AS FORÇAS ARMADAS DÃO O EXEMPLO DE QUEM REALMENTE SE PREOCUPA COM ESSE PAÍS - PARABÉNS EXÉRCITO BRASILEIRO
31 de mar. de 2014
DROGAS: AÇÃO EM SANTOS SUGERE CONEXÃO ENTRE FACÇÃO E TRÁFICO INTERNACIONAL
Polícia Federal, em foto de arquivo (Ag Brasil)
A apreensão de 3,7 toneladas de cocaína em contêineres no porto de Santos –divulgada pela Polícia Federal nesta segunda-feira – aponta para uma possível participação do crime organizado brasileiro, incluindo o PCC (Primeiro Comando da Capital), em uma rota marítima do tráfico internacional de drogas.
Luis Kawaguti/Da BBC Brasil em São Paulo -Segundo especialistas ouvidos pela BBC Brasil, o PCC pode estar exercendo a função de intermediário para quadrilhas internacionais. Seu papel no esquema criminoso seria vender cocaína trazida da Bolívia e de outros países produtores na América do Sul para traficantes internacionais, que a levariam para a Europa e a África.
A Polícia Federal afirmou nesta segunda-feira que ao menos 23 pessoas foram presas em duas operações, batizadas de "Hulk" e "Overseas". Segundo a delegada Luciana Fuschini, da PF de Santos, ao longo de um ano de investigação foram apreendidas 3,7 toneladas de cocaína. Em apenas uma delas, ocorrida recentemente, mas de 450 quilos da droga foram encontrados em um contêiner.
A droga era escondida em mochilas colocadas dentro de contêineres que seguiriam para portos na Espanha, Portugal, Itália, Cuba e países do oeste africano – sem o conhecimento dos donos dos exportadores ou dos comandantes da embarcação que fazia o transporte.
Quando o contêiner chegava ao destino, traficantes abriam-no para tirar as mochilas e colocavam um lacre clonado na tranca – para evitar que a violação fosse identificada por autoridades portuárias locais.
Uma fonte da PF disse à BBC Brasil que está sendo investigada a participação de traficantes portugueses e membros do PCC no esquema criminoso.
No ano passado, um relatório do JIFE (Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes) – órgão internacional independente criado para fiscalizar a implementação de tratados sobre drogas firmados no âmbito da ONU – colocou o Brasil como um dos principais entrepostos da rota de tráfico de cocaína da América do Sul para a Europa.
Rota
Fação PCC pode estar atuando como intermediária
de traficantes internacionais
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Embora o país não seja produtor de cocaína, ele tem sido usado por diversos grupos criminosos que a trazem de países produtores como Bolívia, Peru e Colômbia com o intuito de enviá-la por via aérea ou marítima a destinos internacionais.
Em teoria, a facção criminosa paulista tem capacidade e recursos suficientes para atuar como intermediária nesse processo, segundo o procurador do Ministério Público, Márcio Christino, especialista em investigações sobre o PCC e autor do livro Por dentro do Crime: Corrupção, Tráfico e PCC (Ed. Escrituras).
"Para se manter o PCC tem que importar grandes quantidades de cocaína. Eles já têm uma logística para trazer (a cocaína da Bolívia) e distribuí-la (no Brasil). Por causa disso não teriam dificuldade para embarcá-la ou revendê-la para outras organizações", disse.
De acordo com ele, comprar do PCC seria uma vantagem para outras organizações criminosas interessadas em operar rotas de entorpecentes que passam pelo Brasil. Isso porque assim elas evitariam os riscos de retirar a droga da Bolívia e cruzar a fronteira brasileira.
Contudo, segundo Christino, o PCC é uma organização "tipicamente nacional", que poder até vender drogas para máfias ou grupos estrangeiros, mas não tem capacidade para distribuir o entorpecente em outros países.
"Ele pode atuar como um intermediário, mas não vai tentar entrar em mercados já ocupados (por outras organizações criminosas)", disse o procurador.
