Assem Neto - O editorial do Jornal A gazeta desta quarta-feira “santifica” o secretário de Segurança Pública do Acre, para quem a falta de investimentos do governo federal nas fronteiras gera toda a criminalidade no estado. E mais: desmerece e desclassifica indicadores oficiais que robusteceram publicações da BBC Brasil, que aponta Rio Branco uma das capitais brasileiras mais violentas. O texto, oficialesco de dar ânsia de vômito, de uma parcialidade sem limites, omite os investimentos que, por acaso, os governos Lula e Dilma empregaram na proteção da Segurança Nacional a partir das divisas do Acre com cidades peruanas e bolivianas. Tampouco relata a contrapartida do governo do PT em eventuais programas com esta finalidade – dando a entender que a obrigação por programas desse porte sejam do governo que ascendeu com o naufrágio do PT.
Faz uma comparação ilógica da guerra urbana perdida pelo Governo do Acre com fato isolado, a chacina do último final de semana no Nordeste. Aponta, equivocadamente, a Polícia federal como responsável única e faz um flash back incabível do episódio em que o prefeito petista da capital, cliente do jornal, foi coercitivamente levado a depor sob suspeita de corrupção.
A escolha do “melhor vice do candidato que pode ter seu registro cassado foi ótimo negócio para a imprensa branca.
Somente para ela !
Abaixo, a íntegra do editorial malfadado
IGNORANCIA OU MÁ FÉ
Com muita propriedade, o secretario de Segurança Pública, Emylson Farias apontou as principais causas do aumento da criminalidade no Acre, ou seja, as fronteiras desguarnecidas com os países tidos como maiores produtores e exportadores de drogas e, por conseguinte, o surgimento das facções criminosa.
Ignorar essa realidade como faz a reportagem da BBC Brasil e ignorância ou má fé e ser atropelado pelos fatos, pois enquanto a reportagem apontava Rio Branco como uma das capitais mais violentas, no mesmo final de semana, 38 pessoas morreram em duas chacinas em Fortaleza e a 34 em Natal.
Não adianta tergiversar ou politizar essa questão e o secretario de segurança, com o governador Tião Viana, são muito claros em afirmar que o Governo Federal, a quem cabe a responsabilidade maior de vigiar as fronteiras, não está fazendo a sua parte. Como outros governadores já se manifestarão sobre essa omissão.
Só para citar um exemplo, o que não se entende é por que a Policia Federal, que teria essa incumbência, mobiliza cem, duzentos agentes para fazer uma das tais prisões coercitivas e não dispõem de cem agentes e recursos técnicos para fazer essa prevenção e combate ao narcotráfico aqui no estado. Alias, se entende, mas essa é outra questão. Em resumo essas são as causas e pior seria se o Governo local não estivesse fazendo a sua parte.
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