30 de set. de 2022

Desemprego cai para 8,9% em trimestre encerrado em agosto, diz IBGE

Número de trabalhadores desocupados atingiu 9,7 milhões


Cristina Indio do Brasil - O desemprego no Brasil diminuiu para 8,9% com a queda de 0,9 ponto percentual registrada no trimestre encerrado em agosto, em comparação com o período anterior, terminado em maio.

O percentual é o menor patamar desde o trimestre encerrado em julho de 2015, quando atingiu 8,7%. O contingente de pessoas ocupadas ficou em 99 milhões, batendo novamente o recorde na série histórica, iniciada em 2012. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, foram divulgados hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O percentual de pessoas ocupadas em idade de trabalhar, que representa o nível de ocupação, foi estimado em 57,1%. O resultado significa avanço em relação ao trimestre anterior. Naquele período o nível de ocupação ficou em 56,4%. Ficou também acima do mesmo período do ano passado, quando registrou 53,4%.

Para a coordenadora da Pnad, Adriana Beringuy, o mercado de trabalho mostra recuperação. “O mercado de trabalho segue a tendência demonstrada no mês passado, continuando o fluxo que ocorre ao longo do ano, de recuperação”, observou.

De acordo com a pesquisa, três atividades contribuíram para o recuo do desemprego em agosto com aumento da ocupação. O setor de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas teve alta de 3% em relação ao trimestre anterior, adicionando 566 mil pessoas ao mercado de trabalho.

O crescimento de 2,9% em administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais representou mais 488 mil pessoas empregadas, enquanto a alta de 4,1% no grupo outros serviços significou a entrada de 211 mil pessoas.

Evolução

O número de trabalhadores desocupados atingiu 9,7 milhões de pessoas e caiu ao menor nível desde novembro de 2015. Segundo a pesquisa, o resultado corresponde a uma queda de 8,8% ou menos 937 mil vagas formais na comparação trimestral e queda e 30,1%, (menos 4,2 milhões de trabalhadores), na comparação com o mesmo período do ano passado.

O contingente de empregados sem carteira assinada no setor privado chegou a 13,2 milhões de pessoas. O número é o maior da série histórica, iniciada em 2012. Na comparação com o trimestre passado, houve alta de 2,8% no trimestre ou mais 355 mil trabalhadores sem carteira assinada. Na comparação anual, houve alta de 16% na informalidade - 1,8 milhão de pessoas.

Já o total de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, sem contar os trabalhadores domésticos, subiu 1,1% e atingiu 36 milhões.

O número de trabalhadores por conta própria ficou em 25,9 milhões de pessoas e manteve a estabilidade se comparado ao trimestre anterior. No setor público alta foi de 4,1% e contingente chegou a 12,1 milhões.

A pesquisa indicou ainda que há 4,3 milhões de pessoas (3,8%) que o instituto classifica como desalentada - que gostariam de trabalhar e estariam disponíveis, porém não procuram vagas por achar que não encontrariam. O resultado neste quesito manteve a estabilidade.

Rendimento médio

Após dois anos sem crescimento, pelo segundo mês seguido, o rendimento real habitual registrou alta. Em agosto, o salário médio do trabalhador brasileiro alcançou R$ 2.713. O valor representa um avanço de 3,1% em relação ao trimestre anterior, apesar de mostrar estabilidade na comparação anual.

“Esse crescimento está associado, principalmente, à retração da inflação. Mas a expansão da ocupação com carteira assinada e de empregadores também é fator que colabora”, completou a coordenadora.


Pesquisa

A Pnad Contínua é o principal instrumento para monitorar a força de trabalho brasileira. De acordo com o IBGE, a amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. “Cerca de 2 mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE”, informou.

Por causa da pandemia de covid-19, o IBGE desenvolveu a coleta de informações da pesquisa por telefone a partir de 17 de março de 2020. A volta da coleta de forma presencial ocorreu em julho de 2021.

“É possível confirmar a identidade do entrevistador no site Respondendo ao IBGE ou via Central de atendimento (0800 721 8181), conferindo a matrícula, RG ou CPF do entrevistador, dados que podem ser solicitados pelo informante”, destacou.

Trens de carga geral na Ferrovia do Aço, Minas Gerais

 

No vídeo mostramos a passagem dos trens mais legais que circulam na Ferrovia do Aço, ou seja... os trens de carga geral, na maioria das vezes com grande variedade de cargas e variados tipos de locomotivas. 