Santos
Porém, a participação do PCC nas rotas internacionais não é, até agora, uma operação consolidada ou amplamente conhecida, segundo a professora Camila Nunes Dias, do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal do ABC, autora do livro PCC, hegemonia nas prisões e monopólio da violência (Ed. Saraiva).
"Mas ela pode estar acontecendo, considerando-se a capilaridade do PCC em outros Estados importantes, além de estarem da fronteira com o Paraguai e com a Bolívia", afirmou.
De acordo com Dias, a facção criminosa também possui fortes bases na região de Santos e pode estar usando a proximidade do porto para negociar entorpecentes com quadrilhas interessadas em exportá-los.
"O PCC não tem conexão direta com a Europa, mas pode atuar como intermediário", disse.
De acordo com ela, além da taxa que os membros da organização são obrigados a pagar mensalmente, a maior parte do financiamento da organização criminosa vem do tráfico de drogas.
Contêineres
Contêineres vazios, mochilas e barcos são usados
por criminosos para embarcar drogas
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Colocar mochilas recheadas de drogas dentro de contêineres – como foi divulgado nesta segunda-feira pela PF - não é a única tática usada por criminosos para tentar embarcar drogas pelo porto de Santos.
Segundo policiais envolvidos nas investigações, outra estratégia usada pelos criminosos é esconder tabletes de cocaína nas paredes de contêineres que saem vazios do país. Diversas apreensões desse tipo já foram feitas, muitas com ajuda de dois aparelhos de raio-X de grandes proporções operados pela Receita Federal no porto.
Uma terceira estratégia conta com o apoio de marinheiros de grandes navios cargueiros. Nesse caso, os traficantes levam a cocaína em mochilas para navios em plena navegação, que já passaram pelos mecanismos de controle brasileiros.
Segundo a PF, mesmo após a desarticulação do esquema por meio das operações Hulk e Overseas, o monitoramento da rota marítima de tráfico a partir do Brasil continua.
SOCIEDADE COMEÇA A SE MANIFESTAR COM A FALTA DE SEGURANÇA PÚBLICA EM TARAUACÁ
Algumas respostas que a sociedade precisa:
Por que será que a COE não está atuando em Tarauacá?
Será que falta apoio dentro da própria instituição?
A quem interessa essa inércia?
Quem vai nos defender? A guarda comunitária que também não existe?
Tem culpado ou culpados?
MARCHA PARA A GUERRA QUE NÃO HOUVE
Juiz de Fora estava de prontidão havia 18 dias
Fábio Fabrini - O Estado de S.Paulo
Joaquim Gomes de Faria tinha três meses de farda quando recebeu o chamado do comandante de sua companhia e a ordem de partir imediatamente. Logo assumiu o volante de um caminhão Studebaker dos anos 1940, carregado de mantimentos, munições e recrutas como ele. Ao passar em comboio pelas ruas de Juiz de Fora, acenou para a mãe, Margarida, em prantos pelo filho "a caminho da guerra". Nas palavras do general Olympio Mourão Filho, chefe das tropas rebeldes em Minas, estava em curso naquele 31 de março de 1964 uma marcha de "soldadinhos" de 19 anos e material escasso.
Diários associados de Juiz de Fora - 7/4/1964
Tropas do general Olympio são recebidas por moradores
de Juiz de Fora 7 dias após o golpe
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No 10.º Regimento de Infantaria (RI) da cidade, os militares estavam de prontidão havia ao menos 18 dias, desde que o comício pró-reformas do presidente João Goulart na Central do Brasil inflamara os ânimos políticos à esquerda e à direita. Faria dormia no quartel, retornando para casa aos fins de semana. Dada a ordem para a arrancada, os soldados retiraram dos uniformes as "biribas" de identificação. A maioria subiu em ônibus emprestados pelos empresários da cidade, na falta de veículos militares.
Sem saber se veria dona Margarida novamente, Faria seguiu pela Estrada União Indústria às 12h30, rumo ao Rio de Janeiro. Voltaria dias depois, nos braços de uma classe média eufórica e sem nenhuma gota de sangue na farda. "Estava ali para matar ou morrer, mas foi uma ‘guerra’ sem nenhum tiro", lembra o ex-soldado, 50 anos após participar da marcha que desencadeou a deposição do então presidente, mas cujos embates mais decisivos se deram, na prática, ao telefone, entre os generais que protagonizaram o golpe.
