31 de mar. de 2012
MUITO BOA A DECISÃO DA PREFEITURA MUNICIPAL DE PROIBIR A ENTRADA DE VEÍCULOS PESADOS NA CIDADE, QUEM ESTÁ SOFRENTO COM A BURAQUEIRA É A POPULAÇÃO
Acertada decisão, contra fatos não há argumentos, e vendo essas fotos abaixo pode-se comprovar o acerto do Decreto 05/2012.
Esse conserto feito no cruzamento da Rua Epaminondas Jácome com a Rua Tancredo Neves foi feito semana passada, pode-se até também verificar o tijolo que foi retirado e ainda permanece no local. Fato é que esse “caminhãozinho” passou em cima do conserto e estragou tudo o que já havia sido feito.
O Terreno já não é propício por ser um charco, e com a agravante das intensas chuvas fica inviável esse tipo de veículo transitando dentro da cidade.
O FIM DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO DA ESTRADA DE FERRO MADEIRA MAMORÉ
Gente de OPinião - Sandra Castiel - O ser humano possui em comum os sentimentos: quem não guarda objetos que lhe são caros, porque remetem à lembrança de alguém importante ou a momentos inesquecíveis?
Você já imaginou, caro leitor, se pessoas de fora ocupassem sua casa e, em sua presença, jogassem no lixo objetos que, para você, possuem valor afetivo, deletassem de seu computador suas imagens mais preciosas, rasgassem as fotos de seus álbuns antigos, queimassem seus livros, pisassem na figura da santa por quem você nutre especial devoção, ou atirassem sua bíblia na lama? ...
Isto seria o mesmo que tentar apagar suas pegadas, sua trajetória, os indícios de sua existência; seria o mesmo que passar uma borracha no mundo onde você se reconhece - um mundo que você ajudou a criar. Tudo isso porque ignoram sua história, não respeitam seu passado, não sabem o significado que aquelas referências têm para você e, certamente, terão para seus descendentes, cuja identidade será construída também a partir dessas referências.
Esta comparação, embora simplória, nos leva à dimensão do que está ocorrendo com o patrimônio histórico de Rondônia. Ao longo dos anos, autoridades deste estado simplesmente ignoram a importância desse patrimônio, numa demonstração de descaso para com bem tão precioso e afronta para com os sentimentos das pessoas que amam esta terra e que a ela se sentem integrados.
Recentemente, a população foi surpreendida com as notícias advindas dos danos ao patrimônio histórico da Madeira Mamoré e ao ambiente natural causados pela hidrelétrica de Santo Antônio.
Daqui de meu cantinho de observadora, sempre considerei detestável a ideia de uma construção desse porte, uma agressão fatal à natureza, ao nosso exuberante, belo e caudaloso rio Madeira. Jamais fiquei empolgada com a perspectiva de contrapartida a Rondônia; não acreditei que a tal contrapartida pudesse, efetivamente, melhorar a qualidade de vida da população, e estava certa. Considero a natureza o maior dos santuários do planeta, fonte da qual viemos todos; há que se preservá-la acima de tudo.
A comunidade intelectual de Rondônia tem acompanhado com perplexidade os danos causados ao que restou do patrimônio histórico da Estrada de Ferro Madeira Mamoré: a centenária ponte metálica sobre o rio Jacy está com as estruturas ameaçadas de erosão por um valão aberto pela UHE Santo Antônio na cabeceira da ponte. A ponte de Jacy Paraná e a de Mutum Paraná foram importadas dos Estados Unidos no início do século XX; são relíquias emblemáticas de uma obra grandiosa que ceifou muitas vidas e deu origem à cidade de Porto Velho, capital do estado.
O mesmo descaso foi dispensado ao histórico Marco Rondon, cuja localização era nas proximidades da barragem, a jusante do empreendimento. O Marco Rondon simplesmente desapareceu.
As povoações ribeirinhas estão sofrendo com a queda dos barrancos às margens do rio Madeira. Os peixes estão sumindo. A BR- 364 está sendo atingida.
É hora de unirmos forças. É hora de lutarmos, juntos, em prol de uma causa maior: salvar o que restou de nosso patrimônio histórico e buscar, através dos canais competentes, apurar responsabilidades pelo descaso e pelos danos causados à natureza e à vida. Afinal, vivemos todos aqui, sob os céus de Rondônia. Cabe a nós, cidadãos, garantir a proteção de nossa amada terra!...
Você já imaginou, caro leitor, se pessoas de fora ocupassem sua casa e, em sua presença, jogassem no lixo objetos que, para você, possuem valor afetivo, deletassem de seu computador suas imagens mais preciosas, rasgassem as fotos de seus álbuns antigos, queimassem seus livros, pisassem na figura da santa por quem você nutre especial devoção, ou atirassem sua bíblia na lama? ...
Isto seria o mesmo que tentar apagar suas pegadas, sua trajetória, os indícios de sua existência; seria o mesmo que passar uma borracha no mundo onde você se reconhece - um mundo que você ajudou a criar. Tudo isso porque ignoram sua história, não respeitam seu passado, não sabem o significado que aquelas referências têm para você e, certamente, terão para seus descendentes, cuja identidade será construída também a partir dessas referências.
Esta comparação, embora simplória, nos leva à dimensão do que está ocorrendo com o patrimônio histórico de Rondônia. Ao longo dos anos, autoridades deste estado simplesmente ignoram a importância desse patrimônio, numa demonstração de descaso para com bem tão precioso e afronta para com os sentimentos das pessoas que amam esta terra e que a ela se sentem integrados.
Recentemente, a população foi surpreendida com as notícias advindas dos danos ao patrimônio histórico da Madeira Mamoré e ao ambiente natural causados pela hidrelétrica de Santo Antônio.
