4 de mai. de 2019

Autoridades conhecem satélites desenvolvidos no Brasil


 Ministro Marcos Pontes e comitiva conhecem os satélites e a estrutura do laboratório do INPE

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, e o presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos Moura, estiveram, na última sexta-feira (26.04), no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), onde conheceram o Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS-4A). O sexto satélite da família CBERS será transportado para a China, no mês de maio, com previsão de lançamento para o segundo semestre de 2019, do Centro Espacial Chinês (TLC).

Além do CBERS-4A, eles também conheceram o Amazonia-1, primeiro satélite de sensoriamento remoto desenvolvido pela indústria brasileira, com base na iniciativa chamada plataforma multimissão (PMM), objeto de responsabilidade da AEB. A PMM é fruto de contrato feito com a indústria nacional para desenvolver esse conceito multimissão junto com o INPE.

O CBERS-4A, projeto da AEB e da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST), tendo como executante, pela parte brasileira, o INPE, teve seus testes elétricos finalizados no mês de novembro de 2018. Na época foram realizados testes de simulação de voo, para ensaio da sequência de eventos que ocorrem durante o lançamento e primeiras órbitas após a injeção do satélite em sua órbita. Esses testes precedem os ensaios ambientais (que simulam as condições no espaço), realizados neste semestre.

Os ensaios do CBERS-4A representam um marco para o Laboratório de Integração e Testes (LIT) do INPE que, pela primeira vez, realiza simultaneamente atividades de AIT (montagem, integração e testes) de dois satélites do Programa Espacial Brasileiro. Ao mesmo tempo em que acontecem os testes do CBERS-4A, são desenvolvidas as ações necessárias para o lançamento do primeiro satélite de sensoriamento remoto nacional, o Amazonia-1.

Satélite sino-brasileiro é envelopado para ser lançado na China
O desenvolvimento do CBERS-4A atende a interesses brasileiros em observação da Terra. O Brasil participa com 50% dos investimentos, com parte significativa contratada junto à indústria nacional.

Outro ponto importante foi o fortalecimento de uma comunidade de usuários das imagens geradas pelos satélites, abrangendo as áreas ambiental e agrícola, estudantes universitários e a comunidade acadêmica. A política de distribuição de imagens gratuitas, via internet, adotada a partir do CBERS2 produziu um impacto positivo para a divulgação dos resultados do próprio programa.

O Programa CBERS (sigla para China-Brazil Earth Resources Satellite; em português, Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres) completou 30 anos de cooperação entre o Brasil e a China para o desenvolvimento, fabricação, lançamento e operação de satélites de sensoriamento remoto para observação da Terra.

Já foram lançados os satélites CBERS-1, em 1999; CBERS-2, em 2003; CBERS-2B, em 2007; CBERS-3, em 2013; e CBERS-4, em 2014, este ainda em operação.

Fotos: MCTIC
Coordenação de Comunicação Social – CCS

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