28 de fev. de 2019

Bolsonaro diz que vai atuar para restabelecer democracia na Venezuela


Presidente diz que ações serão tomadas de acordo com a Constituição

Marcelo Brandão e Pedro Rafael Vilela - Depois da reunião no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro manifestou publicamente seu apoio ao presidente autodeclarado interino da Venezuela, Juan Guaidó. Em declaração à imprensa, na tarde de hoje (28), Bolsonaro afirmou que o Brasil vai atuar, dentro da legalidade, para restabelecer a democracia no país vizinho.

“Nós não pouparemos esforços dentro da legalidade, da nossa Constituição e das nossas tradições para que a democracia seja restabelecida na Venezuela. E isso só será possível com eleições limpas e confiáveis. Nos interessa uma Venezuela livre, próspera e economicamente pujante”, disse o presidente.

Bolsonaro defendeu uma Venezuela "livre, próspera e 
economicamente pujante" - Antonio Cruz/Agência Brasil

Bolsonaro criticou governos anteriores do Brasil por terem dado apoio ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro. “Faço uma mea culpa aqui, porque dois ex-presidentes do Brasil fizeram parte do que está acontecendo na Venezuela hoje. Essa esquerda gosta de tanto de pobre que acabou multiplicando-os, e a igualdade buscada por eles foi por baixo. Queremos uma igualdade para cima, na prosperidade”, afirmou.

O presidente brasileiro pediu permissão para chamar Guaidó de “irmão” e afirmou que continuará apoiando as decisões do Grupo de Lima em favor da mudança de política no país vizinho, “por liberdade e democracia”. Ao final de seu pronunciamento, apertou a mão do colega.

Em seu pronunciamento, o presidente autoproclamado da Venezuela – que é o presidente da Assembleia Nacional, equivalente ao Congresso Nacional venezuelano, – agradeceu o apoio do governo brasileiro na ajuda humanitária ao país vizinho e classificou o encontro com Bolsonaro como um marco no resgate das relações entre os dois países.

“É um marco para resgatar um relacionamento positivo que beneficie nossa gente. Na Venezuela, estamos lutando por eleições livres, no marco da Constituição, democráticas”, afirmou o líder opositor, reconhecido por mais de 50 países, incluindo o Brasil, como presidente legítimo do país.

O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó,
quer apoio para transição de governo no país
 - Antonio Cruz/Agência Brasil
Guaidó citou também o número de 300 mil venezuelanos em situação de “emergência de morte” e outros 3 milhões em risco humanitário em decorrência da crise política e econômica que afeta o país. Para o presidente interino, a Venezuela não vive um dilema entre dois grupos ou duas ideologias, mas sim entre ditadura e democracia, entre miséria e prosperidade.

Guaidó chegou ao Brasil na madrugada de hoje (28). Em sua conta pessoal no Twitter, ele disse que veio ao Brasil em busca de apoio para a transição de governo na Venezuela. Antes do encontro com Bolsonaro, ele esteve com representantes diplomáticos de outros países no escritório da delegação da União Europeia, em Brasília.

Missão de Garantia da Lei e da Ordem em penitenciária federal de Rondônia é prorrogada


Lane Barreto - Está prorrogado, até 29 de março, o emprego das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) nas proximidades da penitenciaria federal de Porto Velho (RO). A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de 26 de fevereiro por meio do decreto nº 9.717.

De acordo com o documento, os militares das Forças Armadas continuarão sendo empregados para proteção do perímetro de segurança da penitenciária, em um raio de dez quilômetros, considerado a partir do muro externo da unidade prisional.

Ainda segundo decreto, o apoio dos militares ocorre de maneira articulada com as forças de segurança pública e com o apoio de agentes penitenciários do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública.


O atual reforço de militares para a proteção no perímetro de segurança de penitenciárias federais teve início em 13 de fevereiro. Na ocasião, foram autorizadas, até 27 de fevereiro, ações de GLO em unidades prisionais federais de Mossoró (RN) e de Porto Velho (RO).

Nas operações de GLO, os militares são autorizados a atuar com poder de polícia para revistar pessoas, veículos, embarcações e aeronaves, além de poderem efetuar prisões flagrante delito. Essas ações de GLO são reguladas pelo artigo 142 da Constituição Federal e pela Lei Complementar 97/99.

Governo paga nesta quinta-feira salário de fevereiro e 13º atrasado para quem recebe até R$ 1 mil



Golby Pullig - Os servidores públicos ativos e inativos recebem o salário do mês de fevereiro nesta quinta-feira, dia 28, conforme compromisso feito pelo governador do Acre, Gladson Cameli, de pagar a folha sempre no último dia útil de cada mês sem atraso. O valor total referente ao pagamento dos servidores é de R$ 209.866.513,91, sem os encargos, montante que deverá aquecer a economia do estado. Também nesta quinta, o governo iniciará o pagamento da segunda parte do décimo terceiro aos servidores que recebem até R$ 1 mil.