Daqui de meu cantinho de observadora, sempre considerei detestável a ideia de uma construção desse porte, uma agressão fatal à natureza, ao nosso exuberante, belo e caudaloso rio Madeira. Jamais fiquei empolgada com a perspectiva de contrapartida a Rondônia; não acreditei que a tal contrapartida pudesse, efetivamente, melhorar a qualidade de vida da população, e estava certa. Considero a natureza o maior dos santuários do planeta, fonte da qual viemos todos; há que se preservá-la acima de tudo.
A comunidade intelectual de Rondônia tem acompanhado com perplexidade os danos causados ao que restou do patrimônio histórico da Estrada de Ferro Madeira Mamoré: a centenária ponte metálica sobre o rio Jacy está com as estruturas ameaçadas de erosão por um valão aberto pela UHE Santo Antônio na cabeceira da ponte. A ponte de Jacy Paraná e a de Mutum Paraná foram importadas dos Estados Unidos no início do século XX; são relíquias emblemáticas de uma obra grandiosa que ceifou muitas vidas e deu origem à cidade de Porto Velho, capital do estado.
O mesmo descaso foi dispensado ao histórico Marco Rondon, cuja localização era nas proximidades da barragem, a jusante do empreendimento. O Marco Rondon simplesmente desapareceu.
As povoações ribeirinhas estão sofrendo com a queda dos barrancos às margens do rio Madeira. Os peixes estão sumindo. A BR- 364 está sendo atingida.
É hora de unirmos forças. É hora de lutarmos, juntos, em prol de uma causa maior: salvar o que restou de nosso patrimônio histórico e buscar, através dos canais competentes, apurar responsabilidades pelo descaso e pelos danos causados à natureza e à vida. Afinal, vivemos todos aqui, sob os céus de Rondônia. Cabe a nós, cidadãos, garantir a proteção de nossa amada terra!...
Sandra Castiel é natural de Porto Velho. Professora de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. Mestre em Educação. Membro da Academia de Letras de Rondônia.
30 de mar. de 2012
MINISTÉRIO DA PESCA CONTRATA EMPRESA E DEPOIS PEDE VERBA PARA CAMPANHA DO PT
TCU apontou indícios de superfaturamento e licitação dirigida na compra de lanchas
Marta Salomon, de O Estado de S. Paulo - BRASÍLIA - Após ser contratada para construir lanchas-patrulha de mais de R$ 1 milhão cada para o Ministério da Pesca - que não tinha competência para usar tais embarcações -, a empresa Intech Boating foi procurada para doar ao comitê financeiro do PT de Santa Catarina R$ 150 mil. O comitê financeiro do PT catarinense bancou 81% dos custos da campanha a governador, cuja candidata foi a atual coordenadora política do governo, ministra Ideli Salvatti, em 2010.
Em 2010, Ideli participou do ato de assinatura da compra das lanchas-patrulha - Arquivo Revista
Ex-militante do PT, o dono da empresa, José Antônio Galízio Neto, afirmou em entrevista ao Estado nesta quinta-feira, 29, que a doação não foi feita por afinidade política, embora se defina como filiado da época de fundação do partido em São Bernardo do Campo (SP).
“O partido era o partido do governo. A solicitação de doação veio pelo Ministério da Pesca, é óbvio. E eu não achei nada demais. Eu estava faturando R$ 23 milhões, 24 milhões, não havia nenhum tipo de irregularidade. E acho até hoje que, se precisasse fazer novamente, eu faria”, disse o ex-publicitário paulista. Logo em seguida, na entrevista, ele passou a atribuir o pedido de doação a um político local.
Derrotada na eleição, Ideli preencheu a cota do PT de Santa Catarina no ministério de Dilma Rousseff, justamente na pasta da Pesca. Em cinco meses no cargo, antes de mudar de gabinete para o Planalto, a ministra pagou o restante R$ 5,2 milhões que a empresa doadora à campanha petista ainda tinha a receber dos cofres públicos.
Nesta quinta-feira, a assessoria da ministra negou “qualquer ligação” entre Ideli e a Intech Boating, alegando que a doação não foi feita diretamente à campanha, mas ao comitê financeiro do PT. Em nota, a assessoria da ministra destaca que as contas da campanha foram aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Ideli teve reiterados recentemente os poderes de articulação política do governo, em meio a sinais de rebelião da base de apoio de Dilma no Congresso.
Na quarta-feira, 28, o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou irregularidades na compra das lanchas-patrulha, em contratos com a Intech Boating, que somaram R$ 31 milhões. O prejuízo ao contribuinte, que autoridades e a empresa serão cobrados a devolver, ainda não foi calculado. O TCU critica sobretudo o fato de o ministério ter comprado lanchas sem ter o que fazer com elas. O relatório diz que 22 das 28 lanchas ficaram guardadas na própria fabricante, pois não tinham onde ser entregues.
José Antônio Galízio Neto afirmou que ainda restavam na empresa quatro das embarcações encomendadas. Uma delas seguiria ainda nesta quinta-feira para a Marinha, destino definido no início deste ano, quando a auditoria do TCU processava as conclusões.
As encomendas do ministério foram feitas entre 2009 e 2010, em licitações supostamente dirigidas, diz o TCU. No último dia de mandato, o então ministro Altemir Gregolin contratou mais cinco lanchas, quando 14 delas já estavam prontas e sem uso no estaleiro em Santa Catarina.
PREFEITURA MUNICIPAL DE TARAUACÁ DECRETA A PROIBIÇÃO DE TRÁFEGO DE VEÍCULOS DE CARGA COM PESO ACIMA DE SETE TONELADAS DENTRO DA CIDADE
A Prefeita Marilete Vitorino de Siqueira em face dos transtornos causados por veículos pesados ao município decreta a proibição de tráfego de veículos de carga acima de 07 toneladas, pois os mesmos são incompatíveis com a estrutura das ruas de Tarauacá danificando-as.
Com isso os caminhões de carga acima de 07 toneladas deverão que trafegam na BR 364 no sentido Feijó/Cruzeiro do Sul e vice-versa, devem seguir o traçado original da BR-364, e os que virem do Vale do Juruá, ao chegarem ao trevo de acesso à cidade de Tarauacá, deverão seguir também pelo traçado original da BR-364.
