Pyongyang estima que faltará 1,4 milhão de toneladas de alimentos básicos; país enfrenta sanções por desenvolver armas nucleares e mísseis
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un: entre a fome e a negociação do fim do programa nuclear - 19/09/2018 (Pyeongyang Press Corps/Pool/Getty Images)
O governo da Coreia do Norte pediu ajuda às Nações Unidas e a organizações humanitárias nesta quinta-feira, 21, para contornar a escassez de alimentos no país. Segundo a ONU, Pyonyang estima que sofrerá neste ano carência de 1,4 milhão de toneladas de alimentos básicos, como trigo, arroz, batata e soja.
O apelo do regime de Kim Jong-Un se dá a apenas seis dias de seu segundo encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Hanói, no Vietnã, para discutir o processo de desnuclearização da Península Coreana e um possível acordo de paz definitivo.
“O governo solicitou assistência das organizações humanitárias internacionais presentes no país para responder ao impacto da situação de segurança alimentar”, explicou o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric.
Segundo Dujarric, a ONU está em contato com as autoridades norte-coreanas para analisar o impacto da falta de alimentos na população mais vulnerável e para atuar de forma rápida para suprir as necessidades humanitárias. A preocupação maior das Nações Unidas está na “deterioração da situação de segurança alimentar” da Coreia do Norte.
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O país asiático foi palco, nos anos 1990, de uma forte crise humanitária. estima-se que entre 250 mil e mais de 3 milhões de pessoas morreram de fome.
A Coreia do Norte é alvo de pesadas sanções internacionais, em especial dos Estados Unidos, como consequência dos seus programa nuclear militar e de mísseis, que disseminam a insegurança no leste asiático. Embora existam isenções humanitárias, muitos analistas reconhecem que as restrições contra o regime também afetam a sua população.
Alguns países, entre eles a Rússia, pediram recentemente a suspensão de algumas dessas sanções para incentivar Pyonyang a avançar nas conversas para a desnuclearização com os Estados Unidos. Washington, entretanto, defende a preservação das sanções como instrumento de pressão sobre Pyongyang.
(Com EFE)
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