“Cumprimos a nossa palavra em iniciar o pagamento dos servidores. Quanto a segunda parcela do décimo terceiro salário, que não foi paga pela gestão anterior, iremos pagar de forma parcelada, como já dissemos anteriormente. Esse é o meu compromisso e não vamos atrasar, sob hipótese alguma, o pagamento dos funcionários públicos”, garante Gladson Cameli.

O governador ressalta que o pagamento dos servidores em dia é resultado de economia, determinação e responsabilidade da equipe econômica, que possibilitou ainda a quitação da segunda parte do 13º salário dos servidores que recebem até R$ 1 mil, conforme anunciado anteriormente. O total correspondente ao décimo chega a R$ 6.857 milhões.

Em Tabatinga, militares que tombaram no ataque ao Destacamento do Traíra, em 1991, são lembrados

                                         Crédito: 2º Ten Edielson

Tabatinga (AM) – No dia 26 de fevereiro, foi realizada, na sede do Comando de Fronteira Solimões e 8º Batalhão de Infantaria de Selva (Cmdo Fron Solimões/8º BIS) e nos seus Pelotões Especiais de Fronteira (PEF), a tradicional e ícone cerimônia em homenagem aos heróis que tombaram no Destacamento do Traíra em 1991.

A solenidade marcou os 28 anos da tragédia em que três militares do Batalhão foram covardemente mortos após um ataque surpresa, às margens do Rio Traíra, por guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Após essa traiçoeira ação em território brasileiro, foi desencadeada uma grande operação conjunta e combinada, envolvendo as Forças Armadas brasileiras e tropas da Colômbia, a chamada "Operação Traíra".

A ação foi coroada de êxito, resgatando o material do Destacamento levado pelas FARC e capturando vários dos seus membros que participaram das mortes dos nossos três combatentes.

Os Soldados Sidimar Fonseca Moraes, Sansão Ramos Gonçalves e Aldemir Lopes de Almeida não pereceram em vão e jamais serão esquecidos. Levaram a "ferro e fogo" o juramento à Bandeira Nacional, em que todo militar do Exército Brasileiro declama, solenemente, ao transpor os portões da caserna: “...e defender a Pátria, se preciso for, com o sacrifício da própria vida”. Defenderam a Pátria e "combateram o bom combate"!

Prestigiaram a distinta cerimônia militares da reserva que pertenceram ao antigo Destacamento do Traíra, além das famílias dos falecidos em combate e autoridades civis, eclesiásticas e militares locais.

Fonte: Cmdo Fron Solimões/8º BIS

Delegação do governo Bolsonaro atacada por MST e PCO na Bahia


Delegação do governo Bolsonaro atacada por MST e PCO na Bahia

Tarciso Morais/Renova mídia - O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, viveu momentos de tensão durante viagem ao Parque Nacional do Pau Brasil, em Porto Seguro, no Sul da Bahia.

Ricardo Salles afirmou que extremistas de esquerda do Movimento dos Sem-Terra (MST) e do Partido da Causa Operária (PCO) cercaram o carro em que ele estava, quebraram peças e subiram no teto do veículo.

“Fomos cercados e atacados por membros do MST e do PCO, que agrediram as pessoas e depredaram viaturas oficiais do MMA”, disse o ministro em publicação no Twitter na noite desta quarta-feira (27).

Salles conseguiu escapar ileso, mas publicou em seu perfil no Twitter algumas imagens dos danos causados pelos militantes. “Uma vergonha”, completou.


De acordo com a nota divulgada pelo site Causa Operária, ligado ao PCO, cerca de 200 extremistas do MST, PCO, integrantes do movimento indígena e sindicatos foram protestar contra Salles na “cerimônia de privatização” do Parque Nacional do Pau Brasil.

Em gravação postada no Instagram, segundo o Estadão, extremistas batem no carro em que Salles estava. Um deles exibe adesivo com a inscrição “Fora Bolsonaro e todos os golpistas” colado no peito.

PIB fecha 2018 com crescimento de 1,1%, mostra IBGE


Destaque é o setor de serviços, que teve alta de 1,3%


Nielmar Oliveira  - O Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todos os bens e serviços produzidos no país – fechou 2018 com crescimento acumulado de 1,1%, em relação a 2017, na série com ajuste sazonal. É o segundo crescimento consecutivo do PIB, que soma R$ 6,8 trilhões. Os dados fazem parte das Contas Trimestrais (PIB) para o 4º trimestre de 2018 já com o fechamento do ano e estão sendo divulgados neste momento pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O PIB também fechou 2017 com expansão de 1,1%, mas nos dois anos anteriores registrou queda: 3,3% em 2016 e 3,5% em 2015.

O destaque foi o setor de serviços com o maior crescimento (1,3%), seguido da indústria (0,6%) e da agropecuária (0,1%).

