Luis Carlos Moreira Jorge - A aprovação do Projeto de Lei do deputado Raimundinho da Saúde (PODEMOS), com vícios de inconstitucionalidade, pela Assembléia Legislativa, inclusive, com votos da base do governo, recebeu uma reação dura do governador Tião Viana. Ainda pela manhã enviou o seu veto à matéria arguindo que, não pode sancionar uma Lei que fere a Constituição Federal. Criticou a mesa diretora do Legislativo por ter colocado o Projeto em votação, mesmo sabendo que não tinha embasamento legal.
– O veto foi apresentado, se quiserem derrubar, vão ter que se entender com a justiça, porque, eles estarão cometendo crime de responsabilidade, o que poderá ser levantado como prática de improbidade administrativa, contra os que votaram a favor do projeto e pela queda do veto, impedindo até as suas candidaturas, advertiu.
Tião Viana debitou ao sindicato da categoria e ao deputado Raimundinho da Saúde (PODEMOS), a culpa pelas demissões acontecidas no Pró-Saúde. “Se eles não tivessem provocado a justiça até hoje estariam todos do Pró-Saúde com os seus cargos garantidos. Não foi da minha vontade as demissões. Como é que iria querer demitir se não tenho 70 milhões de reais para bancar as indenizações? Quem pariu Mateus que o embale”, enfatizou o governador.
Para Tião Viana todos sabiam que estavam votando um projeto com ilegalidade, revelou ter conversado antes com o deputado Raimundinho da Saúde (PODEMOS) e mostrado que estava praticando um ato ilegal e este respondeu que estava fazendo a sua parte. E completou: -agora aguentem, estão enfrentando um governador inteligente, destemido e legalista e vão ter que se explicar na justiça por crime de responsabilidade, por ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal, avisou.
O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Ney Amorim (PT) não quis falar sobre o assunto, se limitando apenas a dizer que o tramite foi mal conduzido pelo governo na ALEAC e que iria se sentar com a sua assessoria jurídica para discutir o veto enviado ontem pelo governador.
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