Polícia paramilitar da China em Pequim| Foto: AFP
A perseguição aos cristãos está piorando na China, enquanto que as vítimas se sentem menos dispostas falar sobre o assunto, temendo represálias. Segundo a China Aid, organização não governmental baseada nos EUA, autoridades em algumas regiões da China têm ordenado a remoção e destruição de cruzes nas igrejas, além de ameaçar e prender quem organize atividades religiosas em locais não permitidos.
A Radio Free Asia, agência de notícias americana financiada pelo governo dos EUA, relatou que no início deste mês as autoridades do condado de Yongjia, na província de Zhejiang, enviaram um guindaste e quase 100 trabalhadores para remover as cruzes que ficavam no alto de duas igrejas da localidade. Neste fim de semana, a agência reportou uma história semelhante na província chinesa de Anhui. Também há relatos de igrejas que estão sendo transformadas em centros culturais para promover o socialismo, sob a alegação de que elas não possuem registro para funcionar como templos.
Segundo informou a China Aid, religiosos que pregam suas crenças na rua estão sujeitos à prisão administrativa, E os que de fato são detidos, depois de liberados recusam-se a falar sobre o que os levou à prisão, temendo represálias.
A revista Bitter Winter, publicada pelo Centro Studi sulle Nuove Religioni, também relatou o aumento da perseguição aos cristãos, especialmente os que estão recebendo ajuda do governo. Um membro de uma igreja na província de Shanxi disse à publicação que as autoridades locais tiraram um calendário com uma imagem de Jesus da sua casa e colocaram no lugar um retrato de Mao Tsé-Tung. "As famílias religiosas empobrecidas devem obedecer ao Partido Comunista pelo dinheiro que recebem", teria dito o funcionário que o repreendeu, segundo relato do religioso.
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