Faria conta que a vanguarda da coluna de Mourão, nitidamente desaparelhada, procurou pontos privilegiados nas montanhas para rechaçar um eventual revide de tropas pró-Goulart. Canhões de tiro rápido foram posicionados no caminho e os soldados receberam ordens para cavar trincheiras.
Dinamite. O plano original, descrito pelo general em suas memórias, era partir na calada da noite, tomar o QG do Exército no Rio, a 189 km dali, e dar o bote em Goulart no Palácio das Laranjeiras com um só pelotão, coroando uma "vitória rápida e completa". Porém, no fim da tarde do dia 31, 6 horas após o início da arrancada, a tropa estacionou na ponte do Rio Paraibuna, na divisa de Minas com o Rio, a apenas 30 km de Juiz de Fora. "Um colega se dependurou na ponte, colocando dinamite. Ela foi toda minada, para ser detonada caso as tropas do Rio não aderissem", revela Faria. "À noite, chegaram os blindados e ficamos cheios de moral: ‘Agora podem vir até os yankees que a gente põe para correr’."
Vieram mesmo foram os tenentes do 1º Batalhão de Caçadores, em Petrópolis, unidade mais próxima dos rebeldes, e acertaram na madrugada do dia 1º a adesão ao Destacamento Tiradentes. Ao amanhecer do dia 1.º, juntou-se ao movimento o 1.º Regimento de Infantaria, do Rio, principal unidade escalada pelo governo para a reação. "Para mim, foi um choque quando as viaturas deles passaram para a nossa retaguarda. Só tinha carro bom" , lembra o ex-recruta. "A coisa foi engrossando. Aí, sim, começou o deslocamento."
O Studebaker passou por Três Rios. Quando os recrutas estavam perto de Areal, a 70 quilômetros da capital fluminense, Goulart, vendo a queda de seu aparato, já partira do Rio para Brasília, de onde seguiria para o Sul, último refúgio antes do exílio. À tarde, o general Luís Tavares da Cunha Mello, comandante da operação para rechaçar os golpistas, acertou com o general Antônio Carlos Muricy, do Destacamento Tiradentes, um recuo com 1 hora de retaguarda.
"Um jipe branco ia para lá e para cá, fazendo comunicação. Aí o coronel Everaldo (tenente-coronel Everaldo José da Silva, do 10.º RI de Juiz de Fora) mandou avisar ao outro lado: ‘Vou dar um tempo e diga ao seu comandante que em 1 hora estamos nos deslocando para Areal com todo o comando do destacamento", recorda o capitão Cupertino Guerra, na época um recruta de 19 anos. Em 31 de março de 1964, ele recebeu ordem para juntar o material de acampamento e partir. Só no meio da marcha, se deu conta de que era um "revolucionário". Aviões da Força Aérea Brasileira despejavam panfletos "falando da rebeldia do povo mineiro". "Não sabia que aquilo era uma ‘revolução’, ninguém falou nada", conta o ex-soldado da 2ª Companhia de Fuzileiros. "No caminho é que começou o ‘zum-zum- zum’," O capitão se alistou no Exército no mesmo dia de Faria, fez carreira e hoje está na reserva. Para ele, é positivo o saldo do regime militar, apesar da tortura, da censura e dos expurgos. "Fui na marcha por obrigação. Hoje, iria de novo como voluntário. Se houve excessos, foi feito como deveria", avalia ele.
No Estádio do Maracanã, Cupertino foi um dos que ouviram o discurso de Muricy, que se gabava da "vitória". "O homem enchia a bola da gente: ‘Vocês poderiam até voltar, mas o povo carioca só confia nas tropas mineiras’."
Na "revolução", o capitão ouviu só um tiro, dado sem querer por um soldado que tinha fama de atrapalhado. Já Faria diz que o único colega de farda que pediu para não marchar e ficar em Juiz de Fora, por ser "arrimo de família", ironicamente morreu semanas depois da queda de Goulart, vítima de um disparo acidental dentro do quartel. "Foi uma guerra que não existiu", resume o ex-soldado.
