O Príncipe Imperial Dom Luís Maria publica seu segundo manifesto no dia 6 de agosto de 1913 em Montreux
“Luís, Príncipe Imperial do Brasil”, Pierre Petit, 1909 |
Conservadorismo do Brasil/Everthon Garcia - O Príncipe Imperial Dom Luís Maria escreveu e enviou ao Diretório Monárquico do Rio de Janeiro um segundo manifesto, desta vez, endereçado a todos os Brasileiros.
No documento Dom Luís Maria trata sobre o grande progresso que o país vinha ganhando nos anos finais do Império, exalta a reforma da Capital Federal realizada pelo governo republicano transformando-a em uma das mais belas cidades, porém ressalta os perigos deste governo.
O Príncipe Imperial mostra que a República é contra nossos costumes e tradições e que tem sido injusta com o povo brasileiro, pois negligenciou o Norte, tendo atenções aos estados do Sul devido ao grande esforço industrial, levando a uma luta ineficaz contra as oligarquias que resultou em revoltas sangrentas. O Príncipe ainda acusa a descentralização da Justiça, as despesas enormes do governo, a falta de economia com o dinheiro do contribuinte e retoma os mesmos assuntos tratados pelo seu Manifesto de 1909, fazendo um balanço entre aquela data e esta.
Dom Luís chega a conclusão que o Exército fora sucateado, o povo desinstruído e as instituições nacionais desmoralizadas, ou seja, em 23 anos de República todos os avanços iniciados pelo Império não tiveram continuidade.
O Príncipe retoma o programa da Casa imperial do Brasil: “Monarquia hereditária, sob a forma federativa; Constituição e reorganização de um exército e de uma marinha proporcionais à população do nosso vasto território e às nossas dilatadas costas marítimas, e vias fluviais; luta contra o analfabetismo pela instrução primária obrigatória; justiça unitária e independente; desenvolvimento da Viação; expansão do comércio e da indústria; fomento de imigração e de grandes empresas estrangeiras (ressalvados os direitos dos atuais habitantes do país); delimitação exata das atribuições dos três poderes; enfim, a mais ampla liberdade eleitoral, o respeito dos direitos das minorias, e a formação de partidos sólidos com programas definidos, superiores às subalternas considerações de interesse pessoal.”
Jura sua disposição à Pátria e resume no meio de seu texto o governo vigente: “A República Brasileira tem sido o governo de poucos contra todos e para poucos. Em um país essencialmente democrático como o nosso, a condição do povo não tem merecido a mínima atenção.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Atenção:
Comentários ofensivos a mim ou qualquer outra pessoa não serão aceitos.