Abaixo o Decreto 015/2012 na íntegra.
PREFEITURATK.BLOGSPOT.COM
29 de mar. de 2012
'EM BUSCA DO NADA'
J.R. GUZZO - A palavra provavelmente mais correta para descrever a maior parte das atividades do governo brasileiro hoje em dia, em português comum, seria “farsa”. Mas é melhor, por prudência e pela cortesia com que se devem tratar nossas altas autoridades em geral, utilizar alguma coisa mais leve ─ “ficção”, talvez, é o termo que se aconselha, já que não pode ser entendido como ofensa (Deus nos livre de uma coisa dessas), e ao mesmo tempo serve para resumir com bastante clareza a atual conduta do superior comando da nação.
Entre as paredes do caixote de concreto e vidro em que funciona o Palácio do Planalto, é fabricada todos os dias a impressão de que ali se vive numa colmeia de trabalho sem descanso e de operosidade sem precedentes; segundo essa visão, apresentada como fato praticamente indiscutível na propaganda oficial, ainda não foi criado no Brasil o problema que as prodigiosas qualidades de gerência atribuídas à presidente Dilma Rousseff tenham deixado sem solução. Mas um metro para fora do Palácio, na vida real que começa na rua, o mundo dos fatos, indiferente ao que se diz do lado de dentro, mostra o contrário: nada do que o governo manda resolver, ou quase nada, consegue ser resolvido.
Falta de tempo para mostrar serviço de verdade, do tipo que pode ser visto e comprovado, com certeza não é. Já faz mais de nove anos que a presidente Dilma está dentro do governo, no qual dá expediente desde o primeiro dia de mandato de seu antecessor ─ com a função, justamente, de ser a tocadora de obras número 1 da República. Alguma coisa de porte, a esta altura, já tinha de ter aparecido. Mas não aparece.
Tão inúteis quanto a passagem do tempo ou os oceanos de dinheiro que o poder público tem para gastar vêm sendo as demissões em série na equipe ministerial. Em pouco mais de um ano de governo Dilma, já foram para a rua doze ministros, mais os lideres no Senado e na Câmara ─ todos nomeados por ela mesma, é verdade, incluindo-se aí alguns dos mais notórios candidatos a morte súbita que já passaram por um ministério na história deste país. Os resultados disso, pelo que se viu até agora, foram nulos. As demissões, sem dúvida, mostram que a presidente está disposta a valer-se de sua posição no topo da cadeia alimentar de Brasília ─ pode mandar qualquer um embora, e não pode ser mandada embora por ninguém.
O problema, tristemente, é que o exercício repetido de toda essa autoridade não tem sido capaz de gerar nenhum efeito útil para a vida prática do país e do cidadão. Seja porque Dilma está substituindo tão mal quanto nomeou, seja porque os novos ministros vivem paralisados pelo medo de perder o seu emprego, o fato é que nenhuma de todas as trocas feitas até agora resultou num único metro a mais de estrada asfaltada, ou num poste de luz, ou em qualquer coisa que preste.
O que certamente não falta, nesse deserto de resultados, é a construção de miragens. Empreiteiras de obras públicas, por exemplo, fazem aparecer na imprensa fotos da presidente em cima de um carrinho de trem, cercada por um alarmante cordão de puxadores de palmas, numa visita de inspeção à Ferrovia Norte-Sul. Uns tantos minutos depois, todos voltam a seu carro oficial ou helicóptero e deixam para trás a realidade.
A Ferrovia Transnordestina, por exemplo, com 1700 quilômetros de extensão, foi iniciada em 2006 e deveria ter sido entregue em 2010; já estamos em 2012, o custo de 4,5 bilhões de reais pulou para quase 7 bilhões e tudo o que se conseguiu construir, até agora, foram 10% do percurso. O petroleiro João Cândido, que começou a ser construído quatro anos atrás para a Petrobras em Pernambuco, e foi lançado ao mar em 2010 pelo ex-presidente Lula como um prodígio da nova indústria naval brasileira, voltou a terra firme logo após a cerimônia; continua lá até hoje. Entre as mais espetaculares obras do PAC, com todos os seus bilhões em investimentos, inclui-se o “trem-bala” ─ mas a única coisa que se pode dizer com certeza sobre o “trem-bala”, até agora, é que ele não existe.
A presidente Dilma, que sabe muito bem o que é inépcia, tenta há nove anos achar o caminho de saída desse vale de lágrimas; pode continuar tentando pelos próximos cinquenta e não vai encontrar nada. Não vai encontrar porque procura no lugar errado; imagina que a solução está em criar mais repartições públicas, mais regras, mais controles, mais programas e mais tudo o que faça um “estado forte”. É o tipo de ideia que encanta a presidente. Nunca deu certo até hoje. Mas ela continua convencida de que um dia ainda vai dar.
VejaEntre as paredes do caixote de concreto e vidro em que funciona o Palácio do Planalto, é fabricada todos os dias a impressão de que ali se vive numa colmeia de trabalho sem descanso e de operosidade sem precedentes; segundo essa visão, apresentada como fato praticamente indiscutível na propaganda oficial, ainda não foi criado no Brasil o problema que as prodigiosas qualidades de gerência atribuídas à presidente Dilma Rousseff tenham deixado sem solução. Mas um metro para fora do Palácio, na vida real que começa na rua, o mundo dos fatos, indiferente ao que se diz do lado de dentro, mostra o contrário: nada do que o governo manda resolver, ou quase nada, consegue ser resolvido.
Falta de tempo para mostrar serviço de verdade, do tipo que pode ser visto e comprovado, com certeza não é. Já faz mais de nove anos que a presidente Dilma está dentro do governo, no qual dá expediente desde o primeiro dia de mandato de seu antecessor ─ com a função, justamente, de ser a tocadora de obras número 1 da República. Alguma coisa de porte, a esta altura, já tinha de ter aparecido. Mas não aparece.