‘Esperávamos alguma resistência’. Então tenente que marchou para o Rio em 1964, o general da reserva Marco Antônio Felício compara o retorno das tropas de Olympio Mourão a Juiz de Fora às cenas da libertação da França pelos americanos na 2ª Guerra. "Foi uma volta triunfal. A cidade cheia, as pessoas nos agarrando nas ruas", descreve. As fotografias do dia 7 de abril mostram Mourão e seu inseparável cachimbo em desfile pelas ruas da cidade, sendo assediado pela população com seus soldados. "Minas, mais uma vez, comanda o movimento em defesa da democracia", registrou o Diário Mercantil, de Juiz de Fora, que anunciava o retorno das "tropas da liberdade". "No comboio de volta é que a gente se deu conta: o povo beijava, se jogava nos carros. Quando colocávamos a farda, não nos deixavam pagar nada", lembra o ex-recruta Cupertino Guerra.
Naqueles dias, o então tenente Felício integrava o Grupo 105, unidade de artilharia que formou a vanguarda da marcha de Mourão. "Estávamos de prontidão, aguardando a evolução dos acontecimentos", conta ele. "Não sabíamos que era uma preparação para decisão de tal naipe, mas sabíamos que o País estava ladeira abaixo e que o Exército não ia permitir a continuidade daquilo."
Felício diz que a marcha chegou a ser confundida inicialmente com um movimento comunista por tenentes que vinham no sentido contrário e que aderiram, "ao saber do que se tratava". No caminho, testemunhou reunião de Mourão com alguns oficiais, na qual reclamava do tênue engajamento do governador de Minas e chefe civil do golpe, José de Magalhães Pinto. "Saiu um manifesto do Magalhães naquele dia, mas ele não foi aceito pelo Mourão. Ele disse, junto ao (Rio) Paraibuna, que queria algo mais incisivo de apoio."
No Rio, previa-se batalha com os fuzileiros navais sob o comando do almirante Cândido da Costa Aragão, aliado do presidente João Goulart, o que não ocorreu. "Não esperávamos uma resistência feroz, mas alguma", recorda Felício. "Goulart teve o mérito de reconhecer que resistir seria um combate entre irmãos."
Felício é hoje candidato à presidência do Clube Militar. Integra a chapa o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-membro do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), acusado de tortura. "Com muita honra", frisa o general, acrescentando que Ustra é um "defensor da liberdade que usufruímos".Autor de manifesto dos militares da reserva contra a revisão da Lei da Anistia em 2012, Felício é um dos críticos mais ativos da Comissão da Verdade, e uma das vozes que ecoam o radicalismo da caserna.
30 de mar. de 2014
JUSTIÇA FIXA FIANÇA DE R$ 15 MIL PARA DOLEIRA PRESA COM 200 MIL EUROS NA CALCINHA
Nelma Kodama, alvo da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, foi denunciada por tentativa de evasão de divisas
Fausto Macedo/ Estadão - A Justiça Federal em São Paulo fixou fiança de R$ 15 mil para a doleira Nelma Mitsue Penasso Kodama, presa em flagrante no aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos, na madrugada de 14 de março quando embarcava para Milão, na Itália, com 200 mil euros escondidos dentro da calcinha.
Se Nelma depositar os R$ 15 mil ela ficará livre do flagrante e terá sua prisão revogada neste caso em que foi denunciada pela Procuradoria da República por tentativa de evasão de divisas. Mas ela responderá ao processo criminal na Justiça e os 200 mil euros continuam confiscados judicialmente.
Foto: Divulgação/Polícia Federal |
Nelma também não ganhará a liberdade porque contra ela existe outro mandado de prisão preventiva, expedido pela Justiça Federal no Paraná. Nelma é alvo da Operação Lava Jato, missão da Polícia Federal em Curitiba que desarticulou grande esquema de lavagem de dinheiro da ordem de R$ 10 bilhões.
