São elas Emmanuelle Charpentier, da França, e Jennifer Doudna, dos EUA
Niklas Pollar* - Repórter da Reuters - Estocolmo
"Emmanuelle Charpentier e Jennifer A. Doudna descobriram uma das principais ferramentas da tecnologia genética: a tesoura genética CRISPR/Cas9", disse a Real Academia ao anunciar o prêmio de 10 milhões de coroas suecas, o equivalente a US$ 1,1 milhão.
"Essa tecnologia teve um impacto revolucionário na vida das ciências, está contribuindo com novas terapias para o câncer e pode tornar realidade o sonho de curar doenças hereditárias."
Charpentier, que é francesa, e Doudna, norte-americana, se tornaram a sexta e a sétima mulheres a vencerem um Nobel de Química, se juntando a nomes como Marie Curie, que venceu em 1911, e mais recentemente Frances Arnold, em 2019.
Mantendo a tradição, o prêmio de Química é o terceiro Nobel anunciado todos os anos, após os de Medicina e de Física.
Os prêmios por conquistas nas áreas de ciências, literatura e paz foram criados e financiados pelo empresário sueco e inventor da dinamite Alfred Nobel e são entregues desde 1901, com o prêmio para a Economia vindo depois.
Como em outras áreas, a pandemia do novo coronavírus reformulou o Nobel deste ano, com eventos tradicionais, como um grande banquete, cancelados ou transformados em online, enquanto as pesquisas sobre a covid-19 - especialmente a busca por uma vacina - dominaram os holofotes científicos.
* Reportagem adicional de Simon Johnson, Anna Ringstrom, Supantha Mukherjee, Colm Fulton e Johannes Hellstrom
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