6 de fev. de 2019

‘O Brasil pode contar conosco’


Rivka Cohen estava na delegação de 136 integrantes das Forças Armadas de Israel, que veio ao Brasil para ajudar no resgate das vítimas de Brumadinho

Rivka Cohen, major do Exército israelense: 'Nos sentimos realmente muito gratos e orgulhosos de poder ajudar' (Emiliano Capozoli/VEJA)

Guilherme Venaglia  - A função de Rivka Cohen, major do Exército israelense, 31 anos, nas buscas em Brumadinho foi a chamada inteligência de campo. Ela sobrevoava de helicóptero as áreas atingidas e ajudava a definir que lugares deviam ser explorados pelas equipes. A militar estava na delegação de 136 integrantes das Forças Armadas de Israel que chegou a Minas Gerais em missão acertada por Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro do país, entusiasmado com os acenos do presidente Jair Bolsonaro para mudar a embaixada brasileira para Jerusalém.

O grupo já havia atuado em 28 missões internacionais, em países como Haiti e México, atingidos por terremotos. “Queremos que vocês saibam que o Brasil pode contar conosco e que nos sentimos realmente muito gratos e orgulhosos de poder ajudar”, disse Rivka, ao voltar de um sobrevoo. Uma equipe de psicólogos acompanhava o grupo a cada jornada de buscas — de modo a servi-­lo, mas também no caso de localização de sobreviventes.

“Apesar de toda a experiência das forças israelenses e de não termos sido surpreendidos por nada que presenciamos aqui, os psicólogos nos apoiam com conversas. No fim de cada dia, nós nos reunimos e falamos sobre as experiências”, explicou Rivka durante os trabalhos.

A delegação ficou hospedada em duas estruturas do Exército brasileiro em Belo Horizonte: o 12º Batalhão de Infantaria e a 4ª Cia. da Polícia do Exército. Rivka disse que não percebeu nenhum incômodo da parte de militares brasileiros com a presença da delegação estrangeira na ação de resgate. “Tivemos uma ótima recepção”, assegurou.

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