A 12/Ir. João Antônio Johas Leão - O termo “religião” vem do latim religare que significa, em termos simples, religar, voltar a unir duas partes que estavam separadas. Dessa maneira podemos entender todas as religiões que existem na face da terra. Se elas são realmente uma religião, estão na busca por reatar a relação do homem que experimenta uma necessidade de Deus.
Papa e líderes religiosos (Osservatore Romano)
As religiões existem desde que o homem começou a tentar explicar tudo o que acontecia a sua volta. Experimentamos uma necessidade de sentido para a nossa vida, precisamos entender a realidade que nos rodeia. Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? Qual é o sentido da nossa vida? Todas essas perguntas estão no interior do homem e as religiões podem ser entendidas também como uma tentativa de responder essas perguntas. Por esse motivo, podemos denominar o homem como um ser religioso por natureza. Porque ele, no seu interior, busca a Deus, ainda que não o formule dessa maneira.
O Papa Francisco explica muito bem essa realidade na sua exortação Evangelii Gaudium, quando diz o seguinte: “Devemos sempre lembrar-nos de que somos peregrinos, e peregrinamos juntos.” Estamos todos peregrinando nessa vida, buscando aquilo que dê o real sentido a ela.
"Que nesse dia saibamos valorizar tudo que de positivo existe nas religiões e no mundo que podem ajudar a que nos aproximemos de Deus..."
E para isso, continua dizendo Francisco, “devemos abrir o coração ao companheiro de estrada sem medos nem desconfianças, e olhar primariamente para o que procuramos: a paz no rosto do único Deus.”
Hoje, no Dia Mundial da Religião, somos convidados a relembrar disso que é mais básico de cada uma das religiões. Porque somente dessa maneira vamos poder estreitar os laços entre os homens. Sobre essa luz, “o ecumenismo é uma contribuição para a unidade da família humana”, finaliza o Papa.
Existe um meio muito bom para que possamos conseguir essa paz entre todos. O diálogo. Mas um diálogo bem entendido. Francisco explica bem como se deve dar esse meio para que não se perca as verdades fundamentais da fé mas, ao mesmo tempo, nos abramos sinceramente aos demais.
“Neste diálogo, sempre amável e cordial, nunca se deve descuidar do vínculo essencial entre diálogo e anúncio, que leva a Igreja a manter e intensificar as relações com os não-cristãos. Um sincretismo conciliador seria, no fundo, um totalitarismo de quantos pretendem conciliar prescindindo de valores que os transcendem e dos quais não são donos. A verdadeira abertura implica conservar-se firme nas próprias convicções, com uma identidade clara e feliz, mas "disponível para compreender as do outro" e "sabendo que o diálogo pode enriquecer a ambos".
O dia de hoje reforça a urgente necessidade que o mundo tem de que todos juntos, como irmãos, busquemos um mundo mais reconciliado, mais re–ligado com Deus, mais religioso. Por isso nós, católicos, temos um dever especial de trabalhar pela unidade. Deus se fez homem e se revela em sua Igreja. As pessoas precisam saber que a busca por esse Deus já não é tanto às apalpadelas como antes, porque Jesus, que é a luz do mundo, brilha firmemente iluminando o caminho até o Pai.
Que nesse dia saibamos valorizar tudo que de positivo existe nas religiões e no mundo que podem ajudar a que nos aproximemos de Deus, mas lembrando sempre o que o Papa Francisco disse sobre não abrir mão da nossa Fé Católica, entregue por nós pelo mesmo Deus e custodiada pela Santa Igreja.
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