Estadão Conteúdo
A Agência Nacional de Mineração (ANM) apreendeu ontem 70 mil toneladas de minério de manganês no Porto de Vila do Conde, principal porto de exportação do Pará, localizado no município de Bacarena. O material apreendido foi avaliado em R$ 60 milhões, informou a agência há pouco em comunicado divulgado para a imprensa. "Esta é uma ação da ANM em uma operação contra o manganês ilegal dentro das faixas de servidão da linha de transmissão da usina hidrelétrica de Belo Monte. Essa atividade ilegal coloca em risco as torres da usina e estamos com operações de inteligência junto com a Polícia Federal para combatê-la", disse o diretor da ANM, Eduardo Leão, na nota.
Segundo a agência, a carga seria exportada para a China e estava sendo extraída no sul do Pará de forma ilegal. A ANM afirma que foram expedido quatro autos de apreensão de minério de manganês ilegal. Os lotes eram das empresas Sigma Extração de Metais(37 mil toneladas), Timbro (SC) Comércio Exterior (18 mil toneladas), RMB Manganês (3 mil toneladas) e Chin Vest Comércio Importação e Exportação (12 mil toneladas). "Nenhuma possui autorização de extração para manganês. As empresas vão ser processadas e o material será disponibilizado em leilão", diz a ANM.
A agência esclarece que a Timbro tinha autorização para garimpo e o manganês não pode ser lavrado por garimpo. Já a RMB pediu renovação de título minerário, que ainda não foi concedido pela ANM. A Sigma e a Chin Vest expediram nota fiscal do estado de Goiás, mas não há registros de entrada do material no Pará, o que caracteriza que a lavra estava sendo feita no estado paraense, de acordo com a ANM.
O minério de manganês é utilizado fabricação de ligas metálicas, combinado, especialmente com o ferro, na produção de aço. De acordo com dados da ANM, a grande maioria da exportação deste tipo de minério vai para o mercado chinês.
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