Composições que circulam diariamente pela ferrovia com diversas origens e destino, sendo cada vagão ou um número de vagões destinados para algum cliente (X) diferente dos trens de minério que todos os vagões são destinados para o mesmo cliente. 

Vídeos realizados entre as regiões de Ritápolis-MG e Madre de Deus de Minas-MG.

Projeto administrado em parceria com ITA oferece oportunidades a alunos carentes

Objetivo é oferecer educação de qualidade de forma gratuita para jovens em situação de vulnerabilidade socioeconômica

Tenente Carolina Redlich - O Curso Alberto Santos Dumont (CASD) é um projeto administrado por alunos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e demais instituições apoiadoras que, há 25 anos, tem como objetivo oferecer oportunidades para jovens em situação de vulnerabilidade socioeconômica, provendo educação de qualidade de forma gratuita.

No ano de 2002, o então Prefeito de São José dos Campos e Iteano da turma de 1981, Engenheiro Emanuel Fernandes, forneceu o espaço e o subsídio para a construção das instalações que hoje são utilizadas como a sede do projeto. Atualmente, o CASD conta com cerca de 100 professores voluntários e mais de 700 alunos atendidos, somando um total de 4000 aprovações ao longo de sua história.

O curso é dividido em duas categorias, o CASDinho, focado em jovens que entrarão para o 8° ou 9° ano e que cursaram o Ensino Fundamental, inteiramente em escolas públicas; ou particulares, com bolsa de estudo; e o CASDvest, destinado à estudantes de pré-vestibular em situação de vulnerabilidade socioeconômica, que já cursaram o Ensino Médio ou que estão cursando 2º ou 3º ano.

No CASDinho, também são oferecidos cursos de preparação para a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAr) e para olimpíadas científicas, a fim de engajar todos os alunos a imergirem no mundo do conhecimento. As aulas são 100% gratuitas. O material disponibilizado é uma doação do Poliedro, um dos melhores sistemas educacionais do Brasil, com altos índices de aprovação no ITA, que, adicionalmente, oferece bolsas de estudo para os estudantes que mais se destacam no CASD. O Poliedro foi fundado pelo também Iteano Nicolau Sarkis, da turma de 1992.

“Capacitar pessoas para alcançarem oportunidades em instituições de ensino de qualidade é uma iniciativa nobre, de grande impacto social. Educar é transformar as vidas desses jovens, para que possam ser protagonistas de sua própria história e contribuir para o futuro do nosso país, tornando-se agentes de mudança na sociedade”, pontuou o Diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros, que visitou o projeto.

Segundo o Reitor do ITA, Professor Doutor Anderson Ribeiro Correia, o CASD tem a missão de promover a equidade do sistema educacional brasileiro, disseminando valores essenciais, como foco no aluno, solidariedade e excelência. “O ITA é amplamente reconhecido como expoente em suas áreas de atuação por ter continuamente prestado elevada contribuição para a evolução tecnológica e industrial do Brasil. Isso só é possível porque investimos nas pessoas e no poder da educação”, finalizou.

Um sonho Iteano - a história de Mateus de Paula Ribeiro

Joseense de nascimento, Mateus cresceu em um bairro humilde da zona sul de São José dos Campos. Embora pouco instruída, sua mãe sempre valorizou o poder transformador da educação. Em 2010, no 8º ano, participou da VI Jornada Espacial. Nesse evento teve o primeiro contato com o ITA e assim nasceu o sonho de ingressar em uma das mais reconhecidas instituições de ensino do país. Ainda nesse ano, tomou conhecimento do inédito e gratuito curso preparatório, o CASDinho.

Após ser aprovado no processo seletivo, foi aluno do CASDinho, em 2011. “A experiência foi muito diferente de tudo que eu já tinha vivenciado no colégio. Todos partilhavam de um objetivo comum e, indiretamente, percebíamos que a educação é uma ferramenta de transformar vidas. Esse ponto foi constantemente enfatizado por toda equipe de 2011, afinal, se propunham a transformar potencial em movimento. Na época, pude conhecer melhor o ITA durante uma preparação para a Olimpíada de Física. A partir dessas experiências, cursar o ITA tornou-se meu sonho. Todos os professores com quem partilhei essa minha intenção me incentivaram fortemente a perseguir esse objetivo”, relembra Mateus, emocionado.

Mesmo cursando o Ensino Médio em uma escola de qualidade, o sonho de estudar no ITA ainda parecia um pouco distante, entretanto, devido ao bom desempenho em Olimpíadas Científicas e aprovações em outros vestibulares, Mateus seguiu firme em seu propósito, continuou se dedicando inteiramente aos estudos e, em 2015, recebeu a tão sonhada notícia de que havia sido aprovado no ITA, um dos vestibulares mais concorridos do Brasil.

