Grupo está acampado no gramado do Congresso e se recusa a deixar o local
POR EDUARDO BRESCIANI / CRISTIANE JUNGBLUT
Felipe Porto, integrantes do 'Movimento Patriota' - Jorge William / Agência O Globo
BRASÍLIA - No dia em que o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), e os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiram dar um prazo de 48 horas para que os grupos acampados em frente ao Congresso Nacional e à Esplanada dos Ministérios deixem o local, um dos movimentos prometeu reagir. Felipe Porto, um dos coordenadores do "Acampamento Patriota", avisou que os manifestantes estão armados, e não sairão do gramado na Esplanada dos Ministérios.
Porto, que se apresenta como jornalista, chamou de heróis os policiais que foram presos nesta quinta-feira após atirarem contra integrantes da Marcha das Mulheres Negras.
O policial civil do Maranhão Marcelo Penha, armado com uma pistola após disparar 3 tiros no gramado próximo ao Congresso
Manifestante acampado no Congresso saca arma, dá tiros e é detido pela PM
Pela localização do acampamento da CUT, que está em frente ao do seu movimento, Porto disse que há um "cenário de guerra" entre os dois grupos.
— O cenário de guerra está armado. Pode acontecer uma carnificina — afirmou.
Porto disse que entre os acampados há policiais, militares, ex-policiais, ex-militares e colecionadores de armas. Disse que, pela profissão, eles têm direito de estar com as armas.
— Vocês acham que alguém aqui tem medo? Vi gente daqui ligando para a família e dizendo que não sabe se volta. Aqui tem patriota, é sangue verde-amarelo. Tem gente disposta a morrer pelo Brasil —afirmou. Do lado de cá tem arma sim. Barraca é casa. E se alguém invadir, tenho direito de defender a propriedade.
Ele afirmou que seu grupo defende uma "intervenção popular" em que a sociedade se uniria ao movimento para "sitiar" os três poderes. A partir daí, as "forças legalistas", como policias militares e Forças Armadas, montariam um governo provisório para promover novas eleições, das quais seriam excluídos os partidos envolvidos em corrupção, e o voto seria em cédula de papel.
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