13 de nov. de 2015

COM PREJUÍZO RECORDE DE R$ 2 bi, GOL SUSPENDERÁ VOOS PARA OS EUA EM 2016


Retirada dos voos para o mercado americano faz parte de uma série de medidas adotadas pela empresa para tentar recuperar sua rentabilidade
Avião da Gol durante decolagem no aeroporto de Congonhas/ Atualmente, a Gol opera 14 frequências semanais para Miami e Orlando, com escala no Caribe(Robson Fernandjes/AE/VEJA)

A Gol deixará de fazer voos regulares para os Estados Unidos a partir de fevereiro de 2016. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, pela companhia, que divulgou prejuízo líquido de 2,13 bilhões de reais no terceiro trimestre do ano, o maior já registrado em um trimestre fiscal pela aérea, de acordo com dados da Economatica. A retirada dos voos para o mercado americano faz parte de uma série de medidas adotadas pela empresa para tentar recuperar sua rentabilidade.

Atualmente, a Gol opera 14 frequências semanais para Miami e Orlando, com escala no Caribe. Essas operações serão sazonais a partir de 19 de fevereiro. "Eles não serão mais voos diários regulares. Vamos oferecer essas rotas nos meses em que há mais demanda turística", explicou o presidente da Gol, Paulo Kakinoff. Na prática, as rotas para os Estados Unidos vão funcionar como voos extras para a alta temporada, que poderão ser abertos (ou não) para atender demandas de curto prazo.

Kakinoff disse que a empresa continuará voando para o Caribe, mas a oferta deverá ser reduzida pela retirada dos voos para os EUA. A companhia confirmou na quinta que voará para Cuba em 2016, ainda sem data definida, e anunciou que pretende ampliar as frequências para a Argentina, especialmente a partir das capitais do Nordeste. "A mudança de cenário econômico exige respostas mais rápidas na nossa oferta de destinos", explicou.

Com o rearranjo da malha, a companhia área reduzirá entre 7% e 8% sua oferta de passagens aéreas nos voos internacionais no quarto trimestre deste ano. A empresa também cortará frequências nos voos domésticos, sem deixar de operar em nenhuma cidade. Ao todo, a empresa promoverá uma redução de 5% a 7% na oferta nacional entre outubro e dezembro.

Histórico - A Gol começou a voar regularmente aos Estados Unidos no segundo semestre de 2012. De lá para cá, diversas companhias ampliaram a oferta na mesma rota. A Azul, por exemplo, voa para Miami e Orlando de Campinas desde dezembro de 2014, mas adiou planos de expansão para os EUA. Voos para Orlando saindo de Guarulhos e o lançamento de voos para Nova York estão na geladeira.

Já a American Airlines, que oferece 98 voos semanais a partir de dez cidades brasileiras, deixará de voar com regularidade para Curitiba e Campinas em fevereiro. A empresa diz que a decisão é fruto de estudos sobre o desempenho do mercado.
(Com Estadão Conteúdo)

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