7 de out. de 2020

AEB participa de reunião virtual de alto nível do ISECG

EVENTO REUNIU REPRESENTANTES DE 23 AGÊNCIAS ESPACIAIS PARA PROMOVER A COORDENAÇÃO NA EXPLORAÇÃO DA LUA E DE MARTE

A Agência Espacial Brasileira (AEB) participou da sua primeira reunião de alto nível no Grupo Internacional de Coordenação da Exploração do Espaço (ISECG) logo após a sua filiação a essa iniciativa. O evento, realizado virtualmente em 9 de setembro, reuniu representantes de 23 agências espaciais e teve por objetivo promover a coordenação de esforços para a exploração espacial da Lua e de Marte.

Durante a reunião, além das boas-vindas à AEB e à Agência Espacial da Tailândia (GISTDA), os mais recentes membros do Grupo, ocorreram debates e atualizações por meio dos gestores seniores de cada agência espacial sobre os benefícios da cooperação e coordenação internacional para o avanço de uma agenda sustentável de exploração do espaço. Na oportunidade, foram feitas menções elogiosas ao recém-publicado “Suplemento do Roteiro Global de Exploração – Atualização do Cenário de Exploração da Superfície Lunar”, que consigna os recentes avanços na área e identifica as diversas atividades internacionais para o futuro.O Suplemento do Roteiro Global de Exploração, além de contemplar diversas missões internacionais previstas para os próximos anos, possibilita que a indústria, a academia e os diversos centros de pesquisa brasileiros identifiquem oportunidades de contribuição considerando suas capacitações em tecnologias espaciais.

Parcerias e oportunidades de negócio

Representada pelo Chefe da Assessoria de Cooperação Internacional (ACI), Alessandro Carvalho, a AEB reiterou sua intenção de participar ativamente dos trabalhos desenvolvidos pelo ISECG e buscar novas oportunidades de cooperação com demais atores do setor que compartilhem objetivos similares de exploração espacial.

Em seu discurso, Carvalho pontuou que o “rápido desenvolvimento tecnológico tem melhorado o desempenho dos projetos espaciais, reduzindo seus custos e possibilitando múltiplas abordagens”. Acrescentou que a queda do custo de entrada no espaço capacitou mais atores, principalmente do setor privado, o que resultou em mais investimentos, novos verticais industriais e oportunidades de negócios, além de maior inclinação para cooperação e parcerias internacionais.

Apoio à diversidade

Deliberou-se, por fim, que o ISECG irá renovar os esforços para garantir a diversidade do grupo, apoiando a participação de países com programas espaciais emergentes e identificando agendas comuns. Os membros também sublinharam a importância de se estabelecer canais de diálogo eficientes de modo a transmitir os inúmeros benefícios científicos, econômicos e sociais da exploração espacial.

Além da AEB, participaram do encontro virtual representantes da Alemanha (DLR), Austrália (ASA/CSIRO), Canadá (CSA), China (CNSA), Coreia do Sul (KARI), Emirados Árabes Unidos (UAE SA), Estados Unidos (NASA), França (CNES), Índia (ISRO), Itália (ASI), Japão (JAXA), Luxemburgo (LSA), Noruega (NOSA), Polônia (POLSA), Reino Unido (UKSA), Romênia (ROSA), Rússia (Roscosmos), Suíça (SSO), Ucrânia (SSAU) e Tailândia (GISTDA). Durante o evento, a presidência do ISECG foi transferida da JAXA para a CSA.

Ao integrar o ISECG, a AEB busca ampliar as possibilidades de inserção da indústria e da academia nacional atuantes no Setor Espacial, por meio de suas soluções e produtos voltados às atividades espaciais. Há a expectativa inicial de que o Brasil possa integrar missões à Lua, através de contribuições no desenvolvimento de uma sonda lunar com um parceiro internacional, além do desenvolvimento de um rover lunar, o qual deverá integrar um dos programas ativos das agências componentes do ISECG. Propostas sobre estas novas atividades já foram apresentadas no âmbito do Governo Federal e encontram-se em análise.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Atenção:
Comentários ofensivos a mim ou qualquer outra pessoa não serão aceitos.