O PIB per capita variou 0,3% em termos reais, alcançando R$ 32.747 em 2018. Já a taxa de investimento em 2018 foi de 15,8% do PIB, abaixo do observado em 2017 (15,0%), enquanto a taxa de poupança foi de 14,5% (ante 14,3% em 2017).

Frente ao 3º trimestre do ano passado, na série com ajuste sazonal, o PIB teve alta de 0,1% no 4º trimestre do ano, registrando o oitavo resultado positivo consecutivo nesta base de comparação. A agropecuária e os serviços apresentaram variação positiva de 0,2%, enquanto a Indústria recuou (-0,3%).

Em relação ao 4º trimestre de 2017, o PIB cresceu 1,1% no último trimestre de 2018, o oitavo resultado positivo consecutivo, após 11 trimestres de queda. Agropecuária (2,4%) e serviços (1,1%) cresceram, enquanto a indústria caiu (0,5%).

27 de fev. de 2019

Lava Jato: Lula é intimado a depor sobre delação de Palocci


Ex-ministro disse em delação que Lula tinha "pacto de sangue" com Emílio Odebrecht
Com informações do Estadão Conteúdo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi intimado a depor no

dia 22 de março em inquérito da Polícia Federal embasado nas delações premiadas do ex-ministro Antonio Palocci Filho e de executivos da empreiteira Odebrecht. Em delação, Palocci afirmou ter feito entregas de dinheiro vivo ao ex-presidente.

O delegado da Lava Jato em Curitiba Felipe Pace quer informações que corroborem com o acordo de delação da construtora e documentos do doleiro Álvaro José Novis. Eles tratam de supostas entregas a codinomes inseridos na planilha “Italiano”, uma espécie de conta corrente de supostas propinas delatada pela Odebrecht em benefício do ex-presidente.

O alvo ainda são os detalhes sobre repasses que constam na planilha da Odebrecht. Os valores variam de R$ 500 mil a R$ 1,5 milhão. Para tanto, os investigadores querem ouvir, além de Lula, o doleiro, que era contratado pela empreiteira para efetuar as entregas de dinheiro.

Até 8 de março, a PF quer que Marcelo Odebrecht e Benedicto Júnior, da Odebrecht, entreguem detalhes de e-mails que envolvam os repasses.

Em depoimento prestado ano passado, Palocci afirmou ter repassado em diferentes oportunidades R$ 30 mil, R$ 40 mil, R$ 50 mil e R$ 80 mil em espécie para o próprio Lula. O ex-ministro detalhou duas entregas de dinheiro a Lula, uma delas no Terminal da Aeronáutica, em Brasília, no valor de R$ 50 mil, segundo ele escondidos dentro de uma caixa de celular. A outra entrega teria ocorrido em Congonhas.

Segundo Palocci, os repasses a Lula teriam ocorrido em 2010. Palocci também narrou à PF que Lula tinha uma conta corrente de propinas com a Odebrecht de R$ 300 milhões. O ex-ministro afirmou que Lula tinha um “pacto de sangue” com o patriarca Emílio Odebrecht.

Com Gladson Cameli e a ministra Tereza Cristina produtores marcam início da colheita da soja no Acre

Sobe para 333 os desertores das forças armadas venezuelanas


Oficialmente, a fronteira venezuelana com o Brasil continua fechada desde a quinta-feira (21) por decreto do presidente Nicolás Maduro
                                     ESTADÃO CONTEÚDO
Metropoles.com/Edmar Barros - Subiu para 333 o número dos membros das forças armadas da Venezuela que desertaram e cruzaram a fronteira para a Colômbia e para o Brasil desde sábado. Até a segunda-feira (25/2), 174 os militares tinham abandonados seus postos e cruzado a fronteira.

Para o lado colombiano, que concentra a maioria dos desertores, 326 militares venezuelanos buscaram refúgio, informou nesta terça-feira a autoridade migratória do país. A maioria chegou pelo Departamento (Estado) de Norte Santander, seguido por Arauca e Guajira.

O diretor da entidade, Christian Krüger, disse que a polícia e os militares fogem da ditadura de Nicolás Maduro em busca de comida diante da “escassez, da situação política e da pressão dos coletivos”, como são conhecidos os grupos armados ligados ao chavismo.

O funcionário da migração colombiana disse que o país avalia o histórico de cada uma dessas pessoas, cujos nomes e patentes não foram tornados públicos. Enquanto isso, eles recebem um salvo-conduto temporário.

Sete sargentos da Guarda Nacional Bolivariana também deixaram seus postos e cruzaram a fronteira para Pacaraima, cidade brasileira na divisa com Santa Elena de Uairén. Eles disseram que pretendem se unir aos colegas que desertaram para a Colômbia e estão dispostos a pegarem em armas contra Maduro.

