12 de jun. de 2019

Maduro perde a liderança perante o serviço de inteligência venezuelano


A situação no interior do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (SEBIN) está cada vez mais complicada para o regime ilegítimo de Nicolás Maduro na Venezuela. A sua liderança sobre essa estrutura vital de segurança está cambaleante.

O pouco respaldo que Maduro tem do SEBIN tornou-se mais evidente no dia 30 de abril de 2019, durante os esforços do presidente interino Juan Guaidó para estabelecer a ordem constitucional e devolver a democracia ao país.

A agência britânica de notícias BBC News Mundo informou no dia 6 de maio que o serviço de inteligência apoiou diretamente os opositores nessa mobilização e ajudou a libertar o líder opositor Leopoldo López, que estava em prisão domiciliar.

“Entre todas as estruturas de segurança do Estado venezuelano, o SEBIN é o órgão que até o momento parece estar mais implicado na tentativa de levante contra Maduro chefiada pelo líder da oposição”, garante a BBC.

Um dos coparticipantes diretos do levante do dia 30 de abril foi o ex-diretor de inteligência Cristopher Figuera, que fugiu do país.

Em um vídeo publicado no dia 10 de maio nas redes sociais e também na CNN em espanhol, mostrou os abusos cometidos pelos governos chavistas durante os últimos anos e confirmou seu apoio ao movimento liderado por Guaidó para devolver a ordem constitucional à Venezuela.

“Já chega de culpar o mundo pelas desgraças do nosso país e exigir mais sacrifícios à nossa população”, afirmou Figuera.

Por apoiar a “Operação Liberdade”, dirigida por Guaidó, e por ser um exemplo para outros militares de alto escalão e líderes de serviços de segurança seguidores de Maduro, no dia 7 de maio, o vice-presidente dos EUA Mike Pence anunciou que o governo dos EUA suspendeu as sanções impostas a Figuera no passado.

Inteligência pessoal

“No palácio presidencial de Miraflores, os agentes de inteligência de Cilia Flores, esposa de Maduro, convivem e se confrontam com os de Diosdado Cabello, o segundo no comando do governo chavista”, garantiu José Ricardo Thomas, cientista político da Universidade Central da Venezuela.

“Maduro tem seu próprio serviço de inteligência no qual confia. O SEBIN já não desempenha um papel importante no processamento e na produção de inteligência para Maduro, que tem seus próprios agentes de inteligência privada, porque já não exerce liderança nem confia na instituição.”

Com informações do site Diálogo Américas, Por: Gustavo Arias Retana

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