acreanos que vivem na cidade maravilhosa há mais de trinta anos (muitos deles fora do Acre desde o tempo que o Rio de Janeiro era a capital federal e o Acre era território), a comunidade reforça seus laços com o estado de origem e comemora todas as datas que se referem ao Acre.

Nas datas cívicas relacionadas ao Acre, a Casa do Acre – organização sem fins lucrativos e de caráter social- congregam-se mais de mil associados para manterem acesa a chama da acreanidade em terras cariocas.

Este ano, a Casa do Acre no Rio de Janeiro comemorou o Dia da Amazônia (05/09), com cinco dias de atraso, para adequar-se à agenda da deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB).

Convidada de honra do evento, Perpétua fez uma palestra na sede da Federação das Academias de Letras do Brasil, na qual defendeu a “amazonização” do Brasil, ou seja, a sensibilização do país para a defesa da região.

“ Mais da metade do Brasil é Amazônia. O Brasil precisa conhecer, entender a região, suas peculiaridades e sua necessidade de um desenvolvimento do nosso jeito, mas com as garantias e necessidades que precisamos”, explicou a parlamentar.

Após a exposição na qual reforçou a importância e a grandeza da Amazônia e a necessidade de manter sempre viva a idéia que a Amazônia é patrimônio nacional Perpétua Almeida defendeu que a floresta não seja vista como um santuário, mas como uma área onde vivem aproximadamente doze milhões de brasileiros que querem progredir.

A deputada comunista foi aplaudida com entusiasmo quando defendeu investimentos dos lucros do Pré-sal no desenvolvimento sustentável da Amazônia.
“Ninguém gosta de pobreza. Nós queremos manter a floresta para a saúde climática do planeta, mas precisamos se recompensados por isso. Afinal estamos prestando um serviço ao mundo e ao resto do Brasil. Queremos em contrapartida, saúde, educação, vida digna, enfim, justiça social para o nosso povo que vive nas matas, assim como para os que habitam as cidades da Amazônia. A região é cheia de desafios e possibilidades que temos de desenvolver em nosso benefício”,salientou a deputada comunista.

A deputada acreana defendeu ainda uma maior integração com os países do cone sul, ao invés da relação cultural e comercial quase que exclusivamente mantida com Estados Unidos e Europa.

Perpétua Almeida destacou ainda a necessidade de investimentos em pesquisa e tecnologia para acelerar o desenvolvimento da região com o menor impacto possível e mostrou em números a disparidade dos investimentos no setor, comprovando que algumas universidades do centro-sul recebem individualmente mais recursos do governo federal que todas as universidades amazônicas juntas. A deputada acreana conclamou a todos para reverter essa situação, encontrando terreno fértil para a mobilização entre os acreanos que apesar de viver fora do estado se preocupam com ele.

Como fazem sempre em todas as atividades, os “acreocas”, como são conhecidos os acreanos que moram no Rio de Janeiro, cantaram o hino acreano com emoção, mostrando que o tempo e a distância não interferem no sentimento de acreanidade.

“É impressionante! Acreano é sempre acreano, independente de onde more e do tempo que esteja fora do Acre. A gente se sente em casa. Foi um momento de muita emoção. A maioria das pessoas tinha lágrimas nos olhos. Eu, inclusive”, disse a deputada Perpétua Almeida.

Fonte: O Estado do Acre

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