Oficialmente, a fronteira venezuelana com o Brasil continua fechada desde a quinta-feira (21) por decreto do presidente Nicolás Maduro. A passagem com a Colômbia foi totalmente bloqueada na noite da sexta-feira (22), após a realização do Venezuela Live Aid em Cúcuta, cujo objetivo é arrecadar US$ 100 milhões em 60 dias para fornecer ajuda aos venezuelanos.

No fim de semana, a divisa entre os países, tradicionalmente tranquila, viveu horas estressantes depois de manifestantes venezuelanos tanto em território brasileiro quanto colombiano jogarem pedras e coquetéis molotov contra integrantes da GNB.

Paquistão abate caça MiG-21 indiano e captura piloto na Caxemira


MiG-21 Bison

Alexandre Galante - Em meio à escalada das tensões depois que a Força Aérea Indiana (IAF) bombardeou o maior campo de treinamento da Jaish-e-Muhammad na Caxemira, caças indianos MiG-21 Bison entraram em combate com caças JF-17 paquistaneses.

Autoridades das Forças Armadas do Paquistão divulgaram no Twitter alguns vídeos e imagens mostrando um piloto de caça indiano abatido no seu lado da Caxemira. O Paquistão diz que abateu dois MiG-21 e tem dois pilotos em custódia, enquanto a Índia só reconhece a perda de uma aeronave e o desaparecimento do seu piloto.

No vídeo compartilhado pelo Paquistão, um dos pilotos estava vestindo um traje de voo e é ouvido dizendo que é o Wing Commander Abhi Nandan.

Uma fonte informou que o Comandante de Ala Abhi Nandan é piloto de de MiG-21 do 51º Esquadrão da IAF.

Dois caças MiG-21 Bison teriam sido acionados para interceptar dois JF-17 do Paquistão que invadiram o espaço aéreo indiano na Caxemira. No engajamento, pelo menos um MiG-21 indiano foi abatido.

Houve relatos de que, antes do abate do MiG-21, caças paquistaneses e indianos tiveram encontros durante o dia sobre a Caxemira, travando os radares uns nos outros, mas sem engajamento.

JF-17 Thunder da PAF
Estabilizador horizontal de um MiG-21 abatido
Militar paquistanês sobre destroços de um MiG-21 indiano
F-16
Enquanto isso, a mídia indiana informou que um caça F-16 da Força Aérea do Paquistão (PAF) também foi abatido no lado paquistanês da linha de cessar-fogo na Caxemira.

Tanto a Índia quanto o Paquistão reivindicam toda a Caxemira, mas controlam apenas partes dela.

De acordo com um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Índia, a PAF visou instalações no lado indiano da Caxemira e uma aeronave da PAF foi abatida, caindo em território paquistanês. Fontes não oficiais afirmam que um MiG-21 foi responsável por derrubar o F-16.

As escaramuças acontecem um dia depois de a Índia ter realizado um ataques aéreo no Paquistão, com jatos Mirage 2000 empregando bombas de precisão Spice 2000 contra instalações do grupo Jaish-e-Muhammad em Bala Kote.

O ataque aéreo indiano foi lançado em resposta a um ataque de militantes na Caxemira que matou 40 soldados indianos – o mais mortífero ocorrido durante uma insurgência de três décadas contra o domínio indiano na Caxemira. Um grupo paquistanês assumiu a responsabilidade pelo ataque.


NOTA DO PODER AÉREO: Durante a madrugada foram publicadas muitas informações falsas sobre os abates de aeronaves, tanto do lado paquistanês quanto do lado indiano. Foram publicadas também imagens antigas de aeronaves indianas acidentadas como se tivessem sido abatidas. A guerra de informações falsas gera muito ruído na rede e dificulta o trabalho dos jornalistas.

Brasil abandona reunião da ONU em protesto contra Venezuela


A delegação brasileira abandonou a reunião da ONU no momento em que o chanceler venezuelano discursava.

No total, diz Jamil Chade, mais de 60 diplomatas de vários países deixaram a sala – e fizeram muito bem, é claro.

Trump e Kim Jong-un se reúnem no Vietnã


É a segunda reunião de ambos em oito meses


O segundo encontro histórico do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, ocorrerá em duas etapas, em Hanói, no Vietnã. A primeira será hoje (27) em um jantar e a segunda amanhã (28) com uma série de reuniões. Em discussão políticas de desnuclearização e flexibilização das sanções contra a Coreia do Norte.


O encontro ocorre oito meses depois do primeiro, em junho de 2018, em Cingapura. Após pousar no Air Force One, o avião da Força Aérea norte-americana, Trump agradeceu a recepção em Hanói. “Acabei de chegar ao Vietnã. Obrigado a todas as pessoas pela grande recepção em Hanói”, disse ontem (26) o presidente na sua conta no Twitter.

Trump viajou acompanhado pelo secretário de Estado, Mike Pompeo, e do chefe de gabinete da Casa Branca, Mick Mulvaney. Na conta pessoal no Twitter, Pompeo demonstrou otimismo com avanço das negociações em busca de “relações transformadas, construção de uma paz duradoura e completa desnuclearização”.