Tão inúteis quanto a passagem do tempo ou os oceanos de dinheiro que o poder público tem para gastar vêm sendo as demissões em série na equipe ministerial. Em pouco mais de um ano de governo Dilma, já foram para a rua doze ministros, mais os lideres no Senado e na Câmara ─ todos nomeados por ela mesma, é verdade, incluindo-se aí alguns dos mais notórios candidatos a morte súbita que já passaram por um ministério na história deste país. Os resultados disso, pelo que se viu até agora, foram nulos. As demissões, sem dúvida, mostram que a presidente está disposta a valer-se de sua posição no topo da cadeia alimentar de Brasília ─ pode mandar qualquer um embora, e não pode ser mandada embora por ninguém.
O problema, tristemente, é que o exercício repetido de toda essa autoridade não tem sido capaz de gerar nenhum efeito útil para a vida prática do país e do cidadão. Seja porque Dilma está substituindo tão mal quanto nomeou, seja porque os novos ministros vivem paralisados pelo medo de perder o seu emprego, o fato é que nenhuma de todas as trocas feitas até agora resultou num único metro a mais de estrada asfaltada, ou num poste de luz, ou em qualquer coisa que preste.
O que certamente não falta, nesse deserto de resultados, é a construção de miragens. Empreiteiras de obras públicas, por exemplo, fazem aparecer na imprensa fotos da presidente em cima de um carrinho de trem, cercada por um alarmante cordão de puxadores de palmas, numa visita de inspeção à Ferrovia Norte-Sul. Uns tantos minutos depois, todos voltam a seu carro oficial ou helicóptero e deixam para trás a realidade.
A Ferrovia Transnordestina, por exemplo, com 1700 quilômetros de extensão, foi iniciada em 2006 e deveria ter sido entregue em 2010; já estamos em 2012, o custo de 4,5 bilhões de reais pulou para quase 7 bilhões e tudo o que se conseguiu construir, até agora, foram 10% do percurso. O petroleiro João Cândido, que começou a ser construído quatro anos atrás para a Petrobras em Pernambuco, e foi lançado ao mar em 2010 pelo ex-presidente Lula como um prodígio da nova indústria naval brasileira, voltou a terra firme logo após a cerimônia; continua lá até hoje. Entre as mais espetaculares obras do PAC, com todos os seus bilhões em investimentos, inclui-se o “trem-bala” ─ mas a única coisa que se pode dizer com certeza sobre o “trem-bala”, até agora, é que ele não existe.
A presidente Dilma, que sabe muito bem o que é inépcia, tenta há nove anos achar o caminho de saída desse vale de lágrimas; pode continuar tentando pelos próximos cinquenta e não vai encontrar nada. Não vai encontrar porque procura no lugar errado; imagina que a solução está em criar mais repartições públicas, mais regras, mais controles, mais programas e mais tudo o que faça um “estado forte”. É o tipo de ideia que encanta a presidente. Nunca deu certo até hoje. Mas ela continua convencida de que um dia ainda vai dar.
“BR” 364 LARGADA A PRÓPRIA SORTE
As fotos falam por si só. É muito comum ver animais soltos nessa “BR” principalmente no trecho compreendido entre Feijó e Cruzeiro do Sul. Esse trecho passa ao largo de Tarauacá.
Como diz o ditado, onde passa boi passa boiada, mas aqui podemos acrescentar toneladas de drogas, pois a fiscalização é zero.
Como diz o ditado, onde passa boi passa boiada, mas aqui podemos acrescentar toneladas de drogas, pois a fiscalização é zero.
28 de mar. de 2012
27 de mar. de 2012
ESCÂNDALOS DA SEMANA - MARÇO
Ana de Hollanda vai ter que se explicar por ter recebido presente de escola de samba do Rio
Luana Lourenço- Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu hoje (26) pedir explicações à ministra da Cultura, Ana de Hollanda, por causa de um presente recebido por ela da escola de samba carioca Império Serrano, às vésperas do Carnaval deste ano.
A ministra ganhou oito camisetas que davam acesso a áreas privilegiadas da Marquês de Sapucaí e direito a desfilar em uma das alas da agremiação. “É uma oitiva prévia, não foi abertura de processo ainda, porque não há fatos concretos ou os chamados indícios suficientes. Nós vamos ouvi-la e ela vai prestar as informações competentes”, explicou o conselheiro Roberto Caldas, que presidiu parte da reunião de hoje da comissão.
Em reportagem do jornal Correio Braziliense, do dia 13 de março, o presidente da Império Serrano, Jener Tornasso, disse que o presente foi uma retribuição ao apoio da ministra para a solução de uma pendência da agremiação com o ministério.
Na ocasião, a ministra respondeu, por meio de sua assessoria, que o presente foi “um brinde, a título de cortesia” e que o valor total das camisetas não ultrapassava o limite de R$100 previsto no Código de Conduta da Alta Administração Federal, que autoriza o recebimento de presentes até esse valor.
“Pedimos informações a ela com base nas notícias e está seguindo ofício pra ela hoje”, explicou Caldas. A ministra terá dez dias para enviar os esclarecimentos ao colegiado.
Edição: Lana Cristina
Luana Lourenço- Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu hoje (26) pedir explicações à ministra da Cultura, Ana de Hollanda, por causa de um presente recebido por ela da escola de samba carioca Império Serrano, às vésperas do Carnaval deste ano.
A ministra ganhou oito camisetas que davam acesso a áreas privilegiadas da Marquês de Sapucaí e direito a desfilar em uma das alas da agremiação. “É uma oitiva prévia, não foi abertura de processo ainda, porque não há fatos concretos ou os chamados indícios suficientes. Nós vamos ouvi-la e ela vai prestar as informações competentes”, explicou o conselheiro Roberto Caldas, que presidiu parte da reunião de hoje da comissão.
Em reportagem do jornal Correio Braziliense, do dia 13 de março, o presidente da Império Serrano, Jener Tornasso, disse que o presente foi uma retribuição ao apoio da ministra para a solução de uma pendência da agremiação com o ministério.
