19 de dez. de 2019

O discurso de Eva que provocou a ira da esquerda na Holanda


Imagem: ANP/ PIROSCHKA VAN DE WOUW

Thaís Garcia  - O Brasil conheceu, nesta semana, a jovem jurista holandesa que por causa de seu discurso conservador em um congresso político do partido de direita holandês ‘Fórum pela Democracia’, virou o novo alvo da esquerda na Holanda. Em seu país, Eva Vlaardingerbroek, de 23 anos, recebeu alguns títulos como: “princesa ariana”, “serva da direita radical” e “nacionalista branca”.

A pedido de muitos leitores, o Conexão Política traduziu o discurso da bela jurista da “direita radical”.

Abaixo, o discurso de Eva:

Senhoras e Senhores, quando foi anunciado que eu iria falar sobre os perigos do feminismo contemporâneo, as reações raivosas surgiram imediatamente.

“Como mulher, como você pode ser contra o feminismo? Afinal, sem o feminismo, você não teria permissão para votar, não poderia trabalhar e, portanto, não teria permissão para estar aqui nesta plataforma?”

Minha resposta é simples: o feminismo contemporâneo não tem absolutamente nada a ver com isso. Na verdade, essas liberdades fundamentais estão sob pressão como resultado do mesmo feminismo moderno. Isso soa um pouco exagerado para os senhores? Então, aconselho os senhores a dar uma olhada em uma das Marchas das Mulheres em Amsterdã. Os senhores verão todos os tipos de bandeiras passando, como a bandeira Antifa, a bandeira do arco-íris, a bandeira da Palestina e até diversas bandeiras comunistas. Os gritos que os senhores ouvem lá variam de “morte ao patriarcado” e “todos os homens são lixo” a “todos os refugiados são bem-vindos aqui”.

Os senhores veem o paradoxo?

O homem ocidental é o inimigo principal, mas a imigração em massa de centenas de milhares de homens solteiros de sociedades muito “patriarcais” aparentemente não é problema. E enquanto isso, no paraíso multicultural da Suécia, um terço das jovens agora enfrenta assédio sexual. Tal fato deve nos fazer pensar. É melhor parar algo prematuramente do que continuar até que dê completamente errado.

Bem, não se depender de nossas feministas modernas. A marcha delas já se transformou em um grupo de pessoas despreocupadas e indiferentes que nos levarão a situações prejudiciais e perigosas. Mas os únicos que não percebem isso são elas mesmas.

Senhoras e Senhores, em 2012, o músico e documentarista, Jan Leyers, disse algo que me tocou.

Cito:
“Para mim, apenas faz sentido uma Europa em que homens e mulheres interagem entre si de maneira descontraída, onde mulheres podem ser elas mesmas, sem ter que temer pelo seu corpo ou partes dele”.

Por mais verdadeiro que seja esse comentário, a inevitável conclusão é que muitas cidades na Europa já não são europeias.

Mas por que isso não é um problema para as feministas modernas? A resposta é que a feminista moderna não gosta da Europa nem dos valores europeus. Ela está muito ocupada – com todos os tipos de fissuras imaginárias, com “brinquedos neutros” em termos de sexo e com o crescimento de seus pelos nas axilas – para enxergar que é precisamente essa civilização europeia que garantiu que ela desfrute de mais liberdades do que as mulheres em qualquer outro lugar do mundo.

Para que não haja mal-entendidos: a igualdade perante a lei entre homens e mulheres é uma joia da coroa da civilização europeia. Então, o que impulsiona essas feministas contemporâneas? Para responder a essa pergunta, precisamos voltar à Marcha das Mulheres de Amsterdã com suas bandeiras comunistas. Essas bandeiras não estão lá à toa: hoje, o feminismo caiu sob o feitiço do marxismo cultural. Mas agora, a tradicional luta de classes foi substituída pela luta de mulheres e minorias contra um novo “opressor”, a saber: o homem branco. E como você liberta a sociedade desse suposto “opressor”? Negando ou suspeitando de todas as diferenças entre homens e mulheres.

Diariamente, percebemos como essas feministas são influentes: [Na estação de trem: o chamado no alto-falante] “Senhoras e senhores” agora são “Prezadxs viajantes”; os absorventes para mulheres são subitamente chamados de “absorventes para pessoas menstruadas” e, se depender do D66 [partido progressista na Holanda], as delegacias de polícia não têm funcionários, mas “pessoal”. Oh, e senhores no salão, vocês abrem às vezes a porta para uma mulher por cavalheirismo? Então, de acordo com as feministas de hoje, vocês são sexistas. Antes de concluir, gostaria de ler para vocês uma citação de um pensador francês, Alexis de Tocqueville, que é muito admirado em nossos círculos.

Cito:

“Existem pessoas na Europa que, confundindo os diversos atributos dos sexos, afirmam tornar o homem e a mulher não apenas seres parecidos, mas idênticos…degradando os dois, e criando apenas homens fracos e mulheres indecentes.”

Tocqueville escreveu essas palavras em 1840. Agora, 180 anos depois, elas são mais atuais do que nunca. O feminismo contemporâneo se perdeu. Devemos retornar aos verdadeiros valores europeus e nos libertar do pensamento totalitário das feministas contemporâneas.

Para o interesse de todos nós, homens, mulheres e nossa sociedade.

Agradeço aos senhores.

Assista ao vídeo do discurso de Eva Vlaardingerbroek.

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