Marcelo Barros - Doar sangue é um gesto de solidariedade que salva vidas. E as doações não podem parar mesmo com a pandemia provocada pelo novo coronavírus. Sangue é imprescindível para pessoas em tratamento por diversas doenças, como anemias crônicas, câncer, febre amarela, entre outras necessidades.
A doação de sangue é uma prática comum entre os militares das Forças Armadas e incentivada nas organizações militares. No atual cenário, a iniciativa ganhou ainda mais relevância. Na Região Sul, foram realizadas mais de 3 mil doações de sangue desde o começo da Operação Covid-19, em 20 de março, por militares das três Forças de Defesa.
No mesmo período, 1,9 mil militares que atuam no Pará, Maranhão e Amapá também deram sua parcela de contribuição.
Para incentivar ainda mais o reforço de estoques dos bancos de sangue e de medula óssea, em abril, o Exército lançou a campanha “Ajudar está no nosso sangue”. A princípio, o lançamento seria em 14 de junho, Dia Mundial do Doador de Sangue, mas foi antecipado devido à pandemia. Apenas por meio dessa iniciativa foram registradas 8 mil doações em todo o Brasil até o momento. Durante o ano de 2019, quase 10 mil doações de militares beneficiaram cerca de 40,4 mil pessoas. O Comando Militar do Sul se destacou com a participação de 4.380 militares, o que representou 43,8% das doações entre militares em todo Brasil.
O Diretor-presidente do Hemocentro de Brasília, Osnei Okumoto, reitera a importância dessa ação voluntária. “É muito gratificante contar com o permanente apoio das Forças Armadas. Só em abril, mais de 100 militares do Distrito Federal doaram sangue”, informou.
Ele ressaltou que essa solidariedade não ocorre apenas devido à pandemia. “Ao longo do ano, os grupos fardados são presença frequente no Hemocentro”, pontuou. No momento atual, ao comparecerem nos bancos de sangue, os doadores seguem os cuidados que a pandemia exige, protegem o rosto com máscaras e apresentam-se em horário agendado para evitar aglomerações.
Para doar sangue, os requisitos são:
– Ter entre 16 e 69 anos de idade (menores de 18 anos devem estar autorizados pelos responsáveis e idosos devem ter feito ao menos uma doação antes dos 61 anos);
– Pesar mais de 51 quilos e ter Índice de Massa Corporal maior ou igual a 18,5;
– Não estar utilizando medicamentos;
– Apresentar documento oficial com foto;
– Ao menos seis horas de sono na noite anterior à doação;
– Não ingerir bebida alcoólica nas 12 horas anteriores à doação;
– Não fumar duas horas antes da doação.
Por Mariana Alvarenga, MD
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