Na ocasião, a ministra respondeu, por meio de sua assessoria, que o presente foi “um brinde, a título de cortesia” e que o valor total das camisetas não ultrapassava o limite de R$100 previsto no Código de Conduta da Alta Administração Federal, que autoriza o recebimento de presentes até esse valor.
“Pedimos informações a ela com base nas notícias e está seguindo ofício pra ela hoje”, explicou Caldas. A ministra terá dez dias para enviar os esclarecimentos ao colegiado.
Edição: Lana Cristina
Demóstenes Torres pede afastamento da liderança do DEM no Senado
Marcos Chagas* - Repórter da Agência Brasil
Brasília – O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) pediu afastamento da liderança do DEM no Senado, no começo da tarde de hoje (27), em carta enviada ao presidente nacional da legenda, José Agripino Maia (RN). No texto, Demóstenes sinaliza que precisa de mais tempo para se dedicar à defesa das denúncias que o envolvem com o empresário Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira.
“A fim de que possa acompanhar a evolução dos fatos noticiados no últimos dias, comunico a Vossa Excelência meu afastamento da Liderança do Democratas no Senado Federal”, disse o senador, na correspondência.
O corregedor do Senado, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), enviou pedido de informações ao Ministério Público para saber se há envolvimento de Demóstenes no esquema de corrupção investigado pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Depois dessas informações, Vital do Rêgo definirá se o caso será remetido ao Conselho de Ética da Casa.
Em meio às denúncias de irregularidades, Demóstenes confirmou apenas que havia recebido presentes de casamento – uma geladeira e um fogão importados – de Cachoeira. Porém, vieram à tona informações que o senador mantinha uma linha telefônica para conversar com o empresário.
*Colaborou Renata Giraldi
Edição: Lana Cristina
Marcos Chagas* - Repórter da Agência Brasil
Brasília – O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) pediu afastamento da liderança do DEM no Senado, no começo da tarde de hoje (27), em carta enviada ao presidente nacional da legenda, José Agripino Maia (RN). No texto, Demóstenes sinaliza que precisa de mais tempo para se dedicar à defesa das denúncias que o envolvem com o empresário Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira.
“A fim de que possa acompanhar a evolução dos fatos noticiados no últimos dias, comunico a Vossa Excelência meu afastamento da Liderança do Democratas no Senado Federal”, disse o senador, na correspondência.
O corregedor do Senado, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), enviou pedido de informações ao Ministério Público para saber se há envolvimento de Demóstenes no esquema de corrupção investigado pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Depois dessas informações, Vital do Rêgo definirá se o caso será remetido ao Conselho de Ética da Casa.
Em meio às denúncias de irregularidades, Demóstenes confirmou apenas que havia recebido presentes de casamento – uma geladeira e um fogão importados – de Cachoeira. Porém, vieram à tona informações que o senador mantinha uma linha telefônica para conversar com o empresário.
*Colaborou Renata Giraldi
Edição: Lana Cristina
FLORES,FLORES PARA OS MORTOS
Por Fernando Gabeira,
deputado federal
Sempre que os fatos ganham velocidade, costumo comprar um bloco de notas.
Anoto frases, idéias, intuições e deixo que se decantem com o tempo. Volto a elas, depois, para rejeitá-las ou desenvolvê-las. A primeira frase que me veio à cabeça foi a da vendedora de flores que encerra um filme. O pequeno bloco também tem idéias. Por exemplo: comparar a ditadura com o governo Lula. Uma neutralizou o Congresso pelo medo; o outro, pelo pagamento de mesada. Ditadura e governo Lula compartilham o mesmo desprezo pela democracia, ambos violentaram a democracia reduzindo o Parlamento a uma ruína moral.
Os militares prepararam sua saída de forma organizada. Nem muito devagar para não parecer provocação nem muito rápido para não parecer que estavam com medo. Já o núcleo duro do governo Lula parece perdido, batendo cabeça, ou melhor, enfiando-a na areia, sem perceber que a polícia está chegando e, daqui a pouco, alguém vai gritar na porta do Planalto: "Se entrega, Corisco".
Quando era menino e vivia em Juiz de Fora, fazíamos rodas de capoeira, bastante rudimentares, confesso. Mas cantávamos: "A polícia vem, que vem brava/quem não tem canoa, cai n´água".
Tudo isso jorra aos borbotões na minha caderneta. Anotei: chamar alguém do "Guinness", o livro dos recordes, para saber se algum tesoureiro de qualquer partido do mundo se desloca com batedores de motocicleta e carros clones para iludir perseguidores; se algum tesoureiro partidário se desloca com jatos particulares, semanalmente; se introduz no palácio associação de empreiteiros que receberam R$ 1,1 bilhão de dívidas.
Os militares batiam, davam choques e insultavam na sessão de tortura, mas vi muitos dizendo que me respeitavam porque deixei um bom emprego para combatê-los com risco de vida. Eles viam ideais no meu corpo arrasado pelo tiro e pela cadeia.
O PT queria que eu abrisse mão exatamente da minha alma, e me tornasse um deputado obediente, votando tudo o que o Professor Luizinho nos mandava votar. Os militares jamais pediriam isso. Desde o princípio, disseram que eu era irrecuperável e limitaram-se à tortura de rotina.
Jamais imaginei que seria grato aos torturadores por não me pedirem a alma. Não sabia que dias tão cinzentos ainda viriam pela frente. Que seria liderado por um homem que achava que Maurício de Nassau era um deputado de Pernambuco. Logo eu, que sou admirador de um deputado pernambucano chamado Joaquim Nabuco.
Foram os anos mais duros de minha vida. No meu caderno anoto frases e indicações da semelhanças da luta contra a ditadura e da luta contra este governo, desde que comecei a criticá-lo, com a importação de pneus usados. As pessoas têm suas carreiras, seus empregos, sua racionalizações. É preciso respeitá- las, atravessar o deserto sem ressentimentos.
