14 de mai. de 2019

Com crise na República, movimento monárquico reaparece em Curitiba


Foto: Franklin de Freitas
bemparana/Rodolfo Luis Kowalski - Escândalos de corrupção, uma presidente impichada (o segundo em menos de 25 anos), a economia em frangalhos e o desemprego em alta. Nos últimos anos, a República Federativa do Brasil definhou. E em meio ao cenário de caos e incertezas, é crescente o número de pessoas que buscam no passado uma solução para o presente, clamando, por exemplo, pela volta da monarquia, que reinou no país entre 1822 e 1889.

Em Curitiba, uma das instituições que defende a restauração do Império do Brasil e a devolução do poder aos descendentes de Dom Pedro II é o Círculo Monárquico Brasileiro (CMB). Fundada em 2013 na esteira das Jornadas de Junho (que evidenciaram a insatisfação popular com relação ao sistema político), a instituição possui representatividade em todos os estados brasileiros e conta com diversas células na Capital, em bairros como Bom Retiro, Centro e Boqueirão, e em outros municípios paranaenses, como Londrina e Foz do Iguaçu. 

“É uma instituição recente até, mas os valores e a história que traz é algo de séculos”, afirma Josh Berveglieri, conhecido na alta sociedade curitibana como ‘Barão de Guaraúna’ (título honorário que recebeu da Soberana Ordem do Sapo por conta de seu parentesco com Domingos Ferreira Pinto, o "barão original") e representante do CMB no Paraná. “Temos o intuito de levantar de volta o ardor cívico da população, resgatar os valores históricos, a moral, os símbolos da pátria e os grandes nomes, porque muitos foram esquecidos e outros abafados por questões políticas”, complementa. 

Em seu site, o CMB assinala não ver a monarquia “como algo intangível ou apenas histórico”, destacando acreditar que “na atual conjuntura dos fatos, o povo já clama por seu Imperador, só ainda não percebeu!”. 

“Com essas últimas crises políticas, tem crescido e muito a vontade de mudar, de buscar uma saída. Mas a grande maioria não sabe para onde sair, não sabe o que buscar”, explica Berveglieri, destacando ainda que o número de adeptos ao regime monárquico e de curiosos tem crescido nos últimos tempos.

“O número de associados e de pessoas que querem estar juntos, querem conhecer, tem aumentado cada dia mais com essa situação toda. Pode ver: nas manifestações que tiveram na rua desde 2013 há cada vez mais pessoas com símbolos do Império, da Monarquia. Então essa crise tem feito crescer esse movimento e essa vontade (de restaurar o Império do Brasil)”, aponta o representante do CMB.

Clique aqui para assistir a entrevista completa.

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