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Plano de Governo de Tião Viana parece ter falhado miseravelmente /Foto: Reprodução |
Literalmente no vermelho
O governo de Tião Viana fecha o ano com uma conta negativa, literalmente no vermelho. Mais de 300 mortes registradas durante o ano, a maioria delas envolvendo jovens entre 15 e 35 anos. Uma geração perdida. A pior das facções, considerada a periferia do crime organizado é genuinamente acreana, por que não dizer, produto da política governamental errada praticada nas últimas décadas e que tem como protagonistas três lideranças petistas: Jorge Viana, Binho Marques e Tião Viana.
Holofote maldito
O secretário de Segurança Pública do Estado, Emylson Farias, ainda convoca uma coletiva para dizer que a matança se deu por causa de rixas entre facções criminosas, como se o Estado não fosse responsável pela segurança de seus indivíduos, sejam eles membros ou não das famosas facções, mais uma cultura maldita herdada pelo Brasil da periferia dos Estados Unidos. Emylson adora luz, câmera e ação, mesmo quando isso é desfavorável ao próprio currículo.
História
Sim, porque Emylson Farias entrará para a história como o secretário de Segurança mais incompetente que o Acre já teve. Após a coletiva concedida na terça-feira (27) circulava nas redes sociais o pedido de “volta Romildo”, ou “volta Hildebrando”.
Os números
O mapa da violência divulgado com correções no dia 28 de outubro em todo o país já mostrava o crescimento das mortes por armas de fogo. Ficou evidente, nesse estudo, o progressivo, sistemático e ininterrupto incremento das taxas de homicídio por arma de fogo, principalmente no Acre, onde o aumento da violência ultrapassou os dois dígitos, chegou a 136%.
Sem freio
Vejamos: o Acre saiu de 49 mortes por arma de fogo em 2004 para 116 em 2014. Deixou de ser menos violento em uma década apenas para os Estados do Amazonas e do Pará. Antes de se reeleger, o governador Tião Viana ocupou o terceiro lugar – com uma variação de 86% em dez anos – no ranking de homicídios por armas de fogo para cada 100 mil habitantes.
Hildebrando Pascoal /Foto: Reprodução
A era Hildebrando
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Em 2002, quando o Acre saia do domínio do crime organizado na era Hildebrando Pascoal, o estado ocupava o 22º lugar entre a federação, com maior número de homicídios por arma de fogo. Em doze anos, o anuário mostra que os avanços no combate a violência não foram tão positivos. O Estado subiu uma única posição, ocupando, em 2014, o 21º lugar no ranking nacional de violência de homicídios por Armas de Fogo (AF).
Ganhando do Rio de Janeiro
A população acreana assistiu nesse mesmo período, Estados que na virada de século ocupavam os primeiros lugares no mapa da violência por armas de fogo, evidenciar quedas em 2014. Em alguns casos, quedas bem significativas, como Rio de Janeiro, que ocupava o primeiro lugar em 2000 e passou para o 15º; ou São Paulo, que passa do 6º para o 26º; ou Mato Grosso do Sul, da sétima posição para a 23ª.
Algo errado
Tem algo errado, mais muito errado mesmo na política pública do Acre. E olha que não estamos colocando no debate de hoje a situação do sistema carcerário, outra bomba relógio que pode a qualquer momento voltar a estourar. Somos o Estado que mais prende. Será essa a marca do PT?
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