7 de jul. de 2020

Governo britânico quer Huawei completamente fora das redes 5G do Reino Unido


 Imagem reprodução

Thaís Garcia - O Reino Unido quer se livrar completamente dos equipamentos da Huawei nas redes 5G este ano, informou o jornal britânico The Telegraph.

O equipamento chinês deve ser bloqueado por novos regulamentos governamentais em seis meses. Segundo o jornal, a agência de inteligência britânica GCHQ disse que os equipamentos da Huawei representam um risco maior à segurança do que se pensava anteriormente.

Novas sanções de exportação dos EUA à Huawei levaram a agência de inteligência britânica a investigar novamente a empresa chinesa.

Em janeiro deste ano, o Reino Unido havia anunciado que os fabricantes de hardware de “alto risco”, incluindo a Huawei, desempenhariam um papel limitado na implantação da rede 5G no país. De acordo com a decisão, a Huawei foi autorizada a participar, mas a empresa não teria acesso a “partes sensíveis” da rede.

Funcionários do governo britânico relataram mais tarde ao The Financial Times que o primeiro-ministro Boris Johnson havia iniciado um plano para banir completamente as peças da Huawei a partir de 2023.

Reação global
O equipamento da Huawei foi banido dos sistemas em vários países. Os Estados Unidos e a Austrália, entre outros, alertam que o equipamento pode ser usado para espionagem pelas autoridades do Partido Comunista Chinês.

As empresas de telecomunicações canadenses também fecharam as portas para as empresas chinesas. Duas operadoras de telecomunicações canadenses, a BCE Inc. (controladora da Bell) e a Telus Corp, decidiram agora usar equipamentos da Nokia e Ericsson para construir suas redes 5G de próxima geração no Canadá. Isso significa efetivamente que o Canadá deixou a China “a ver navios”, juntamente ao seu fornecedor de tecnologia 5G Huawei.

A Bell já usa a Huawei em sua rede 4G existente, no entanto, o envolvimento da empresa chinesa na implantação de 5G já foi descartado. A Telus chegou ao ponto de afirmar em fevereiro deste ano que faria parceria com a Huawei para implantar a tecnologia 5G no país. Com Bell e Telus rejeitando a Huawei, o Partido Comunista Chinês deve ficar enfurecido. Todas as três principais operadoras de telecomunicações do Canadá, Bell, Telus e Rogers, estão agora trabalhando com a Nokia e a Ericsson.

Os Estados Unidos estão usando o mesmo manual usado no Canadá e, portanto, a Huawei deve sofrer um segundo grande choque dentro de algumas semanas.

A reação global contra empresas chinesas, especialmente vendedores de equipamentos de telecomunicações que lideravam a corrida 5G global como Huawei, ZTE e Datang Telecom, levou ao ressurgimento de duas empresas europeias, a sueca Ericsson e a finlandesa Nokia.

Atualmente, as nove empresas que vendem equipamentos 5G são Altiostar, Cisco Systems, Datang Telecom / Fiberhome, Ericsson, Huawei, Nokia, Qualcomm, Samsung e ZTE, das quais três empresas chinesas, Huawei, Datang e ZTE, lideram a corrida, por seus produtos serem mais baratos.

Mas a reação global contra a o governo comunista da China e os relatos de espionagem do Exército de Libertação Popular através dessas empresas causaram danos maciços às empresas chinesas de 5G, especialmente a Huawei.

O governo dos Estados Unidos já aconselhou os países europeus a utilizarem produtos da Ericsson, Nokia e Samsung, em vez da Huawei. A Polônia assinou um acordo de cooperação com os EUA para a nova tecnologia 5G, afirmando que a segurança e a cooperação com os EUA serão um aspecto central.

O Vietnã, por questões geopolíticas, também contornou a chinesa Huawei e desenvolveu uma tecnologia própria para o 5G.

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