The New York Times
Emma com a mãe, meses após o tratamento: tratamento
experimental curou tipo agudo de leucemia
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Reprogramação das células de defesa para combater o câncer é esperança contra uma forma aguda da doença
iG/São Paulo - Um estudo publicado esta semana lançou novas perspectivas no tratamento de uma forma de leucemia aguda e de difícil tratamento, a leucemia linfocítica aguda (LLA).
Uma equipe de médicos da Universidade da Pennsylvania, nos Estados Unidos, conseguiu curar uma criança com a doença usando um procedimento ainda experimental, mas que foi capaz de reprogramar as células de defesa para combater o câncer dentro do corpo.
Emily Whitehead, Emma, foi diagnosticada com LLA em 2010, quando tinha apenas 5 anos. Como os tratamentos convencionais não estavam funcionando, os pais da menina, Kari e Tom Whitehead, concordaram em submeter a única filha ao tratamento experimental.
O experimento foi realizado em abril de 2012 e consistiu na reprogramação genética do sistema imunológico de Emma, de modo a matar as células cancerígenas.
Os pesquisadores modificaram geneticamente as células de defesa da menina com a ajuda de um vírus, fazendo com que elas passassem a atacar as células cancerígenas, combatendo a doença. O tratamento deu certo. Um ano depois, Emma segue livre da doença.
Os pesquisadores da Pensilvânia apresentaram os resultados preliminares em dezembro de 2012, em Atlanta, no encontro da Sociedade Americana de Hematologia. Agora, os dados finais foram publicados na revista científica New Engand Journal of Medicine.
Apesar dos resultados inconstantes – o mesmo tratamento foi aplicado em outra criança que faleceu – os pesquisadores creem que o novo tratamento possa, futuramente, substituir o transplante de medula óssea, um procedimento ainda mais complicado, arriscado e caro, que é atualmente a última esperança nos casos em que outros tratamentos contra a doença falham.
Os autores da pesquisa creem também que a mesma abordagem – a reprogramação do sistema imunológico do doente – poderá, no futuro, ser usada contra alguns tumores, como os de mama e próstata.
* Com informações de The New York Times e agências
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