7 de jan. de 2016

INDÚSTRIA CAI MAIS QUE ESPERADO EM NOVEMBRO, DEVE FECHAR 2015 COM QUEDA DE MAIS DE 8%


Vista geral de Bento Rodigues, distrito de Mariana soterrado por lama após rompimento de barragem da mineradora Samarco.  O setor industrial brasileiro acentuou as perdas em novembro em parte devido à tragédia em Mariana, segundo o IBGE. REUTERS/Ricardo Moraes


Entre os ramos pesquisados, 14 dos 24 tiveram contração em novembro, sendo as principais influências negativas indústrias extrativas (-10,9 por cento) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,8 por cento).


Segundo o IBGE, as perdas nesses ramos decorreram daquele que tem sido considerado o pior desastre ambiental da história do país, em Mariana (MG), e da greve dos funcionários da Petrobras, que interrompeu a produção em diversas plataformas em novembro.

A indústria brasileira vem padecendo este ano diante da profunda fragilidade econômica, que afeta a confiança de empresários e consumidores e prejudica a demanda em meio ao aumento do desemprego e da inflação alta.

Dezembro não deve trazer nenhuma melhora, uma vez que o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) aponta que o último mês de 2015 será o 11º seguido de contração.

"Com a Petrobras voltando às operações, ajuda a recuperar um pouco. Mas claramente a tendência continua sendo de queda da produção industrial, com a demanda fraca e os estoques elevados. Por enquanto não dá para vislumbrar uma estabilização no horizonte", disse Rostagno, citando as dificuldades de investimento diante dos cenários político e econômico adversos.

A retração do setor também deve se prolongar para 2016, com a pesquisa Focus do Banco Central mostrando que a projeção de economistas para a produção industrial neste ano é de queda de 3,5 por cento, após fechar 2015 com recuo de 7,8 por cento.

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