Agora, sobretudo, é preciso respeitar o sofrimento dos vencidos. Outro dia, quando me referi a um núcleo na Casa Civil como um bando de ladrões que atentava contra a democracia, uma jovem deputada do PT estremeceu. Senti que não estava ainda preparada para essas palavras cruas. E fui percebendo pelas anotações que talvez esteja aí, para o escritor, o mais rico manancial de toda essa crise. Como estão as pessoas do PT? Como se ajustam a essa nova realidade, que destino tomaram na vida?
Procuro não confundir, entre os que ainda defendem o governo, aqueles que são cínicos cúmplices e os outros que apenas obedeceram a ordens sob a forma da aplicação do centralismo democrático. Alguns defendem porque ainda não conseguiram negociar com sua própria dor. Não podem suportá-la de frente. Mas terão de fazer algum dia, porque, por mais ingênuos que sejam, já perceberam que a mãe está no telhado.
Vamos ter de encarar juntos essa realidade. A grande experiência eleitoral da esquerda latino-americana, admirada por uma Europa desiludida com Cuba e Nicarágua, a grande novidade que verteu tintas, atraiu sábios, produziu livros e seminários, vai acabar na delegacia como um triste fato policial de roubo do dinheiro público e suborno de parlamentares.
Só os que se arriscarem a ir até o fundo dessa abjeção, compreendê-la em todos os seus detalhes mórbidos, têm chances de submergir para continuar o processo histórico. Por incrível que pareça, o Brasil continua, e a vontade de mudar é mais urgente do que em 2002. Por isso proponho agora um curto e eficaz trabalho de luto.
Anotação final: começa o espetáculo da CPI, secretárias e suas agendas, ex-mulheres e suas mágoas, arapongas, tesoureiros e seus charutos, vossa excelência para cá, vossa excelência para lá, sigilos bancários, telefônicos, emocionais. Viu, Duda, que cenas finais melancólicas quando um mercador tenta aplicar à complexidade da política a singeleza do vendedor de sabonetes?
(*) Artigo originalmente publicado no jornal Folha de S. Paulo
deputado federal
Sempre que os fatos ganham velocidade, costumo comprar um bloco de notas.
Anoto frases, idéias, intuições e deixo que se decantem com o tempo. Volto a elas, depois, para rejeitá-las ou desenvolvê-las. A primeira frase que me veio à cabeça foi a da vendedora de flores que encerra um filme. O pequeno bloco também tem idéias. Por exemplo: comparar a ditadura com o governo Lula. Uma neutralizou o Congresso pelo medo; o outro, pelo pagamento de mesada. Ditadura e governo Lula compartilham o mesmo desprezo pela democracia, ambos violentaram a democracia reduzindo o Parlamento a uma ruína moral.
Os militares prepararam sua saída de forma organizada. Nem muito devagar para não parecer provocação nem muito rápido para não parecer que estavam com medo. Já o núcleo duro do governo Lula parece perdido, batendo cabeça, ou melhor, enfiando-a na areia, sem perceber que a polícia está chegando e, daqui a pouco, alguém vai gritar na porta do Planalto: "Se entrega, Corisco".
Quando era menino e vivia em Juiz de Fora, fazíamos rodas de capoeira, bastante rudimentares, confesso. Mas cantávamos: "A polícia vem, que vem brava/quem não tem canoa, cai n´água".
Tudo isso jorra aos borbotões na minha caderneta. Anotei: chamar alguém do "Guinness", o livro dos recordes, para saber se algum tesoureiro de qualquer partido do mundo se desloca com batedores de motocicleta e carros clones para iludir perseguidores; se algum tesoureiro partidário se desloca com jatos particulares, semanalmente; se introduz no palácio associação de empreiteiros que receberam R$ 1,1 bilhão de dívidas.
Os militares batiam, davam choques e insultavam na sessão de tortura, mas vi muitos dizendo que me respeitavam porque deixei um bom emprego para combatê-los com risco de vida. Eles viam ideais no meu corpo arrasado pelo tiro e pela cadeia.
O PT queria que eu abrisse mão exatamente da minha alma, e me tornasse um deputado obediente, votando tudo o que o Professor Luizinho nos mandava votar. Os militares jamais pediriam isso. Desde o princípio, disseram que eu era irrecuperável e limitaram-se à tortura de rotina.
Jamais imaginei que seria grato aos torturadores por não me pedirem a alma. Não sabia que dias tão cinzentos ainda viriam pela frente. Que seria liderado por um homem que achava que Maurício de Nassau era um deputado de Pernambuco. Logo eu, que sou admirador de um deputado pernambucano chamado Joaquim Nabuco.
Foram os anos mais duros de minha vida. No meu caderno anoto frases e indicações da semelhanças da luta contra a ditadura e da luta contra este governo, desde que comecei a criticá-lo, com a importação de pneus usados. As pessoas têm suas carreiras, seus empregos, sua racionalizações. É preciso respeitá- las, atravessar o deserto sem ressentimentos.
Agora, sobretudo, é preciso respeitar o sofrimento dos vencidos. Outro dia, quando me referi a um núcleo na Casa Civil como um bando de ladrões que atentava contra a democracia, uma jovem deputada do PT estremeceu. Senti que não estava ainda preparada para essas palavras cruas. E fui percebendo pelas anotações que talvez esteja aí, para o escritor, o mais rico manancial de toda essa crise. Como estão as pessoas do PT? Como se ajustam a essa nova realidade, que destino tomaram na vida?
Procuro não confundir, entre os que ainda defendem o governo, aqueles que são cínicos cúmplices e os outros que apenas obedeceram a ordens sob a forma da aplicação do centralismo democrático. Alguns defendem porque ainda não conseguiram negociar com sua própria dor. Não podem suportá-la de frente. Mas terão de fazer algum dia, porque, por mais ingênuos que sejam, já perceberam que a mãe está no telhado.
