15 de fev. de 2018

Valorização de títulos de longo prazo dobram após julgamento de Lula

A carteira das NTN-Bs acima de 5 anos teve alta de 4,95% em janeiro


O IMA-Geral, índice da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) que reflete a variação da carteira dos títulos públicos em mercado, registrou retorno de 1,76% em janeiro.  

Entre os subíndices do IMA, as melhores performances foram dos índices de prazos mais longos. O IMA-B5+, que reflete a carteira das NTN-Bs acima de cinco anos e apresenta duration de 11,5 anos, variou 4,95%, seguido do IRF-M 1+, que expressa a trajetória dos títulos prefixados acima de um ano (duration de 3 anos) que avançou 1,55%.

Os reflexos do julgamento em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo TRF-4  em 24 de janeiro reforçaram a tendência de valorização dos índices.

O IMA-B5+ apresentou retorno de 2,93% até o dia 23 de janeiro - o que em 16 dias úteis equivale ao rendimento médio diário de 0,18%. Após 24 de janeiro, em apenas 6 dias úteis, o índice valorizou 1,96%, o que representa um retorno médio diário de 0,32%, quase o dobro do período anterior. 

Este mesmo movimento ocorreu em outros subíndices como o IRF-M 1+, gerando impactos semelhantes na trajetória de valorização das carteiras dos fundos de investimentos.

Veja o desempenho de cada um antes e depois do julgamento de Lula:



A perspectiva de estabilidade da taxa de juros para o restante do ano torna a trajetória dos índices menos previsível quando comparada ao ano passado. Além disso, o período eleitoral deverá adicionar mais volatilidade ao ambiente de negócios, segundo a Anbima.

A distribuição da liquidez nos mercados de títulos prefixados (LTN e NTN-F) e indexados ao IPCA (NTN-B) mostra uma diferença relacionada à alocação dos recursos nos vencimentos destes ativos. Em janeiro, enquanto os três títulos prefixados mais negociados representaram 32,6% do volume de negócios com estes ativos, nas NTN-Bs, as três maturidades mais líquidas equivaleram a 53% do montante.

Entre os prefixados, o benchmark foi a LTN com vencimento em 1 de abril de 2018, de prazo mais curto, com uma participação de 11,5% sobre os negócios. Entre os indexados, a NTN-B para 15 de agosto de 2022 foi a mais líquida, com 22,4% do total.

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