Kim Jon-un chegou antes a Hanói depois de viajar de trem de Pyongyang, na Coreia do Norte, ao Vietnã. Ele está acompanhado por uma comitiva de funcionários do governo norte-coreano e da irmã caçula, Kim Yo Jong.

A Organização das Nações Unidas, por meio de sua porta-foz Stephane Dujarric, elogiou a iniciativa do encontro dos dois líderes. Em janeiro, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que já era hora de garantir que as negociações entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte seguissem um roteiro definido.

*Com informações da Xinhua, agência pública de notícias da China.

26 de fev. de 2019

Na Cidade do Povo, Gladson Cameli entrega 37 veículos e 14 motocicletas para as polícias


Em menos de 60 dias, novo governo amplia frota, reforça equipamentos e determina cronograma para contratação de novos policiais

Vista aérea da cerimônia de entrega de novas viaturas e motocicletas, na Cidade do Povo; investimentos vão melhorar as ações da polícia (Foto: Pedro Devani/Secom)

Wesley Moraes - O governador do Estado do Acre, Gladson Cameli, entregou nesta terça-feira, 26, pelo menos 37 novos veículos e 14 motocicletas, que serão utilizados pelas polícias Civil e Militar, em todo o estado. Além dos veículos, o governador anunciou a chegada de equipamentos, como coletes e munições. Esse esforço faz parte de um amplo plano de combate ao crime que contará também com a contratação de novos policiais aprovados em concurso, ainda neste ano.

“Apesar da situação em que recebemos o estado, já nos primeiros 60 dias, estamos fazendo mais investimentos que a administração anterior. Isso mostra nossa disposição em cumprir os compromissos assumidos com a população”, enfatizou o gestor.

Cameli lembra que a entrega é fruto de seu empenho pessoal durante reunião com o secretário de Segurança Pública, Guilherme Theophilo, em janeiro deste ano.

Os veículos, num total de 30 viaturas para a Polícia Civil e 5 viaturas, 2 vans e 14 motos para a PM entram em uso imediatamente e serão destinados principalmente a missões de apuração e investigação em todo o estado, melhorando as condições para a retirada de criminosos das ruas.

A entrega dos veículos e equipamentos foi realizada no bairro Cidade do Povo, em Rio Branco. A moradora Maria Nogueira da Cruz fez questão de participar da solenidade realizada em frente a delegacia da comunidade. Para ela, os investimentos são a garantia de mais segurança para a população.

Governador Gladson Cameli cumprimenta força especial da Polícia Militar do Estado do Acre, na entrega de novas viaturas e equipamentos para as polícias (Foto: Odair Leal/Secom)
“Muita gente tem medo de sair de casa por causa da violência. Com essas novas viaturas nas ruas, temos a certeza que a polícia vai fazer o seu trabalho e dar a segurança que o povo tanto espera e merece”, disse.

Para o secretário de Polícia Civil, Getúlio Teixeira, o local escolhido para a solenidade demonstra que a atual gestão está comprometida em aproximar a Segurança Pública cada vez mais da população.

“Nossa intenção é estar cada vez mais perto da comunidade. Desde o início da nova gestão, nossos policiais estão nos bairros realizando operações e investigando crimes e vamos trabalhar arduamente para dar uma resposta que a sociedade merece”, ressaltou.

Teixeira enfatiza que novos investimentos já estão assegurados para este ano. Por meio de emendas de parlamentares da atual bancada federal, mais 62 caminhonetes serão destinadas paras as Polícias Civil e Militar.

Outra importante conquista garantida será a renovação completa do fardamento dos policiais civis. O secretário lembra que a última entrega para os profissionais foi efetuada em 2014.

“Estes investimentos são a prova que a Segurança Pública está recebendo a atenção que merece. Com isso, nossos policiais trabalharão mais motivados e quem ganha é a população”, argumentou Teixeira.

Vídeo de venezuelanos comento lixo vaza e causa perplexidade mundial

Acionistas aprovam parceria entre Embraer e Boeing



SÃO PAULO e CHICAGO, 26 de fevereiro de 2019 - Acionistas da Embraer aprovaram hoje a parceria estratégica proposta entre a Embraer e a Boeing, durante Assembleia Geral Extraordinária realizada na sede da empresa no Brasil.

Na reunião especial, 96,8% de todos os votos válidos foram favoráveis à transação, com a participação de aproximadamente 67% de todas as ações em circulação. Os acionistas aprovaram a proposta que estabelecerá uma joint venture composta pelas operações de aeronaves comerciais e serviços relacionados da Embraer. A Boeing deterá 80% da nova empresa e a Embraer os 20% restantes.

A transação avalia 100% das operações de aeronaves comerciais da Embraer em US$ 5,26 bilhões e contempla um valor de US$ 4,2 bilhões pela participação de 80% da Boeing na joint venture.