Vamos ter de encarar juntos essa realidade. A grande experiência eleitoral da esquerda latino-americana, admirada por uma Europa desiludida com Cuba e Nicarágua, a grande novidade que verteu tintas, atraiu sábios, produziu livros e seminários, vai acabar na delegacia como um triste fato policial de roubo do dinheiro público e suborno de parlamentares.
Só os que se arriscarem a ir até o fundo dessa abjeção, compreendê-la em todos os seus detalhes mórbidos, têm chances de submergir para continuar o processo histórico. Por incrível que pareça, o Brasil continua, e a vontade de mudar é mais urgente do que em 2002. Por isso proponho agora um curto e eficaz trabalho de luto.
Anotação final: começa o espetáculo da CPI, secretárias e suas agendas, ex-mulheres e suas mágoas, arapongas, tesoureiros e seus charutos, vossa excelência para cá, vossa excelência para lá, sigilos bancários, telefônicos, emocionais. Viu, Duda, que cenas finais melancólicas quando um mercador tenta aplicar à complexidade da política a singeleza do vendedor de sabonetes?
(*) Artigo originalmente publicado no jornal Folha de S. Paulo
LINDAS FOTOS DE ANIMAIS POR OUTRAS PERSPECTIVAS
Peixes comem algas e parasitas da casca e da pele de uma tartaruga; a foto é de Andre Seale, feita no Havaí
Foto "Cruzamento Zebra", feita na Tanzânia por Anup Shah, quer mostrar como as formigas veem os animais
Elefante toma banho e usa a tromba como um snorkel; foto foi um flagra do fotógrafo americano Jeff Yonover
Rinocerontes pretos, considerados criaturas solitárias, foram fotogrados em grupos pelo sul-africano Wynand du Plessis
26 de mar. de 2012
ENQUANTO ISSO NO PAÍS DA COPA - 26/03/2012
1 TORCEDOR MORTO
Material apreendido após briga de torcedores na Zona Norte de SP (Foto: Rafael Brito/Futura Press) |
Confrontos entre a torcida do Corinthians, Gaviões da Fiel, e a policia, momentos antes do jogo deste domingo |
Confrontos entre a torcida do Corinthians, Gaviões da Fiel, e a policia, momentos antes do jogo deste domingo |
PARÓQUIA DE SÃO JOSÉ EM TARAUACÁ COMPLETA 100 ANOS - PARTE I
Foi comemorado ontem com a inauguração da reforma da igreja o centenário da paróquia de São José que com a chegada do Padre José Frish fixando residência por essas plagas iniciou a construção da Capela. Mas, desde 1885 o Padre Raimundo Fernandes já dava assistência aos católicos que viviam no meio da selva.
Muitos desses religiosos sofreram todo o tipo de provação, não foram poucos os que morreram de malária na imensidão da floresta amazônica ou sofreram com outro tipo de enfermidade como, por exemplo, hepatite.
Durante essa semana vou postar fotos de uma pequena apresentação que fiz durante a missa.
Abaixo as primeiras 10.
Senhorita Marlene
Angelim, sobrinha do Sr. João Gaudêncio.
A comunidade católica de Tarauacá agradece a todos que de alguma forma colaboraram para que a nossa Igreja fosse reformada e ampliada e em especial ao Pároco Padre Sebastião Bonjour e ao Padre Silvester Boamah juntamente com a equipe que trabalhou dia e noite incansavelmente para que essa obra fosse terminada.
Os nossos sinceros agradecimentos.
AOS ALAGADOS DO ACRE
De repente o Brasil acordou sabendo que o Acre existe. Infelizmente isso se deu da pior forma. Dessa vez não deu pra levar na brincadeira. Não deu pra esconder a situação como um primo feio que se nega o parentesco. Foi necessário que o estado fosse assolado por uma chuva torrencial e entrasse em estado de calamidade para que a imprensa deslocasse a bunda de suas equipes do ar condicionado e as enviasse rumo ao calor acriano para registrar a triste situação do estado e lembrar a elite brasileira de que chegar atrasado por conta da chuva na Marginal Tiete nem é tão terrível quanto parece.
Qual foi a última notícia que você escutou sobre o Acre? Foi aquela sobre o terremoto? A do político assassino? Foi a morte de algum ativista? Ok,..deixa eu mudar minha pergunta, ... Qual foi a última BOA notícia que você viu sobre o estado do Acre? Uma que não o coloque nas paginas políticas e policiais. Já te foi sugerido uma viagem ao Acre no caderno de turismo de algum jornal?
Sim, o Acre é longe. Porém, só continua isolado devido a ignorância das pessoas que só tomam conhecimento desse cantinho do Brasil quando alguma crise se instaura por lá. Como se o lugar fosse uma espécie de terra de ninguém.
É justamente essa falta de informação que faz com que as pessoas se sensibilizem mais com o tsunami no Japão do que com a situação do Acre por exemplo. Essa falta de vínculo que faz com que alguns se identifiquem mais facilmente com estranhos do outro lado do mundo do que com seus iguais.
Não sou acriano, mas particularmente, sempre que me olho nu em frente ao espelho me identifico mais com a grandeza selvagem de um índio, do que com a micro tecnologia oriental. Entende o que quero dizer?
Mas se não for o seu caso, desconsidere essa sentença.
Qual foi a última notícia que você escutou sobre o Acre? Foi aquela sobre o terremoto? A do político assassino? Foi a morte de algum ativista? Ok,..deixa eu mudar minha pergunta, ... Qual foi a última BOA notícia que você viu sobre o estado do Acre? Uma que não o coloque nas paginas políticas e policiais. Já te foi sugerido uma viagem ao Acre no caderno de turismo de algum jornal?
Sim, o Acre é longe. Porém, só continua isolado devido a ignorância das pessoas que só tomam conhecimento desse cantinho do Brasil quando alguma crise se instaura por lá. Como se o lugar fosse uma espécie de terra de ninguém.
É justamente essa falta de informação que faz com que as pessoas se sensibilizem mais com o tsunami no Japão do que com a situação do Acre por exemplo. Essa falta de vínculo que faz com que alguns se identifiquem mais facilmente com estranhos do outro lado do mundo do que com seus iguais.
