Danillo Ferreira - Após a resistência de alguns alunos da USP à detenção de três alunos que estavam portando drogas nas dependências da Universidade, como se o campus fosse uma ilha onde é permitido descumprir a lei, a discussão sobre a presença da Polícia Militar do Estado de São Paulo retornou ao cenário das polêmicas. Mesmo que pareça óbvio, há quem ainda entenda que as polícias militares não são úteis no interior das universidades, como se vivêssemos em um tempo de repressão às liberdades de expressão dos acadêmicos e intelectuais, como já ocorreu a cerca de quatro décadas atrás.
Antes, nos parece que as “liberdades” defendidas por setores da USP são outras, indesejáveis em qualquer contexto social razoável. Prova disto é que houve queda significativa dos índices de criminalidade no campus desde que a PMESP realiza policiamento ostensivo por lá:
A Polícia Militar fez um levantamento comparando dados de criminalidade de 80 dias antes do assassinato do estudante Felipe Ramos de Paiva, em maio, com os 80 dias subsequentes, descontando o mês de julho, em razão do recesso escolar. Depois do assassinato de Felipe e com a presença de policiais no câmpus, os furtos de veículos caíram 90% (apenas dois casos foram registrados, ante os 20 anteriores). Já roubos em geral passaram de 18 para 6, uma redução de 66,7%. Roubos de veículos caíram 92,3%, passando de 13 para 1.
Outros dois crimes que tiveram redução foram lesão corporal, que caiu de nove para dois casos (queda de 77,8%), e sequestro relâmpago, de 8 para 1 (redução de 87,5%). Os dados estão em boletins de ocorrência registrados nas delegacias do entorno da Cidade Universitária.
Dos 103 boletins de furtos registrados depois da morte ante os 107 do período anterior, apenas 20 ocorreram em via pública, sendo 19 no interior de veículos, dos quais em 12 o objeto visado foi o estepe do carro. O outro furto foi de uma placa de veículo.
Os outros 83 casos aconteceram no interior das unidades, onde a PM não entra. Nesses locais, a competência de garantir a segurança é das empresas privadas de vigilância, contratadas pelas próprias unidades, ou da Guarda Universitária da USP.
Antes, nos parece que as “liberdades” defendidas por setores da USP são outras, indesejáveis em qualquer contexto social razoável. Prova disto é que houve queda significativa dos índices de criminalidade no campus desde que a PMESP realiza policiamento ostensivo por lá:
A Polícia Militar fez um levantamento comparando dados de criminalidade de 80 dias antes do assassinato do estudante Felipe Ramos de Paiva, em maio, com os 80 dias subsequentes, descontando o mês de julho, em razão do recesso escolar. Depois do assassinato de Felipe e com a presença de policiais no câmpus, os furtos de veículos caíram 90% (apenas dois casos foram registrados, ante os 20 anteriores). Já roubos em geral passaram de 18 para 6, uma redução de 66,7%. Roubos de veículos caíram 92,3%, passando de 13 para 1.
Outros dois crimes que tiveram redução foram lesão corporal, que caiu de nove para dois casos (queda de 77,8%), e sequestro relâmpago, de 8 para 1 (redução de 87,5%). Os dados estão em boletins de ocorrência registrados nas delegacias do entorno da Cidade Universitária.
Dos 103 boletins de furtos registrados depois da morte ante os 107 do período anterior, apenas 20 ocorreram em via pública, sendo 19 no interior de veículos, dos quais em 12 o objeto visado foi o estepe do carro. O outro furto foi de uma placa de veículo.
Os outros 83 casos aconteceram no interior das unidades, onde a PM não entra. Nesses locais, a competência de garantir a segurança é das empresas privadas de vigilância, contratadas pelas próprias unidades, ou da Guarda Universitária da USP.
Leia mais…
Importante frisar o peso do termo “setores”, já que outros estudantes da USP, que parecem estar mais preocupados com a segurança no campus do que utilizar a presença da polícia para fazer oposição à gestão da Universidade, realizaram um protesto em defesa da PM no campus. E quando se vê alguma comunidade defender e manifestar apoio às polícias – que realizam um trabalho disciplinador que não costuma agradar – é porque sua presença é indispensável e legítima.
Importante frisar o peso do termo “setores”, já que outros estudantes da USP, que parecem estar mais preocupados com a segurança no campus do que utilizar a presença da polícia para fazer oposição à gestão da Universidade, realizaram um protesto em defesa da PM no campus. E quando se vê alguma comunidade defender e manifestar apoio às polícias – que realizam um trabalho disciplinador que não costuma agradar – é porque sua presença é indispensável e legítima.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Atenção:
Comentários ofensivos a mim ou qualquer outra pessoa não serão aceitos.