Os acionistas da Embraer também aprovaram a criação de uma joint venture para promover e desenvolver novos mercados para o avião multimissão KC-390. Sob os termos da parceria proposta, a Embraer deterá 51% das ações da joint venture e a Boeing, os 49% restantes.

“Essa importante parceria posicionará as duas empresas para oferecer uma proposta de valor mais robusta a nossos clientes e investidores, além criar mais oportunidades para nossos empregados”, disse Paulo Cesar de Souza e Silva, presidente e CEO da Embraer. “Nosso acordo criará benefícios mútuos e aumentará a competitividade tanto da Embraer quanto da Boeing”.

“A aprovação dos acionistas da Embraer é um passo importante no processo de aproximar essas duas grandes empresas aeroespaciais. Essa parceria global estratégica tem como base o longo histórico de colaboração entre Boeing e Embraer, beneficia nossos clientes e acelera nosso crescimento”, disse Dennis Muilenburg, presidente, chairman e CEO da Boeing.

Os negócios de defesa e jatos executivos e as operações de serviços da Embraer associados a esses produtos permanecerão como uma empresa independente e de capital aberto. Uma série de acordos com foco na cadeia de suprimentos, engenharia e instalações garantirá benefícios mútuos e maior competitividade entre a Boeing, a joint venture e a Embraer.

“Nossos acionistas reconheceram os benefícios da parceria com a Boeing na aviação comercial e na promoção do avião multimissão KC-390, assim como compreenderam as oportunidades que existem nos negócios da aviação executiva e defesa”, disse Nelson Salgado, vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores da Embraer.

“As equipes da Boeing e da Embraer compartilham a paixão pela inovação, o comprometimento com a excelência e um orgulho profundo de seus produtos e pessoas – as duas joint ventures fortalecerão estes atributos na medida em que, juntos, construímos um futuro promissor”, disse Greg Smith, vice-presidente executivo Financeiro e vice-presidente de Estratégia e Desempenho Empresarial da Boeing.

A Boeing e a Embraer anunciaram em dezembro de 2018 que haviam aprovado os termos das duas joint ventures e o governo brasileiro aprovou a transação em janeiro de 2019. Em seguida, o conselho de administração da Embraer ratificou seu apoio ao acordo e os documentos definitivos foram assinados. A conclusão do negócio está sujeita a aprovações junto a autoridades reguladoras e a outras condições pertinentes à conclusão de uma transação deste tipo, marcos que a Boeing e a Embraer esperam alcançar até o final de 2019.

A Embraer continuará operando as áreas de aviação comercial e do programa KC-390 de forma independente até a conclusão da transação.


Informações prospectivas estão sujeitas a risco e incerteza

Certas declarações neste comunicado podem ser “prospectivas” dentro do significado da Lei de Reforma de Litígios de Títulos Privados de 1995, incluindo declarações relativas aos termos propostos da operação, a capacidade das partes cumprirem as condições para celebração ou consumação da operação e o respectivo prazo, bem como acerca dos benefícios e sinergias decorrentes da operação, e qualquer outra declaração que não se refira diretamente a qualquer fato histórico ou atual. As declarações prospectivas são baseadas em suposições atuais sobre eventos futuros que podem não ser precisos. Estas declarações não são garantias e estão sujeitas a riscos, incertezas e mudanças em circunstâncias difíceis de prever. Muitos fatores podem fazer com que os resultados reais sejam concretamente diferentes das declarações prospectivas. Como resultado, essas declarações são válidas somente a partir da data em que forem feitas e nenhuma das partes assume a obrigação de atualizar ou revisar qualquer declaração prospectiva, exceto conforme exigido por lei. Fatores específicos que podem fazer com que os resultados reais sejam concretamente diferentes dessas declarações prospectivas incluem o efeito das condições econômicas globais, a capacidade das partes de consumar tal transação e obter sinergias antecipadas e outros fatores importantes divulgados anteriormente e periodicamente nos registros da The Boeing Company e/ou da Embraer junto à Securities and Exchange Commission.

DIVULGAÇÃO: Embraer e Boeing

Caças Mirage 2000 da Índia atacam a Caxemira paquistanesa


Caças Mirage 2000 da Força Aérea Indiana

A agência de notícias indiana ANI informou que doze aviões Mirage 2000 indianos participaram da operação que atacacou acampamentos terroristas ao longo da LOC (Linha de Controle, fronteira de fato que separa a Índia e o Paquistão, em Caxemira), destruindo-os totalmente, segundo fontes não identificadas da Forças Aéreas Indiana (IAF).

O secretário de Estado indiano do Exterior, Vijay Gokhale, afirmou que a Índia atingiu “o maior campo de treinamento” do grupo islâmico JeM na região de Balakot, confirmando assim a escalada de tensão entre os dois países vizinhos.

Caças F-16 do Paquistão teriam decolado para interceptar os Mirage 2000 indianos, mas não houve tempo para engajamento.