A operação foi deflagrada no dia 16. O principal nome da Lava Jato é o doleiro Alberto Yousseff, que teria pago propinas para o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa. Os dois estão presos.
NEUROCIRURGIA E A IMPRESSORA 3D
meddepressao - A ciência e a tecnologia sempre andam de mãos dadas. Quando surgiram as impressoras 3D, já se esperava que isso surtisse um avanço na medicina. Uma equipe de neurocirurgiões da Universidade de Utreque, na Holanda fez uma operação inédita.
A parte superior do crânio de um paciente foi substituída por uma prótese feita com uma dessas impressoras. Veja o resultado.
28 de mar. de 2014
BENÍCIO OTTO DA SILVA, O MESTRE BENÍCIO - POUCOS FORAM TÃO ATUANTE - UM POUCO DE SUA HISTÓRIA
BENÍCIO OTTO DA SILVA nasceu em Manicoré em 1905, filho de Miguel Antônio da Silva e Virgilina Coutinho da Silva tinha 6 irmãos, (a mais nova era do 2º casamento) perdeu a mãe muito cedo, mais ou menos aos 10 anos de idade.
O pai resolveu vender tudo e ir embora para o Idó, um grande seringal no baixo Juruá onde moraram por alguns anos.
Era um enorme barracão, a casa onde foram morar. Lá ainda restavam troncos e enormes correntes com que os escravos eram castigados.
Era um enorme barracão, a casa onde foram morar. Lá ainda restavam troncos e enormes correntes com que os escravos eram castigados.
Dizia-se até que no silêncio da noite ouviam-se correntes arrastadas no barracão, e gemidos dos negros ao serem chicoteados.
Lá no Idó, Miguel conheceu Cristina (2º casamento), casaram-se e tiveram uma filha, Celina a caçula da família. Benício, Antônia, Júlia, Hermenegildo e Benjamim (Mimim), eram filhos do 1º casamento.
Mimim foi embora para o Rio Grande do Norte onde casou-se e teve muitos filhos, vindo a falecer há alguns anos atrás.
Mimim foi embora para o Rio Grande do Norte onde casou-se e teve muitos filhos, vindo a falecer há alguns anos atrás.
Em 1922 com a morte do pai o Sr. Miguel Antônio da Silva, Júlia que era casada com o Sr. Ernesto Fiuza, chamou os irmãos e a madrasta para vir morar em Tarauacá, pois ela já morava aqui.
O novo dono do Seringal Idó queria usufruir dos bens deixados pelo pai de Benício, mas o menino muito esperto juntou o que lhe interessava, colocou em uma grande mala, fechou a chave e trouxe consigo para Tarauacá. Eram as ferramentas de carpintaria de seu pai, ferramentas que ele não sabia a utilidade.
Chegou a Tarauacá aos 17 anos de idade (1922), não sabia fazer nada, nem para a escola foi. Um dia seu cunhado conseguiu trabalho pra ele pela Prefeitura como ajudante de carpinteiro na construção de pontes na cidade. Ele foi trabalhar e logo já construía pontes (trapiches), sozinho. Daí por diante foi chamado para construir casas para Majores, Capitães e Coronéis que aqui chegavam para continuar o desbravamento.
Assim, Benício se tornou exímio carpinteiro, tudo era muito bem feito sendo assim chamado para fazer casas e também móveis. O Verniz que usava deixava os móveis perfeitos, tudo Benício fazia com perfeição.
O primeiro carrossel que rodou em Tarauacá no novenário de São Francisco foi feito por ele.
Assim, consecutivamente ele fez a primeira Roda Gigante de madeira que também foi usada pela primeira vez em um novenário de São Francisco, a 1ª máquina de tirar o sumo do açaí em madeira, máquina de migar tabaco que, aliás, tenho uma delas em casa, a primeira janela em veneziana onde uma está colocada na casa de sua filha a Professora Núbia Wanderley.
