6 de fev. de 2016

JORNAL FRANCÊS CITA ACRE COMO UM DOS ESTADOS MAIS "MISERÁVEIS" DO BRASIL EM REPORTAGEM ESPECIAL


Publicação afirma que o coeficiente de Gini do Estado voltou a se agravar em 2015

Jornal Le Monde cita Acre como um dos estados com maior desigualdade social/Foto: Secom

Ton Lindoso - O jornal francês Le Monde cita o Acre em uma reportagem polêmica. O título, traduzido livremente pelo site UOL como “Os miseráveis do Brasil”, já repercute nos principais jornais do país e traz duras críticas ao sistema político e econômico do país.

A reportagem, veiculada na quarta-feira (3) e traduzida no mesmo dia por veículos de comunicação do Brasil, traz histórias ambientadas sobretudo na região Sudeste do país. O material traz expressões como “o temor de um retrocesso”, fala sobre o tão comentado ICMS, que teve alíquota elevada no começo do ano, e fala sobre a Reforma Agrária que, de acordo com especialistas que falaram ao jornal, nunca aconteceu.

“Após a abolição da escravatura em 1888, o Brasil não teve uma verdadeira reforma agrária, e assim foram perpetuadas as desigualdades de renda que também são desigualdades de gênero e de raça”, comenta André Calixtre, diretor de estudos no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em Brasília.

Mas uma das partes mais polêmicas da reportagem estava reservada ao Acre. A publicação cita o estado como o mais pobre do país na seção do material onde termos como recessão, inflação, desemprego e retrocesso são amplamente usados.

“Hoje, a recessão, a inflação de dois dígitos e o aumento do desemprego trazem os temores de um retrocesso. Em 2015, o país perdeu 1,5 milhão de empregos e a economia informal vem crescendo. Só que ‘o melhor programa social é o emprego’, acredita Heloísa Oliveira, da fundação Abrinq, que visa proteger as crianças e os adolescentes. ‘A crise pode agravar a vulnerabilidade dos mais jovens’, ela diz preocupada, lembrando que em 2010 19% das mães brasileiras tinham menos de 19 anos e que, no Nordeste, mais de um terço da população tem entre 0 e 18 anos e vive em favelas”.

“Em certos Estados como o Acre, na Amazônia, o mais pobre do país, o coeficiente Gini, que mede as desigualdades, voltou a se agravar em 2015. Oliveira lamenta que não se tenha colocado mais ênfase na educação, pensando no futuro”, diz outro trecho da reportagem.

O Coeficiente de Gini, de acordo com definições da web, é um calculo usado para medir a desigualdade social. Foi desenvolvida pelo estatístico italiano Corrado Gini, e publicada no documento “Variabilità e mutabilità” (“Variabilidade e mutabilidade” em italiano), em 1912.

LEIA A REPORTAGEM COMPLETA TRADUZIDA PELO SITE UOL

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