Fonte do Governo da Índia, citada pela agência Reuters, diz que foram mortos mais de 300 militantes do grupo islâmico, mas o Paquistão nega a existência de quaisquer vítimas.

O porta-voz das Forças Armadas do Paquistão confirmou que caças indianos entraram no território paquistanês e lançaram explosivos, sem causar vítimas mortais, “depois de uma resposta eficaz da Força Aérea do Paquistão”, caças indianos lançaram explosivos e fugiram, escreveu o porta-voz, Asif Ghafoor, no Twitter.

Na mesma publicação, o porta-voz partilhou fotografias que mostram uma cratera e restos do que aparenta ser uma bomba.

Na semana passada, 42 pessoas morreram num atentado suicida que ocorreu na Caxemira indiana, tornando-se o mais mortífero ataque desde 2002.

Reivindicado pelo grupo islâmico JeM, o atentado-suicida foi perpetrado com um veículo carregado de explosivos, detonado perto de uma coluna de 78 veículos que transportava cerca de 2.500 membros da Central Reserve Police Force (CRPF), uma força paramilitar.

A região de Caxemira é reivindicada tanto pela Índia como pelo Paquistão desde o fim da colonização britânica, em 1947.

O total das forças indianas na parte controlada por Nova Deli é estimado em cerca de 500 mil efetivos.

Uma rebelião separatista mortífera destabiliza a Caxemira indiana desde 1989.

A Índia acusa o Paquistão de apoiar de forma dissimulada as infiltrações na sua parte do território e a própria revolta armada, o que Islamabad sempre negou.

FONTE: Agências Internacionais

Depoimentos dos italianos que viveram a Segunda Guerra Mundial e viram a atuação dos soldados brasileiros - Cap III

'Não há comida' nos quartéis venezuelanos, diz sargento desertor


O sargento venezolano Carlos Eduardo Zapata pediu refúgio ao Brasil, após cruzar a fronteira em Pacaraima, Roraima/ AFP

O sargento Carlos Eduardo Zapata transformou a ordem de impedir a entrada da ajuda humanitária enviada do Brasil para a Venezuela em uma chance de desertar, cansado de uma vida em que falta de tudo, dentro e fora do quartel.

"Nos comandos (quartéis) militares, não há comida. Não tem colchões, nós os sargentos da Guarda Nacional, estamos dormindo no chão", disse o agora ex-soldado das forças de governo de Nicolás Maduro.

"Estamos cobrindo nossas necessidades com nossos soldos, comprando uniformes e botas. Não temos dinheiro para comprar um litro de leite para nossos filhos, os filhos estão magros", acrescentou.

Zapata deixou no domingo o destacamento fronteiriço onde estava designado, se desfez do uniforme e, depois de caminhar por várias horas por trilhas sob um sol inclemente, entrou em Pacaraima, em solo brasileiro, para pedir refúgio.

Não foi uma decisão fácil, nem repentina. Vinha pensando nisso há tempos, desde que começou a decadência dramática da vida na Venezuela.

"Têm que entender que nós temos medo e tememos por nossos familiares pelo que possa acontecer", disse a jornalistas.

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A morte, há cinco dias, de um sobrinho, "em um hospital porque não havia medicamentos" foi a gota d'água. Foi quando decidiu sair.

Segundo ele, a demolidora combinação de hiperinflação e escassez afeta também as patentes baixas das forças armadas.

Zapata foi o terceiro sargento da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) a entrar no Brasil em menos de 24 horas, em um ato de reconhecimento ao líder opositor, Juan Guaidó, como presidente encarregado da Venezuela.

Os outros dois, Jean Carlos César Parra e Jorge Luis González, o fizeram no sábado. Aproveitaram os distúrbios entre suas tropas e os manifestantes que chegaram apoiar a entrada à Venezuela de dois caminhões com ajuda humanitária, uma operação que acabou fracassando.

"Há muitos colegas que querem vir. Quem sustenta Maduro é alto comando militar porque são corruptos", afirmou Zapata.

"Mas não é fácil. De repente, um civil vem para o Brasil e pronto, não acontece nada, pede refúgio e acabou. Nós, os militares, se voltarmos, nos põem presos", acrescentou.
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O autoproclamado chefe de Estado Juan Guaidó postou vídeo com militares que escolheram o seu lado. (Foto: Reprodução/Twitter via O SUL)

Confiança da Indústria atinge maior nível desde agosto, mostra FGV


Vitor Abdala - O Índice de Confiança da Indústria, medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), subiu 0,8 ponto de janeiro para fevereiro deste ano e chegou a 99 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Esse é o maior nível do indicador desde agosto do ano passado.

Segundo a FGV, essa segunda alta do ano da confiança do empresário da indústria mostra que o índice se aproxima dos 100 pontos e indica que o setor começa a se afastar do fraco desempenho do segundo semestre de 2018.

