Guilherme Poggio - Os avanços recentes das forças russas na Ucrânia, tanto pelo leste como pelo sul, já colocou nas mãos dos russos boa parte das jazidas de hidrocarbonetos da Ucrânia.
A Ucrânia possui três regiões potencialmente favoráveis à geração de óleo e gás. São elas: Bacia do Mar Negro Crimeana, Bacia do Dneiper-Donetsk e Bacia Carpatiana.
A Rússia já havia tomado a Crimeia em 2014 e deste então passou a controlar as regiões marítimas do Mar Negro que possuem considerável potencial para óleo e gás, principalmente em águas mais profundas. A Bacia do Mar Negro Crimeana, ao sul/sudoeste da Crimeia, é a mais promissora das áreas offshore da região (ver mapa abaixo).
Bacia Dneiper-Dontesk
Ao longo de um eixo sudeste-noroeste, na Ucrânia Oriental, existe uma extensa bacia sedimentar conhecida como Bacia do Dneiper-Donetsk. A bacia se estende para norte, dentro do território bielorrusso, e para oeste, no interior de Rússia. Essa bacia já possui diversos campos de óleo e principalmente gás em atividade e outros prospectos bastante promissores como o Bloco de Yuzovsky. Este bloco havia sido concedido pelo governo ucraniano a grupos ocidentais para exploração, mas com a guerra civil na região de Donetsk, a economia da região sofreu um duro golpe.
A Bacia do Dneiper-Donetsk é a principal região produtora de óleo e gás do país, respondendo por mais de 80% da produção ucraniana.
A invasão russa iniciada no dia 24 de fevereiro teve como um dos seus principais eixos de avanço, o movimento de tropas a partir da região de Belgorod (Rússia). Após uma semana de conflitos, essas tropas já ocupam boa parte do oeste da Ucrânia, incluindo as regiões das cidades de Kharkiv (ou Carcóvia), Sumy e norte de Donetsk. Estima-se que boa parte dos campos produtores da Bacia Dneiper-Donetsk já estejam nas mão das tropas russas.
Bacia Carpatiana
A Bacia Carpatiana está localizada à oeste da Ucrânia, junto à fronteira com a Romênia, Hungria, Eslováquia e Polônia. Grandes investimentos internacionais estavam programados para a região, principalmente no campo de Olesska. Mesmo distante do conflito que começou em 2014, muitos investimentos estrangeiros programados para esta região deixaram o país.
Imagens do “Energy Consulting Group”
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