Senador Tião Viana foi um dos idealizadores do curso
Tatiana Campos
Trinta profissionais ficarão no Estado para exercer atividades ou fazer residência médica.
Médicos com formação diferenciada, um olhar mais humanizado e que foram preparados para colocar o afeto ao lado da ciência na hora de atender um paciente. Esse é o diferencial apontado pelos professores dos 40 bacharéis em Medicina formados na noite desta sexta-feira pela Universidade Federal do Acre (Ufac). Trinta profissionais continuarão no Acre para exercer suas atividades e alguns vão iniciar a carreira no interior do Estado.
Camila Amorim, de Cuiabá (MT), chegou ao Acre para estudar com a intenção de voltar para sua cidade natal logo após concluir o curso. Ela é uma das trinta profissionais que decidiram permanecer no Estado. “Casei aqui, tive filho e não pretendo mais voltar para Cuiabá. O mercado profissional no Acre é melhor, principalmente no interior”, comentou.
Igor Leão é um dos acreanos formados pela Ufac. “A sensação deste momento é indescritível, um misto de expectativa e saudade. Nós esperamos fazer o melhor e nos dedicar ao exercício da profissão, colocando em prática aquilo que aprendemos durante o curso”, disse.
O curso de Medicina da Ufac, fruto do empenho pessoal do senador Tião Viana para que o Acre tivesse a oportunidade de formar profissionais na área médica, conta com a parceria do Governo do Estado para que os alunos utilizem toda a rede pública de saúde para treinamento.
“Boa parte da carga horária do curso é dentro da comunidade, com os alunos prestando atendimento clínico. Esta turma é mais um passo na consolidação do curso de Medicina, um curso inovador que permite com a que universidade se insira ainda mais comunidade através da prestação de serviços”, observou o coordenador do curso, Amsterdam Sandres.
Olinda Batista, reitora da Ufac, ressaltou que a Turma 2003 é a primeira grande turma de Medicina que sai da universidade, pois a primeira teve apenas 10 formandos por conta da fraude no vestibular que foi constatada e comprovada pelo Ministério Público Federal.
A sensação deste momento é indescritível, um misto de expectativa e saudade. Nós esperamos fazer o melhor e nos dedicar ao exercício da profissão, colocando em prática aquilo que aprendemos durante o curso. (Igor Leão)
“A partir de agora teremos sempre 40 formandos a cada ano e esta turma é a consolidação do curso de Medicina. É um momento importante para a universidade, para o Estado, e isso demonstra que a Ufac tem capacidade técnica de formar profissionais com excelência. A qualidade do curso também depende do esforço de quem estuda. Não é o curso que faz o aluno, é o aluno que faz o curso e hoje nós temos 40 profissionais capacitados para atuar no mercado da Medicina”, comentou.
A formação diferenciada foi o ponto destacado pelo secretário Estadual de Saúde, Osvaldo Leal, ao se referir aos médicos formados pela Ufac.
Eles tiveram uma formação voltada para o sentimento que todo médico tem que ter, que é a possibilidade de estender a mão, oferecer o ombro, palavras de carinho, responsabilidade. São médicos que saem preparados para praticar um atendimento mais humanizado, mas próximo das comunidades. A expectativa do Estado é que a cada ano mais 40 profissionais se incorporem ao exercício da profissão e possam melhorar o atendimento médico, principalmente no interior”.
Este ano os formandos de Medicina passaram por uma etapa a mais no ritual de formatura além de aulas da saudade e solenidades. Eles participaram de um atendimento do programa Saúde Itinerante, desenvolvido pelo Governo do Estado para levar atendimento médico a regiões isoladas, pouca oferta de profissionais de saúde ou de difícil acesso. A idéia foi uma sugestão do senador Tião Viana e será incorporada ao curso para que os concludentes tenham a possibilidade de um contato direto com a medicina comunitária.
“Este é um dia muito especial para o Estado, muito feliz na vida do Acre, que entrega 40 jovens formados que vão trabalhar nos municípios. É uma coisa muito bonita, um momento que marca e não vai mais parar: serão 40 novos médicos a cada ano”, disse o senador.
Fonte: Pág 20
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