Uma estante rotativa que se encontra na Biblioteca Estadual, foi feita para a Prefeitura há muitos e muitos anos, a primeira mesa giratória que ainda existe e está na casa de seu neto Leonardo, (o Lio do Point do Açaí), a primeira serraria para beneficiamento de madeira foi feita por ele, construiu nesse tempo, batelões (barcos grandes), um dos famosos levou o nome de Major Bayma em referência ao proprietário, o Tauary do Altevir Leal, além de outros como o Maria Socorro. Isso tudo já com a alcunha de mestre Benício.
Nesse ínterim ainda participou de várias peças teatrais como, por exempolo, Alma Acreana e Razões do Coração, ambas de autoria de José Potyguara.
E foi um dos sócios fundadores do Centro Operário Beneficente Tarauacaense em 1948.
Mestre Benício casou-se aos 24 anos com Valzira Wanderley e tiveram 17 filhos sendo que apenas 11 se criaram, ainda hoje são 09 vivos educados e com um ótimo nível de estudo. Mestre Benício sempre foi esquecido pelo poder público, mas jamais será pela sua família.
Seu legado até hoje é de:
41 netos
53 bisnetos
07 tataranetos
Uma das coisas que mais lhe trazia alegria, almoço com a família
Mesmo com o peso da idade, não perdia o bom humor
E com noventa e poucos anos, subia na caixa d'água para lavar
MOVIMENTOS SOCIAIS E SINDICATOS MARCAM PROTESTO NO 1º DIA DA COPA
Movimentos sociais aprovaram um calendário conjunto de protestos durante o Mundial de futebol |
Vinícius Segalla
Do UOL, em São Paulo - Cerca de 2.500 pessoas vindas de várias partes do país, representando pelo menos 15 movimentos sociais, sindicatos e entidades estudantis se reuniram no sábado (22), em São Paulo para definir uma pauta conjunta e um calendário de manifestações a serem realizadas daqui até o fim da Copa do Mundo no Brasil, que irá acontecer entre os dias 12 de junho e 13 de julho deste ano.
Após protagonizarem uma manifestação que fechou a Radial Leste por 30 minutos no último sábado, membros de entidades como a central sindical CSP-Conlutas, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal, o Comitê Copa Popular e o Movimento Mulheres em Luta acordaram em preparar uma "jornada de mobilizações" durante o Mundial de futebol em todas as grandes cidades do país. A jornada terá início no dia da abertura da Copa, 12 de junho.
Os grupos representados no encontro deste sábado abarcam quase todos os movimentos organizados que vêm fazendo manifestações relacionadas à Copa desde o início do ano passado. A exceção é o movimento "Não Vai Ter Copa", formado basicamente por entidades estudantis de esquerda, que manterá uma agenda independente de protestos e reivindicações.
Batizada como "Na Copa Vai Ter Luta", a jornada de mobilizações é acompanhada de um manifesto com as principais reivindicações dos grupos que preparam os atos. "Estamos convivendo com o caos na saúde pública, o descaso com a educação, a precariedade do transporte e nos serviços públicos, nas três esferas, assim como a falta de moradia e de terra para plantar e produzir alimentos. Desde junho do ano passado este tem sido o grito cada vez mais alto dos trabalhadores e da juventude brasileira. Os governos - federal, estaduais e municipais - não atendem as reivindicações dos que lutam. Nunca tem verba para atender as necessidades do povo", diz o manifesto.
Dentro das pautas específicas de reivindicação estão tarifa zero no transporte público, investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) na educação pública e outros 10% no sistema de saúde e desmilitarização da Polícia Militar.
