1 de mai. de 2015

CAOS: FALTA DE RECURSOS E LAVA JATO PODEM PREJUDICAR RECUPERAÇÃO DA BR-364 NO ACRE


O governo federal ainda não sabe o custo da reconstrução da BR-364 entre Sena Madureira e Cruzeiro do Sul.


Fábio Pontes - A previsão dada pela Superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) para os acreanos voltarem a trafegar em uma BR-364 com condições dignas pode ser bem maior. O órgão recomendou que a rodovia só venha a ser usada a partir de junho, quando acaba o período de chuva, e as empresas iniciem o trabalho de recuperação. Mas há um sério problema: não há dinheiro para isso em todo país.

O governo federal ainda não sabe o custo da reconstrução da BR-364 entre Sena Madureira e Cruzeiro do Sul

Pelo menos esta foi a afirmação do ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, durante audiência em comissão do Senado nesta quarta-feira (29). Ele foi enfático ao dizer que a pasta sofre com a falta de recursos, além de obras importantes ficarem prejudicadas por conta de empreiteiras estarem em dificuldades por conta da operação Lava Jato.

“Não há cortina de fumaça. Eu não posso esconder o que está acontecendo no ministério. Tudo que aconteceu e que está acontecendo no Brasil afetou muito o meu setor de transporte. Por quê? As grandes empresas estão na Lava Jato”, disse Rodrigues.

O governo federal ainda não sabe o custo da reconstrução da BR-364 entre Sena Madureira e Cruzeiro do Sul. Após quase 20 anos de obras e um custo superior a R$ 1,5 bilhão, a rodovia já não oferece condições de trafegabilidade. Onde havia asfalto hoje há atoleiros. Caminhões, carros e ônibus gastam horas para passar nos trechos mais críticos. Os trechos representam uma séria ameaça à segurança dos usuários.

Até 2013 a construção e manutenção da BR-364 era de responsabilidade do Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (Deracre). O governo do Estado, contudo, transferiu a responsabilidade para o Dnit. Desde 2006 a estrada é alvo de investigação do Ministério Público Federal (MPF) e do Tribunal de Contas da União (TCU), que apontaram falhas técnicas na execução da obra e superfaturamento. 

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