26 de dez. de 2008
Carta aos Jovens
Caros jovens, quero que me ouçam antes de usar-me. Que conheçam e saibam quem sou, o que faço e como me comporto dentro das pessoas e como sentir-se-ão depois do meu contato e da minha ilusão.
Eu não tenho nome certo nem sobrenome. Sou batizada a toda hora e a todo o momento por aqueles que me usam.
Não tenho amigos, pois consigo destruir todos aqueles que se aproximam de mim. Quando não o faço completamente, eu os deixo sem miolos, sem coração e sem pensamentos.
Um dos meus contatos preferidos são as veias. Através delas consigo mergulhar no seu sangue, que me levará a uma viagem por todo o seu corpo. Atravesso seus membros, canais e artérias; e passo pelo sistema nervoso deixando aí minha marca. Enquanto passeio, vocês vivem as ilusões de uma felicidade que não existe.
Através desses rios de sangue, consigo atingir os seus cérebros, e aí minha marca é mais forte, pois no cérebro vou roubar os seus pensamentos, sua memória, e, por fim, a razão.
Então descerei até o coração e vocês saberão quem sou realmente. Aliás, nem haverá tempo para isso, pois vocês já estarão mortos.
Pronto, já lhes contei minha história. Se quiserem a minha ajuda, procurem-me, estou pronto para tirar sua paz, sua liberdade e sua vida.
A DROGA.
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