O presidente Michel Temer sancionou com vetos a lei que cria um novo programa de refinanciamento de dívidas tributárias de empresas com a União, o Refis, de acordo com o Diário Oficial da União desta quarta-feira.
O governo antecipou a sanção, planejada apenas para a semana que vem, por pressão de parlamentares, na véspera da votação da segunda denúncia contra o presidente pelo plenário da Câmara dos Deputados.
Segundo o texto da lei, o programa abrange os débitos de natureza tributária e não tributária vencidos até 30 de abril de 2017, e a adesão ocorrerá por meio de requerimento a ser efetuado até o dia 31 de outubro deste ano.
Entre os pontos vetados, está o que estendia os prazos de pagamento e os descontos do programa para as micro e pequenas empresas participantes do Simples Nacional, que já tem um regime próprio de tributação.
A justificativa é de que o Simples Nacional “abrange débitos tributários federais, estaduais e municipais, de forma que não podem a Secretaria da Receita Federal do Brasil e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional disciplinar sobre o parcelamento desses débitos”, de acordo com o texto da lei.
Sozinho, o Refis rendeu à União 3,401 bilhões de reais em setembro, somando 10,985 bilhões de reais no ano até agora. As cifras incluem valores negociados junto à Receita e à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional.
Inicialmente, o governo tinha expectativa de arrecadar 13 bilhões de reais com o programa, mas os números foram ajustados para 8,8 bilhões no último relatório bimestral de receitas e despesas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Atenção:
Comentários ofensivos a mim ou qualquer outra pessoa não serão aceitos.