7 de ago. de 2017

Acre é o segundo com maior incidência de Acidente Vascular Cerebral no País, informa CFM




O acidente vascular cerebral (AVC) é uma ocorrência tão comum no Acre que o Estado é o segundo do País onde as pessoas são mais acometidas dessa doença. De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), a ocorrência do AVC cresceu 32,6% entre 2008 e 2014 no Acre, percentual só menor que o registrado no Estado do Amapá, onde a doença avançou 89,7% no período.

Em muitos dos Estados, ao contrário do Acre, o AVC reduziu sua incidência na população. É o caso da Paraíba, onde a doença caiu 10,5% no mesmo período.

De acordo com o estudo do CFM divulgado recentemente, a maioria dos hospitais públicos brasileiros (76%) apresenta infraestrutura pouco adequada (39%) ou inadequada (37%) ao atendimento de crises agudas de acidente vascular cerebral (AVC), uma das principais causas de mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis no País. Apenas 25% desses estabelecimentos se enquadram em parâmetros que os tornariam adequados (22%) ou muito adequados (3%) para essa finalidade. Esses números valem para o Acre.

E essa é a percepção de neurologistas e neurocirurgiões, especialistas com maior grau de qualificação para atender a esses casos, expressa em pesquisa do Conselho Federal de Medicina (CFM). Os profissionais que atendem na rede pública foram convidados a expressar suas opiniões em questionário estruturado a partir de itens definidos por nomes que são referência na área, incluindo representantes da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).

Os dados foram colhidos entre janeiro e março deste ano, sendo que a avaliação incluiu itens sobre estrutura física, equipamentos, medicamentos, capacitação e equipes multiprofissionais, entre outros. Também se buscou conhecer o grau de satisfação com os resultados alcançados com o atendimento oferecido.

Para os neurologistas e neurocirurgiões consultados, em 87,9% dos hospitais públicos que acolhem pacientes em crise aguda de AVC faltam leitos de internação; em 93% não há ressonância magnética disponível em até 15 minutos; e em 32% inexiste tomogra­fia computadorizada. O grupo ainda relatou ausência de leitos de UTI/ emergência para pacientes isquêmicos, que precisam usar trombolíticos em 63,6% dos serviços. De forma geral, essas unidades carecem desse medicamento (52,6%) e de uma triagem para identi­ficar os pacientes com AVC (57,5%).

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