8 de out. de 2020

Vendas no comércio sobem e têm maior alta para agosto desde 2000

Pesquisa do IBGE aponta que resultado do mês representa quarta alta consecutiva do setor neste ano

Volume de vendas bateu recorde em agosto/Sebastião Moreira/EFE

Giuliana Saringer - As vendas no comércio cresceram em agosto e atingiram o melhor resultado para o mês desde 2000, de acordo com a PMC (Pesquisa Mensal do Comércio), divulgada nesta quinta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

O volume de vendas ficou em 3,4% frente a julho e em 6,1% em comparação a agosto do ano passado. Esta foi a quarta alta consecutiva do indicador em 2020. 

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As vendas acumulam queda de 0,9% no ano e, nos últimos 12 meses, alta de 0,5%. 

O volume de vendas no varejo, em agosto, continuou registrando trajetória positiva, movimento que foi iniciado em maio de 2020, após recordes de queda em março e abril. O gerente da PMC, Cristiano Santos, afirma que o setor registrou o pior resultado em abril. 

“O varejo em abril teve o pior momento, com o indicador se situando 18,7% abaixo do nível de fevereiro, período pré-pandemia. Esses números foram sendo rebatidos nos meses seguintes, até que em agosto o setor ficou 8,9% acima de fevereiro”, afirma. 

Crescimento por setores

Cinco das oito atividades pesquisadas tiveram alta na passagem de julho para agosto, entre elas sos ecidos, vestuário e calçados (30,5%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,4%), móveis e eletrodomésticos (4,6%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,5%) e combustíveis e lubrificantes (1,3%).

Para Santos, o aumento da renda por causa do auxílio emergencial e a alta dos preços também influenciam o resultado do varejo nacional. 

“Os produtos de supermercados têm uma elasticidade alta, um arroz mais caro é substituído por outro mais barato, mas o consumidor continua comprando. Os supermercados continuam próximos da margem, mesmo em queda, não sentem tanta diferença quanto em outras atividades”, afirma Santos.

O gerente da pesquisa diz que o crescimento nas vendas de móveis e eletrodomésticos pode ser consequência da renda extra do auxílio emergencial, utilizada pelas famílias para reposição de produtos antigos.

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