3 de jun. de 2018

Projeto beneficia cadeia produtiva de castanha-do-brasil no município de Humaitá


Empresa HumaitaNuts deve investir R$ 2,6 milhões na fábrica de beneficiamento de castanha-do-brasil do município
O Amazonas é o maior produtor de castanha-do-brasil do País. Foto: Agência Brasil


A empresa HumaitaNuts vai investir R$ 2,6 milhões em uma fábrica de beneficiamento de castanha-do-brasil no município de Humaitá, distante 590 quilômetros de Manaus. A HumaitaNuts contará com incentivos fiscais concedidos pelo governo do Amazonas. O projeto industrial foi aprovado na reunião do Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam) nesta quarta-feira (25). 

Segundo o diretor do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal do Amazonas (Idam), Malvino Salvador, trata-se de uma operação estratégica na tarefa de estruturar uma cadeia produtiva neste segmento.  O Amazonas é o maior produtor de castanha-do-brasil do País, mas o Pará se mantém como maior exportador do produto porque tem unidades de beneficiamento.

O projeto de produção da HumaitaNuts prevê processos automatizados de beneficiamento da castanha. Essa modernização das etapas de beneficiamento deve agregar valor a toda cadeia produtiva desse fruto. “Esse avanço na industrialização da castanha certamente ajudará na composição de preço para os extrativistas. É preciso inseri-los no mercado de uma vez por todas”, disse Malvino Salvador.

O vice-presidente da Federação da Agricultura do Amazonas (FAE), José Azevedo, disse que projeto de aproveitamento do imenso potencial de recursos naturais do Estado sempre foi um caminho natural, e o único que pode fixar o homem no interior.

O secretário de Estado de Planejamento, Oreste Schneider, destacou que o Amazonas precisa ter alternativas de desenvolvimento. “Não pode haver interiorização do desenvolvimento sem projetos nas áreas de agropecuária e mineração”, afirmou.

Schneider lembrou que a mesma distorção na cadeia de produção da castanha, cuja exportação concentra-se no Pará, acontece com as reservas de minério existentes no Estado. Embora seja o maior produtor de estanho, o Amazonas perde para São Paulo a condição de exportador do produto.

 O Codam é a instância do Governo do Estado responsável pela concessão de incentivos fiscais com vistas ao desenvolvimento da capital e cidades do interior.

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