A confiança subiu em 12 dos 19 segmentos industriais pesquisados. O Índice da Situação Atual, que mede a confiança do empresário no momento presente, avançou 1,8 ponto, para 98,8 pontos. A avaliação sobre o nível atual dos estoques subiu 4,7 pontos.

Já o Índice de Expectativas (IE) recuou 0,3 ponto, para 99,2 pontos. A expectativa dos empresários em relação à evolução da situação dos negócios nos seis meses seguintes recuou 2,4 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada subiu 0,4 ponto percentual em fevereiro, para 74,7%, a primeira alta desde setembro de 2018.

Governo reúne esforços para que laboratório biomolecular do Acre atenda a população

O Acre ganhou a unidade mais moderna de um laboratório molecular da Fundação Mérieux, com sua unidade mais moderna, num investimento de quase R$ 10 milhões (Foto: Diego Gurgel/Secom)

Samuel Bryan - Em abril de 2016, o Acre ganhou seu primeiro laboratório de biologia molecular, o Centro de Infectologia Charles Mérieux, Laboratório Rodolphe Mériuex de pesquisa e diagnóstico em doenças infecciosas. Doação da francesa Fundação Mérieux, o laboratório nunca funcionou em sua totalidade, com atendimentos à população em geral. Agora, o governo se prepara para que esse passo finalmente seja dado.

O Acre é o segundo estado do país a ter um laboratório de biologia molecular da Fundação Mérieux e ganhou sua unidade mais moderna, num investimento de quase R$ 10 milhões, com equipamentos laboratoriais de ponta e salas com pressão, ventilação e climatização próprias. O espaço é voltado para estudos, pesquisas científicas e análises clínicas, principalmente das doenças tropicais como as hepatites virais.

A virologia é uma área laboratorial de alta complexidade. São exames para que o DNA dos vírus seja estudado e que exigem muitos requisitos técnicos e de alto custo, mas que ainda assim fazem parte do dia a dia. Até hoje, quando um paciente precisa fazer esses exames no Acre, ele precisa recorrer a outros centros.

Em busca de soluções
Andreas Stocker, gerente-geral do laboratório, é um médico alemão que vive na Bahia e vem ao Acre regularmente para garantir a integridade da unidade, dar aulas para a formação de profissionais técnicos em biologia molecular e monitorar todas as atividades feitas hoje no laboratório oriundas de bolsas de pesquisa na área.

O médico alemão Andreas Stocker é responsável pelo laboratório e busca soluções para sua operacionalização (Foto: Diego Gurgel/Secom)
Segundo Andreas, o laboratório está em perfeito estado de funcionamento, mas ainda não possui uma área de coleta das amostras dos pacientes para análise, um espaço que necessita de um protocolo próprio em se tratando de biologia molecular. O investimento para a nova área de coleta de exames – que inclusive atenderia toda a Fundhacre – ficou orçado em R$ 350 mil. Com apenas parte desse valor investido, o laboratório até hoje não atende a população acreana que necessita dos tipos de exames ofertados.

“Um dos objetivos é melhorar a situação dos portadores de hepatites aqui, onde temos uma situação grave que não existe no restante do país. Para uma população pequena de 800 mil habitantes, nós temos mais de seis mil pacientes cadastrados com alguma hepatite. E esses exames que não tem aqui são necessários e caros”, conta o médico.

O presidente da Fundhacre, Lúcio Brasil, destaca que faltam poucos equipamentos para que a sala de coleta comece a operar, entre ar-condicionado, mesas, cadeiras, bancos de espera, entre outros. Mas com o decreto de calamidade da saúde vigorando e orçamento mínimo, ele se compromete a iniciar uma campanha para conseguir o funcionamento.

“Vamos tentar que entidades e empresários doem esses equipamentos em benefício da população. Queremos que em até 30 dias a sala de coleta já esteja funcionando e o laboratório atendendo à população”, conta Lúcio Brasil.

Pesquisas em andamento
Pesquisadores utilizam as instalações do laboratório para o desenvolvimento de projetos (Foto: Diego Gurgel/Secom)

O funcionamento do laboratório atualmente se resume a receber projetos de pesquisa sobre vírus. Uma equipe de pesquisadores no Acre, entre médicos e outros profissionais da saúde, tem buscado bolsas de financiamento nacionais e internacionais para seus projetos, principalmente em relação a doenças tropicais, como a tuberculose, as hepatites C e Delta, esta última exclusiva da região amazônica.

Eles utilizam as instalações do laboratório para o desenvolvimento dos projetos e em contrapartida usam suas bolsas para compra dos materiais necessários para as atividades e a coleta das amostras.

Para se ter uma ideia da importância dos financiamentos internacionais, alguns estudos realizados no Acre tem papel essencial no combate à doenças, como uma pesquisa realizada com a coleta de amostras em Sena Madureira em pacientes que contraíram o zika vírus, apoiada pela Sociedade Baiana de Infectologia e uma universidade de Berlim.