Veja com qual calendário de protestos trabalham essas organizações sociais daqui até a Copa:
28 de abril - "Dia de luta e denúncia dos acidentes de trabalho (em obras da Copa)"
Abril e maio - "Jornada de lutas convocada por vários segmentos do movimento popular para defender o direito à cidade (moradia, transporte e mobilidade, saneamento etc)"
1ª a 3 de maio - "I Encontro dos Atingidos por Megaeventos e Megaemprendimentos (Belo Horizonte)"
15 de maio - "Dia Internacional contra as Remoções da Copa"
12 de junho - "Abertura da jornada de mobilizações 'Na Copa Vai Ter Luta', com grande mobilizações populares em todas as grandes cidades do país"
Período de jogos da Copa - "Realização de manifestações nos Estados conforme definição das plenárias estaduais"
AVALIAÇÃO POSITIVA DO GOVERNO DILMA CAI PARA 36%, INDICA CNI/IBOPE
Entre dezembro do ano passado e março, a aprovação da maneira de governar da presidente também caiu de 56% para 51%
Ricardo Brito e Bernardo Caram - Agência Estado/Brasília - A avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff caiu de 43% para 36% em relação a dezembro, segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quinta-feira, 27. No mesmo período, o porcentual de entrevistados que consideram o governo regular registrou oscilação dentro da margem de erro de 35% para 36% dos e os que o avaliam o governo como ruim ou péssimo subiu de 20% para 27%.
Em meados de fevereiro, levantamento realizado pelo Ibope já indicava queda na taxa de aprovação do governo de 43% para 39%, na comparação com dezembro. Assim, a avaliação positiva do governo voltava aos níveis observados entre agosto e novembro, quando oscilou entre 37% e 39%.
Na semana passada, o mesmo Ibope divulgou pesquisa sobre a corrida presidencial, segundo a qual Dilma tem 43% das intenções de voto, o mesmo índice registrado em novembro de 2013, data do levantamento anterior. Com esse índice, a petista mantém a expectativa de vencer no 1º turno na eleição em outubro. O levantamento anterior foi realizado entre 13 e 17 de março.
Maneira de governar. De acordo com o levantamento da CNI/Ibope, divulgado nesta quinta, o porcentual dos entrevistados que aprovam a maneira da presidente Dilma Rousseff de governar caiu de 56% para 51%. Ao mesmo tempo, aqueles que desaprovam a maneira da atual presidente de governar subiu de 36% para 43%.
Assim como a avaliação positiva, a aprovação da maneira de governar de Dilma inverteu a trajetória favorável. Em julho, 49% reprovavam a maneira de governar, superando, na ocasião, aqueles que a aprovavam, que eram 45%. Isso ocorreu logo após o início dos protestos de rua País afora. Foi a única vez que ela registrou uma reprovação superior à aprovação da maneira de governar desde que assumiu a presidência, em 2011.
A confiança na presidente Dilma diminuiu de 52% para 48%. O porcentual dos que não confiam nela subiu no mesmo período de 41% para 47%. Na prática, os indicadores de confiança e desconfiança estão tecnicamente empatados. O índice dos que não souberam ou não quiseram responder a essa pergunta também oscilou de 7% para 5%, dentro da margem de erro. Nos dois primeiros anos de governo, 75% confiavam na presidente.
A primeira pesquisa CNI/Ibope de 2014 foi realizada entre os dias 14 e 17 deste mês com 2.002 pessoas em 141 municípios. O levantamento tem margem de erro de dois pontos porcentuais e foi registrado na Justiça Eleitoral sob o número BR-00053-2014. A sondagem foi feita, portanto, antes da revelação de que a presidente Dilma Rousseff, quando presidia o Conselho de Administração da Petrobrás, votou a favor da compra de parte da refinaria de Pasadena com base em um resumo juridicamente "falho".
Em 2012, a estatal concluiu a compra da refinaria e pagou ao todo US$ 1,18 bilhão por Pasadena, que, sete anos antes, havia sido negociada por US$ 42,5 milhões à ex-sócia belga. A oposição protocolou nesta quinta o pedido para a abertura de uma CPI no Senado para investigar o caso.
MUNIÇÃO DESVIADA DO EXÉRCITO NO RIO É VENDIDA AO PCC
Pelo menos 700 balas de fuzil foram repassadas por dois militares do Batalhão de Infantaria Leve, com sede em Campinas, segundo investigação
"Caso vem à tona às vésperas de nova ocupação" |
Marcos Arcoverde/Estadão - RIO - Pelo menos 700 balas de fuzil calibre 7.62 que foram desviadas da Força de Pacificação do Exército, que atuou nos complexos do Alemão e da Penha até 2012, foram revendidas para traficantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). O caso vem à tona às vésperas da ocupação da Maré. O Ministério Público Militar (MPM) ainda investiga o sumiço de outros 28 mil cartuchos de fuzil 7.62 da ocupação no Alemão.
