6 de out. de 2015

BANCÁRIOS DE TODO O PAÍS ENTRAM EM GREVE


Sindicato pede reajuste salarial de 16% enquanto os bancos fizeram uma proposta de aumento de 5,5%; caixas de autoatendimento vão continuar funcionando normalmente

Sindicato e patrões se reuniram cinco vezes, mas não conseguiram chegar a um acordo(Brunno Covello/Gazeta do Povo/Futura Press/VEJA)

Veja - Após cinco rodadas frustradas de negociações com os patrões, bancários de todo o país decidiram entrar em greve a partir desta terça-feira por tempo indeterminado, segundo comunicado publicado pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Entre as reivindicações, a categoria pede reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais aumento real de 5,6%), contra uma proposta dos bancos de 5,5%.

Entre os Estados que já aderiram à paralisação, segundo o Contraf, estão Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, Paraná, Minas Gerais, Alagoas, Ceará, Piauí, Pernambuco, Acre, Amapá, Mato Grosso, Rondônia e Roraima. Vale lembrar que outros sindicatos não afiliados à Contraf também aderiram à paralisação.

Os bancários também querem vale-refeição e vale-alimentação no valor de um salário mínimo (788 reais), manutenção do emprego e melhores condições de trabalho, com o fim das metas que consideram abusivas. Diante do impasse, assembleias em todo o Brasil decidiram pela paralisação a partir de hoje.

"Esperamos que os bancos retomem as negociações o mais rápido possível, com reajuste compatível com a riqueza do setor", disse Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

Durante o período de greve, os caixas de autoatendimento vão continuar funcionando para atender a população. O Comando Nacional dos Bancários também encaminhou às instituições financeiras o calendário até a deflagração da greve. Por lei, a greve deve ser aprovada em assembleia dos trabalhadores e, depois disso, comunicada ao empregador com antecedência de 72 horas.

Consumidores - Com a greve, os consumidores devem ficar atentos ao pagamento de faturas, boletos bancários e outros tipos de cobrança. Segundo o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon) de São Paulo, embora a greve não afaste a obrigação do consumidor de pagar as contas até o vencimento, a empresa credora tem que oferecer outras formas e locais para que as quitações sejam feitas.

A Fenaban lembra que a população tem à disposição caixas eletrônicos, internet banking, aplicativos do banco no celular, operações bancárias por telefone e também pelos correspondentes (agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais) como alternativas para fazer transações financeiras. Nos caixas eletrônicos, os saques noturnos são limitados a 300 reais e o valor para saque diurno varia conforme a instituição.Quem tem benefícios para serem sacados, segundo a Fenaban, pode fazer saques por meio da rede de caixas eletrônicos 24 horas e caixas eletrônicos dos bancos.

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