ÍNDIA: Dassault, fabricante de Rafale, violou acordo de compensação

Por Giordani - O CAG (Comptroller and Auditor General – Controlador e Auditor Geral) do governo indiano criticou fortemente a Dassault Aviation, fabricante do caça Rafale, por não cumprir com os compromissos de compensação no setor de defesa.

O CAG emitiu uma publicação intitulada “Relatório de Auditoria de Desempenho do CAG sobre Gerenciamento de Compensação de Defesa”, apontando que a fabricante francesa de caças e a MBDA, contratada para fornecer os armamentos do Rafale, ainda não cumpriram 30% de suas obrigações de compensação.

A Índia já recebeu cinco caças Rafale referentes ao primeiro lote. Eles foram formalmente integrados à Força Aérea da Índia (Indian Air Force – IAF) no dia 10 de setembro.  

O valor do negócio do Rafale é de quase US$ 9 bilhões e o partido de oposição ao governo no Congresso criticou a atual administração pelo que alegou serem “irregularidades no negócio dos caças”.

“Em muitos casos, descobriu-se que os fornecedores estrangeiros assumiram vários compromissos de compensação para se qualificar para o contrato de fornecimento principal, mas, posteriormente, não estavam empenhados em cumprir esses compromissos”, disse o CAG em seu relatório.

Por exemplo, “no contrato de compensação 4 relativo a 36 Aeronaves de Combate Multifuncionais Médias (Medium Multi Role Combat Aircraft – MMRCA), os fornecedores Dassault Aviation e MBDA propuseram inicialmente (setembro de 2015) cumprir 30% de sua obrigação de compensação, oferecendo alta tecnologia ao país. Mas eles não confirmaram a transferência de tecnologia até agora”, observou.

O DRDO (Defence Research and Development Organisation) desejava obter assistência técnica para o desenvolvimento do motor de fabricação nacional Kaveri, destinado ao caça leve de fabricação 100% indiano Tejas. Até a data, o fornecedor não confirmou a transferência desta tecnologia.

De acordo com o acordo, a empresa tem que investir 50% do valor do negócio na Índia como obrigações de compensação.

O Auditor acrescentou que, tendo em vista o fato de que a política de compensação não produziu os resultados desejados, o governo precisa revisar a política e sua implementação. “É preciso identificar as restrições enfrentadas e encontrar soluções para superá-las“, acrescentou o CAG.

FONTE: India Sentinels

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