18 de abr. de 2013

TRBUTO AO PASSADO - NA BASE DA ROLADEIRA - COMO SE TIRAVA MADEIRA ANTIGAMENTE EM TARAUACÁ - CUMARÚ FERRO NO ESTALEIRO

ESTALEIRO COM TORA JÁ EM CIMA NO PONTO DE SER SERRADA
ILUSTRAÇÃO JOSÉ FEITOSA DO NASCIMENTO

...Manuel Mota, ou Preto Trigueiro como também era chamado (o mais forte entre todos), conduzia ao ombro o grosso e cumprido cabo de manilha; Sérgio Arruda, uma amolada machada de marca ‘Tumba’, enquanto os outros quatro – o Pedro Anastácio, Sátiro, Marcos Malaquias e Pedro Rumão -, levavam cada um, apenas um terçado 128, de marca ‘Collins’.
Calçados com sapato de seringa, seu Justiniano – o Proprietário -, seguido do filho Alfredo, liderava o grupo, caminhando apressado a frente, pela estreita trilha formada pelo gado.

Localizado na extremidade de um dos campos, o gigante de quatro metros de circunferência, com nada menos de 40 de comprimento, ali quedava-se a vários anos, adormecido, sem que ninguém tivesse, até bem pouco tempo, o incomodado.

Constituídas de fibra extremamente rígida e altíssima resistência, com fama ainda de virar o gume dos machados quando dos seus abates, essas árvores representavam, de fato, naquele tempo, o pavor, até mesmo, dos mais experimentados serradores profissionais, razão pela qual mais de uma dezena, era o número delas, já veladas pelo tempo, espalhadas pelos campos, quando o proprietário da fazenda resolveu acabar, de uma vez por todas, com esse tabu, mandando desdobrar a serra manual (a única forma então existente), todos aqueles gigantes multisseculares das nossas florestas...

Extraído do Livro A Luta Contra os Astros - Pág. - 145; de José Higino Filho

Abaixo mais um exemplo de como dava trabalho extrair madeira naquele tempo. 

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