"Senhor, umas casas existem, no vosso reino onde homens vivem em comum, comendo do mesmo alimento, dormindo em leitos iguais. De manhã, a um toque de corneta, se levantam para obedecer. De noite, a outro toque de corneta, se deitam obedecendo. Da vontade fizeram renúncia como da vida.
Seu nome é sacrifício. Por ofício desprezam a morte e o sofrimento físico. Seus pecados mesmo são generosos, facilmente esplêndidos. A beleza de suas ações é tão grande que os poetas não se cansam de a celebrar. Quando eles passam juntos, fazendo barulho, os corações mais cansados sentem estremecer alguma coisa dentro de si. A gente conhece-os por militares...
Corações mesquinhos lançam-lhes em rosto o pão que comem; como se os cobres do pré pudessem pagar a liberdade e a vida. Publicistas de vista curta acham-nos caros demais, como se alguma coisa houvesse mais cara que a servidão.
Eles, porém, calados, continuam guardando a Nação do estrangeiro e de si mesma. Pelo preço de sua sujeição, eles compram a liberdade para todos e os defendem da invasão estranha e do jugo das paixões. Se a força das coisas os impede agora de fazer em rigor tudo isto, algum dia o fizeram, algum dia o farão. E, desde hoje, é como se o fizessem.
Porque, por definição, o homem da guerra é nobre. E quando ele se põe em marcha, à sua esquerda vai coragem, e à sua direita a disciplina".
Com certeza é uma digna missão que poucos conseguem assimilar e escolher para si em prol do conforto da pátria, feliz dia do soldado para todos os meus companheiros de farda!!!!!
ResponderExcluirVejam a data, esta carta NÃO se refere ao Brasil; Moniz Barreto foi governador português de Goa, na ìndia.
ResponderExcluirA Guerra pela independência do Brasil, Guerra do Paraguai e Segunda Gerra Mundial foram travadas contra exércitos estrangeiros. As lutas para manter a integridade nacional e as realizadas para manter as Instituições democráticas em 1935 e 1964 (foram travadas para defender a pátria de si mesmo). Toda essas ações estão dentro do contexto da carta de Muniz Barreto. O Exército Brasileiro tem a sua Gênese no Exército Português.
ExcluirLuiz Fernando, Moniz Barreto o autor da carta, não foi governador de Goa. Foi escritor portugues, morto em 1896. O Governador viveu no seculo XVI.
ExcluirVeja você, no final diz que é uma adaptação, e mesmo assim em nenhum momento diz que é em ralação ao Brasil.
ResponderExcluirA questão não é se diz respeito ao Brasil ou não, mas a nobreza da profissão militar.
ResponderExcluirDe quem é a voz da narração?
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