5 de out. de 2015

AVIÕES RUSSOS ATACAM REBELDES FORMADOS PELA CIA NA SÍRIA, DIZ Mc.CAIN


Imagem divulgada pelo ministério russo da Defesa mostra ataque da aviação russa na Síria em 30 de setembro


Aviões russos atacaram na Síria grupos financiados e treinados pela CIA, afirmou nesta quinta-feira o senador americano John McCain, em uma versão que, se confirmada, aumentará as tensões já existentes entre Moscou e Washington.



"Os ataques iniciais foram realizados contra indivíduos e grupos que foram financiados e treinados por nossa CIA", afirmou McCain à rede de TV CNN, assegurando que serviram para mostrar que a real prioridade do presidente russo Vladimir Putin é dar apoio ao líder sírio Bashar al Assad.


McCain acrescentou que estava em condições de confirmar de forma absoluta que os ataques foram lançados contra posições do Exército Sírio Livre e outros grupos que receberam treinamento da Agência Central de Inteligência americana.

O senador opositor, que conduz o comitê dos Serviços Armados no senado, já havia defendido um papel mais ativo dos Estados Unidos no Oriente Médio, em especial nos esforços para retirar Assad do poder.

Na visão de McCain, o "fracasso da liderança americana", que era responsabilidade do presidente Barack Obama, fortaleceu Putin na região.

A Rússia lançou na quarta-feira seus primeiros ataques aéreos em território sírio, contra alvos terrestres nas províncias de Homs e Hama.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, considerou "infundadas" as dúvidas dos países ocidentais sobre os bombardeios de Moscou contra o grupo Estado Islâmico (EI) na Síria.
"Os rumores de que o alvo dos ataques não era o EI carecem de qualquer fundamento", declarou o ministro, embora os países ocidentais não estivessem convencidos.

Para McCain, Washington precisa agora mostrar uma posição mais forte no Oriente Médio para contrabalançar a iniciativa russa.

"Primeiro, (o governo americano) pode dizer aos russos que voaremos por onde tivermos vontade e será melhor que vocês saiam do caminho", disse, acrescentando que os Estados Unidos também precisam "considerar sanções à Síria".

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