7 de dez. de 2010

CONTINUA DEBATE SOBRE DEMARCAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS NA CÂMARA

Os processos de demarcação de terras indígenas no Brasil são, atualmente, decididos pelo governo federal. No caso mais recente de demarcação, o da reserva Raposa-Serra do Sol, em Roraima, ficaram evidentes os problemas desse sistema decisório unilateral.

"Acompanhei a demarcação da Raposa-Serra do Sol de perto e aquilo foi um desastre para as pessoas que moravam ali e vai ser um desastre para o futuro da região", lembrou o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) durante reunião da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) nesta quarta-feira, dia 1. Na pauta da Comissão, estava o projeto de lei 4791/2009, de autoria dos deputados Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e Ibsen Pinheiro (PMDB-RS). Pela proposta de Rebelo e Pinheiro, a decisão sobre as futuras demarcações sairia da esfera do governo federal e passaria para o Congresso Nacional.

A visão de Gabeira foi compartilhada pelo deputado Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP). Para o deputado, foram feitas demarcações equivocadas tanto no governo Fernando Henrique Cardoso quanto no governo Lula. Pannunzio anunciou que a orientação do PSDB é votar favoravelmente ao projeto.

Ibsen Pinheiro, autor da proposição, falou sobre a motivação do projeto de lei e o seu pano de fundo, que é a unidade nacional. Na justificativa do projeto, Pinheiro e Rebelo defendem que "a sociedade brasileira e o Congresso Nacional estão na obrigação de resgatar a dívida histórica com as populações indígenas, protegê-las, demarcar suas terras e defender sua integração à sociedade nacional, preservando seus valores, sua cultura e sua identidade sem que isso constitua necessariamente ruptura com o pacto nacional e a formação social brasileira",

A votação do projeto de lei foi adiada por duas sessões para que os deputados da Comissão possam continuar a discutir a proposta.

SITE DO DEPUTADO ALDO RABELO

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