10 de mar. de 2009
Pré-sal: Acordo Brasil-EUA pode desbancar Venezuela
O Brasil e os Estados Unidos mantêm contatos informais com intenção de fechar no futuro um acordo comercial para elevar o fluxo de importação de petróleo e derivados brasileiros pelos norte-americanos, informa o jornal espanhol El País em sua edição desta segunda-feira, 9, citando fontes do governo brasileiro. O jornal diz que a administração do presidente norte-americano Barack Obama já deixou clara sua vontade de aumentar consideravelmente as importações do petróleo brasileiro.
Se concretizado um acordo comercial, algo que hoje parece muito provável e depende unicamente do Brasil, diz o El País, a consequência direta seria o deslocamento da Venezuela do mercado de energia norte-americano. “Washington vê as reservas do pré-sal como uma salvação para sua dependência da Venezuela”, afirmaram fontes em Brasília, segundo o jornal espanhol.
O El País diz ter recebido informações de várias fontes diplomáticas e governamentais em Brasília sobre o interesse do governo Lula em aumentar a presença brasileira no mercado norte-americano de hidrocarbonetos, mesmo que isso implique uma colisão frontal com os interesses da Venezuela.
Diante das frequentes ameaças que recebe da Venezuela e da dependência do petróleo exportado pelo país, os Estados Unidos colocaram seus olhos há meses nas recentes descobertas de petróleo brasileiro, afirma o El País. “Agora, mais do que nunca, estamos no radar dos norte-americanos, já que existe uma certa preocupação com alguns setores deste governo com o que acontece nesta zona de produção petrolífera”, disse uma fonte próxima ao presidente Lula, segundo o El País.
A fonte referiu-se à reativação em julho do ano passado pelos Estados Unidos da Quarta Frota da Marinha norte-americana para o Caribe e a América do Sul, comando naval responsável por todas as embarcações militares dos EUA em atividade nas águas da região e do Caribe. De acordo com o El País, as fontes disseram ainda que o Obama vê o Brasil como um aliado natural na América do Sul.
FONTE: estadao.com.br
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