Mais de 60 pessoas, entre estudantes e professores de escolas públicas e particulares participaram da primeira edição da Olimpíada de Desenvolvimento Espacial e Aplicações (ODE), promovida pela Agência Espacial Brasileira (AEB), na área de produção de imagens de sensoriamento remoto. A ODE foi realizada no período de 28 a 30 de agosto, nas capitais de Natal (RN), Florianópolis (SC) e na cidade de Alcântara (MA), com o propósito de popularizar a ciência e formar futuros cientistas.
Na cerimônia de abertura, o diretor de Transporte Espacial e Licenciamento da AEB, Paulo Eduardo Vasconcellos, ressaltou a importância dessa iniciativa estratégica para as próximas e futuras gerações. “O CVT representa educação, desenvolvimento e oferece oportunidade de o estudante ter acesso ao espaço, ao mesmo tempo em que aprende conceitos e aplicações da área espacial”, destacou.
Na Olimpíada foram trabalhadas atividades referentes ao setor espacial e realizada capacitação de professores e estudantes que aprenderam a utilizar experimentos simples, como operação de drones, registro de fotos aéreas e análises de imagens com informações ambientais. Ao mesmo tempo em que desenvolviam atividades práticas, os estudantes também aprofundavam os conhecimentos teóricos.
Para o professor da Escola Municipal Inácio de Viveiros Raposo, Michael Jesus Pereira, as atividades da ODE proporcionaram conhecimento das imagens de satélites e seu uso. “Participar da olimpíada também nos deu a oportunidade de operar um drone e conhecer suas funcionalidades. Espero que com essa experiência possamos incentivar e ter maior participação dos alunos, além de levar essas atividades para a nossa escola”, afirmou.
Empolgação dos participantes
Empolgados com tanto conhecimento, os estudantes buscavam despertar suas vocações, alguns já revelavam a vontade de trabalhar na área, como o aluno do SESI/SENAI de Brusque. “Eu quero estudar bioquímica ou farmácia, mas sou fascinada pela astronomia”, afirmou Matheus Chierici. “A gente está aprendendo muito nessa olimpíada”, ressaltou a adolescente Maria Laura, do Sesi de Criciúma.
A Chefe da Divisão de Educação e Novas Competências da AEB, Nádia Sacenco, explicou que o objetivo da entidade com a promoção do evento é popularizar a ciência, formar recursos humanos na área espacial e buscar cooperação com instituições, como o SESI e o SENAI, além do programa Globe. Segundo a educadora, é essa percepção que a iniciativa quer repassar aos estudantes ao propor a realização de pesquisas em sala de aula.
Métodos de pesquisas
Ao mesmo tempo que acontecia a Olimpíada de Desenvolvimento Espacial, a AEB também realizava o encontro de coordenadores do Programa Globe de países da América Latina e Caribe e o workshop do programa Globe da Nasa no Brasil, onde professores e alunos participantes aprenderam as técnicas e métodos de pesquisas científicas, utilizando os protocolos Atmosfera e Mosquito do Globe. As atividades foram conduzidas pelas master trainers do programa, a cientista Russanne Low e a bióloga Renée Codsi.
No workshop, cerca de 200 professores e estudantes receberem informações e realizaram os protocolos do mosquito, que abrangem coletas do inseto com o intuito de identificar o gênero, fase larval do mosquito Aedes aegypti e a relação deles com as doenças e o ambiente. O protocolo atmosfera compreende atividades de coleta e análise de dados referente ao clima da Terra e faz parte do dia de pesquisa científica.
Segundo a professora da Escola Estadual Santos Dumont, de Parnamirim (RN), Samia Almeida, a capacitação do programa Globe foi a oportunidade de alinhar conhecimentos adquiridos com o projeto Semana do Corpo, desenvolvido em sua escola. Para ela, a experiência científica contribuiu para a formação de disseminadores da ciência na escola, incentivando a formação de cientistas cidadãos.
O Globe é um programa de educação e ciência ambiental, que por meio de análise de dados coletados ajuda a criar uma comunidade de professores, estudantes e cidadãos, contribuindo para maior compreensão do meio ambiente e para a formação científica dos envolvidos. O Programa Globe chegou ao Brasil em 2015, após um acordo assinado entre a Agência Espacial Americana (Nasa) e a AEB. Dois anos depois, o Globe chegou a todas as regiões do País.
Agência Espacial Brasileira (AEB)
É uma autarquia vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), responsável em formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira. Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para empreender os esforços do governo brasileiro na promoção da autonomia do setor espacial.
Coordenação de Comunicação Social – CCS
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