As 700 balas foram repassadas por dois militares do 28.º Batalhão de Infantaria Leve (BIL), com sede em Campinas, ao traficante Luciano Santana Barbosa, o Malaca, de 35 anos, segundo denúncia do MPM. Denunciado pelo crime de receptação, Malaca teve a prisão preventiva decretada pela Justiça Militar no dia 20. Se condenado, pode pegar até cinco anos de prisão. Acusado de integrar o PCC, Malaca está foragido desde julho de 2010, quando escapou do Presídio de Pedrinhas, em São Luís (MA).
Também foram denunciados o sargento Ivan Carlos dos Santos, de 40 anos, e o soldado Geraldo Júnior Rangel dos Santos, de 22. Lotados no 28.º BIL, respondem pelo crime de peculato e furto. A pena varia de 3 a 15 anos de reclusão.
O desvio das 700 munições do Exército foi descoberto por acaso, durante uma investigação conduzida pela 5.ª Delegacia de Repressão a Roubo a Bancos, da Polícia Civil de São Paulo, sobre uma quadrilha especializada em explodir caixas eletrônicos no interior do Estado.
O sargento Ivan foi flagrado em interceptações telefônicas negociando munições para fuzis AK-47 com dois traficantes. Também foram monitoradas mensagens de texto, nas quais descobriu-se que cada cartucho era vendido por R$ 10.
Com isso, os investigadores obtiveram na Justiça comum um mandado de busca e apreensão na residência do sargento. A ordem foi cumprida em 6 de abril do ano passado. Os policiais encontraram 23 munições de fuzil 7.62, 20 munições e um carregador de pistola 9mm, além de munição de festim.
Venda. Depois de ser preso, o sargento Ivan admitiu, em depoimento à polícia, ter vendido 700 munições de fuzil 7.62 para Malaca. Segundo o militar, as balas eram "sobras" da Operação Arcanjo 6, desempenhada por militares do 28.º BIL no Complexo do Alemão, no Rio, em 2012. Ele exercia a função de furriel (responsável pelo controle de uso de munição). Na delegacia, o sargento reconheceu o traficante Malaca por foto. Disse ainda que as balas foram entregues ao bandido por ele próprio, numa praça de Campinas.
Já o soldado Rangel, que era auxiliar do sargento Ivan, disse à Polícia Civil que tinha a incumbência de registrar o uso de munições nos treinamentos no 28.º BIL. Admitiu que registrava mais munições do que as efetivamente consumidas. Revelou ainda que o sargento guardava as munições desviadas no cofre da sala do furriel, e que depois as transportava para casa. O soldado também admitiu ter fornecido ao sargento o contato de Malaca.
Os dois militares tiveram a prisão decretada pelas Justiças comum e Militar. O soldado já responde em liberdade. O sargento permanece preso preventivamente por conta do processo na Justiça comum.
Outro lado. Apesar de admitirem o crime à polícia, em depoimento à Justiça Militar os militares negaram as acusações. O advogado José Ricardo de Mattos, que defende o sargento, disse que as munições encontradas na casa dele eram de festim. O advogado Samuel Pacheco, que representa Rangel, alegou que ele não é citado nas interceptações telefônicas negociando as munições. O Estado não localizou o advogado de Malaca.
Nota: Além de constatar novamente que está cheio de marginal dentro das forças armadas, o que mais me chamou atenção nessa foto, é aquela criança ali atrás. Depois toma um tiro por causa da irresponsabilidade do "responsável" e a culpa é da Polícia.
27 de mar. de 2014
IMAGENS AÉREAS DA CHEIA NO RIO MADEIRA NA REGIÃO DE PORTO VELHO
Com a grana "gasta" naquela refinaria dava pra fazer um 'águaoduto' até o nordeste não dava não?
FOTOS: RONDÔNIA AO VIVO