Não sou acriano, mas particularmente, sempre que me olho nu em frente ao espelho me identifico mais com a grandeza selvagem de um índio, do que com a micro tecnologia oriental. Entende o que quero dizer?
Mas se não for o seu caso, desconsidere essa sentença.
Quer ajudar os Alagados do Acre? Comece desafogando sua mentalidade.
O Acre possui uma identidade cultural incrível, de fazer inveja a muitos outros estados que se limitam em copiar as festas típicas das grandes capitais. Tenho certeza que os acrianos também gostariam de ser lembrados pela mídia durante seu Festival do Açaí, na ExpoAcre, pela Cavalgada anual e até mesmo pela sua Parada Gay (Triste do estado que não tem a sua!!). Mas por favor, vamos alterar o chavão do ‘O Acre não existe’ para um ‘Eu não conheço o Acre’, assim sua ignorância fica menos acentuada.
Afinal, eu também não te conheço, mas nem por isso sou idiota a ponto de dizer que tu não existe ou de repetir qualquer estupidez que escuto a seu respeito, justamente porque eu não te conheço.
Deu pra entender a matemática da coisa?
Pra te ajudar, te informo que enquanto muitos estados já tentaram trair a pátria mãe reclamando por independência, o Acre é o único que já lutou de armas em punho pelo direito de fazer parte deste país. Talvez por que seja um dos últimos lugares onde a população ainda se mantém genuinamente brasileira, sem nenhuma ou com bem pouca influencia de imigrantes estrangeiros.
Uma terra que tem o sangue de sua gente impresso em sua bandeira, a mais verde e amarelo do país.
Enfim,... O Acre é o Brasil raiz.
O Acre possui uma identidade cultural incrível, de fazer inveja a muitos outros estados que se limitam em copiar as festas típicas das grandes capitais. Tenho certeza que os acrianos também gostariam de ser lembrados pela mídia durante seu Festival do Açaí, na ExpoAcre, pela Cavalgada anual e até mesmo pela sua Parada Gay (Triste do estado que não tem a sua!!). Mas por favor, vamos alterar o chavão do ‘O Acre não existe’ para um ‘Eu não conheço o Acre’, assim sua ignorância fica menos acentuada.
Afinal, eu também não te conheço, mas nem por isso sou idiota a ponto de dizer que tu não existe ou de repetir qualquer estupidez que escuto a seu respeito, justamente porque eu não te conheço.
Deu pra entender a matemática da coisa?
Pra te ajudar, te informo que enquanto muitos estados já tentaram trair a pátria mãe reclamando por independência, o Acre é o único que já lutou de armas em punho pelo direito de fazer parte deste país. Talvez por que seja um dos últimos lugares onde a população ainda se mantém genuinamente brasileira, sem nenhuma ou com bem pouca influencia de imigrantes estrangeiros.
Uma terra que tem o sangue de sua gente impresso em sua bandeira, a mais verde e amarelo do país.
Enfim,... O Acre é o Brasil raiz.
Nota:Não foi escrito por um acreano
"Como pode alguém tornar-se um pensador sem passar pelo menos um terço
do dia sem paixões, pessoas e livros?" (Nietzsche)
"Como pode alguém tornar-se um pensador sem passar pelo menos um terço
do dia sem paixões, pessoas e livros?" (Nietzsche)
PACIÊNCIA TEM LIMITE
Da deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), no Facebook, sobre a confusão criada pelo governador Tião Viana e o senador Aníbal Diniz, ambos do PT, em torno do fuso horário do Acre:
"Eu fui na urna e votei a favor do horário atual, gosto desse horário.
Resolvo melhor a minha vida e diminui a diferença entre a capital do Acre e a capital Federal, quando tenho que pegar vôo toda semana.
Acontece que o povo escolheu, no voto, através de um referendo, não referendar a vontade de senadores e deputados.
O povo então decidiu voltar o horário antigo. Acho que a democracia indica que essa decisão precisa ser respeitada, o que ainda não foi feito. E não me perguntem, também não tenho essa resposta.
Portanto, se o referendo já foi feito e eu perdi pra decisão da maioria, qualquer outra manobra, chega a ser, na minha humilde opinião, um atentado à democracia.
Foi com esse mesmo espírito que acatei a decisão da Frente Popular do Acre, comandada pelo PT, quando me derrotou e não me aceitou candidata à prefeitura de Rio Branco.
Agora, se conseguirem outro referendo ou plebiscito (e eu me pergunto: o que ainda farão para atrasar a vontade popular?) eu mantenho meu voto a favor do horário atual, pela explicação que já dei acima.
Porém, faço um alerta: cuidem para que o povo não perca de vez a paciência e mostre sua impaciência em outras decisões."
"Eu fui na urna e votei a favor do horário atual, gosto desse horário.
Resolvo melhor a minha vida e diminui a diferença entre a capital do Acre e a capital Federal, quando tenho que pegar vôo toda semana.
Acontece que o povo escolheu, no voto, através de um referendo, não referendar a vontade de senadores e deputados.
O povo então decidiu voltar o horário antigo. Acho que a democracia indica que essa decisão precisa ser respeitada, o que ainda não foi feito. E não me perguntem, também não tenho essa resposta.
Portanto, se o referendo já foi feito e eu perdi pra decisão da maioria, qualquer outra manobra, chega a ser, na minha humilde opinião, um atentado à democracia.
Foi com esse mesmo espírito que acatei a decisão da Frente Popular do Acre, comandada pelo PT, quando me derrotou e não me aceitou candidata à prefeitura de Rio Branco.
Agora, se conseguirem outro referendo ou plebiscito (e eu me pergunto: o que ainda farão para atrasar a vontade popular?) eu mantenho meu voto a favor do horário atual, pela explicação que já dei acima.
Porém, faço um alerta: cuidem para que o povo não perca de vez a paciência e mostre sua impaciência em outras decisões."
Blog do Altino