DO UOL/SP - Extintor contendo o pó químico ABC (à esq.), que combate princípio de incêndio em materiais sólidos e elétricos e em combustíveis líquidos. O novo equipamento substitui o do tipo BC (à direita), utilizado hoje, que não funciona em objetos sólidos (como pneus, bancos, painéis e tapetes).
A Proteste Associação de Consumidores classificou nesta terça-feira (6) de "dinheiro jogado fora" a obrigatoriedade da troca de extintores veiculares do tipo BC pelo ABC, que age numa gama maior de incêndios. Isso porque a medida do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) não prevê qualquer tipo de treinamento de motoristas para o uso correto do equipamento de segurança.
Apesar de elogiar a decisão do ministro Gilberto Kassab (Cidades), anunciada nesta segunda-feira (5), de adiar a obrigatoriedade por 90 dias para que seja sanada a falta de extintores nas lojas, a Proteste comparou a medida com a antiga imposição (já revogada) de cada carro possuir um kit de primeiros socorros -- no entanto, os motoristas não precisavam aprender como socorrer eventuais vítimas de acidentes.
De acordo com a Proteste, poucos países além do Brasil exigem a presença de extintores dentro dos carros; entre eles, há Bélgica, Bulgária, Polônia e Romênia. Por outro lado, Alemanha, China, Japão, Suécia e Estados Unidos não têm a exigência (na Inglaterra, é obrigatório apenas em ônibus e táxis).
Carros importados fabricados em países onde o extintor não é obrigatório passam por adaptações para a venda no Brasil -- isso vale para modelos baratos da China e premium de Audi, BMW e Mercedes-Benz.
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