16 de dez. de 2019

Exército Brasileiro realiza adestramento ao Exército do Congo em técnicas de combate e sobrevivência na selva


Na ultima semana, a Missão de Estabilização da Organização das Nações Unidas (Monusco) na República Democrática do Congo (RDC), deu inicio ao adestramento de um novo grupo de militares congoleses em técnicas de combate e sobrevivência na selva. O treinamento está sendo realizado por militares do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), do Exército Brasileiro (EB).

“Como se sabe, a floresta amazônica é semelhante à floresta equatorial na RDC. Em uma área de floresta as operações tem de ser realizadas na floresta. Então, nós os treinamos para que possam operar na selva. Portanto, é muito importante treiná-los o mais rápido possível, para que possam atuar em operações futuras”, afirmou um dos instrutores tenente-coronel Adelmo Carvalho.

O treinamento tem como objetivo permitir que as Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC), possam vir a combater com máxima eficácia na região da floresta de Beni, uma região altamente infestada pela milícia jihadista ugandense Frente Democrática Aliada (ADF).

Os militares brasileiros foram os escolhidos por fornecerem treinamento especializado, já que em seu país, eles possuem a mesma estrutura de floresta equatorial de Beni, cenário de confrontos com o ADF.

Segundo o alto comando da Monusco, este treinamento de três meses, visa ajudar os batalhões das FARDC. A seleção foi conduzida pelas Nações Unidas (ONU), e oficiais de direitos humanos deram autorização.

O adestramento desses batalhões, foi um pedido da própria FARDC. O primeiro grupo de forças congolesas foi escolhido entre militares do 141º batalhão de Infantaria. Este já é o quarto batalhão que será adestrado e há mais dois batalhões no aguardo para iniciar os treinamentos nos próximos meses.

Por mais de cinco anos, o exército congolês e as forças de paz das Nações Unidas lutam na região florestal de Beni, contra grupos armados, incluindo as Forças Democráticas Aliadas (ADF), que são os supostos autores de um massacre na região de mais de 3.000 civis.

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