“No ITA, me vi em uma realidade completamente diferente da minha origem. Contemplei a oportunidade de mudar não só a minha vida, mas a de toda a minha família. Durante os cinco anos da graduação me dediquei única e exclusivamente ao curso para assegurar uma vaga na carreira ativa do curso de Engenharia Aeronáutica. Ao final desse ciclo de muito aprendizado e madrugadas em claro, pude atingir esses objetivos. A formatura foi a coroação desses intensos anos de ITA. Ao receber o diploma, a emoção era contagiante, mas quando anunciaram meu nome novamente não pude conter as lágrimas. Aquele garoto de 2011 no CASDinho jamais poderia imaginar que realizaria seu tão ambicioso e distante sonho de se formar no ITA, ainda mais com um desempenho louvável”, finaliza o Tenente Engenheiro Mateus de Paula Ribeiro.

Fotos: Acervo CASD

Área de refúgio em soja registra altos patamares de produtividade

Exclusivas para a prática, variedades proporcionam acima de 100 sacas em algumas regiões

Lavoura de soja. Foto: Max Gazzi/ Canal Rural

Alcançar índices de produtividade acima de 100 sacas de soja por hectare é o sonho de muitos produtores do país. Conseguir um resultado assim, em área de refúgio, parecia algo ainda mais distante.

No entanto, alguns agricultores de importantes polos de produção de soja do país, entre eles Goiás, Paraná e Minas Gerais, conseguiram registrar produtividades médias entre 100 e 111 sacas de soja por hectare na primeira safra comercial, utilizando variedades com a tecnologia Xtend® Refúgio, marca exclusiva para o plantio de áreas de refúgio da nova Plataforma Intacta2 Xtend®, da Bayer.

No Maranhão, nas fazendas pertencentes ao Grupo Samara, as áreas cultivadas com a variedade Xtend Refúgio, na safra 2021/2022, também surpreenderam com uma produtividade média de 97,4 sacas de soja por hectare, mostrando que além de colaborar com as estratégias de manejo de resistência de insetos (MRI) em lavouras que utilizam a tecnologia Bt, a prática é economicamente sustentável.

Para efeitos de comparação, a produtividade média da soja registrada no Maranhão está na casa de 55,5 sacas por hectare, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Alcançar altas produtividades não é uma tarefa fácil e exige muita dedicação e investimento em inovação e sustentabilidade, segundo Marco Samara, diretor da propriedade.

“Meu pai, Jamil João Samara, foi um pioneiro em agricultura mecanizada de sementes em Mato Grosso do Sul e fundador de uma das mais importantes empresas de produção de sementes de Mato Grosso. Ele sempre preconizou a inovação sustentável por onde passou, chegando até aqui no Maranhão. Os resultados que temos registrado comprovam que esse tipo de cuidado e atenção valem a pena.”

Refúgio de alta produção

Foto: Pixabay

Na fazenda, são quase 7 mil hectares cultivados com soja por ano, divididos entre os municípios de São Domingos do Azeitão, Pastos Bons e Carolina, no Maranhão, e o agricultor não abre mão do plantio de áreas de refúgio. A variedade Xtend Refúgio surpreendeu ao chegar próximo a uma produtividade de 100 sacas por hectare, já que o refúgio ocupa 20% destas áreas e tem um rendimento médio já considerado elevado, próximo a 80 sacas.

“Foi o primeiro ano que testamos a variedade, em 1% da área de refúgio da fazenda. Gostamos muito. Na próxima safra ampliaremos para quase 7% da área destinada ao refúgio e, assim, sucessivamente. À medida que o material se solidifica no ranking da fazenda, vai ganhando área, pois além de se mostrar uma excelente ferramenta para refúgio, tem trazido bons resultados e rentabilidade”, conta Marco.

Os resultados obtidos foram tão bons que o Grupo Samara se sagrou campeão na categoria “Refúgio” do Liga i2x, concurso de produtividade criado pela Bayer para reconhecer e premiar os produtores que alcançarem novos patamares de produtividade com a Plataforma Intacta2 Xtend.

Para a safra 2022/23, os produtores terão à disposição mais de 100 variedades de soja posicionadas para as principais regiões produtoras do Brasil, sendo cerca de 20 delas com tecnologia Xtend Refúgio.

Ele ainda destaca que a área de refúgio serve para retardar o desenvolvimento de populações de insetos resistentes às proteínas das culturas Bt, ou seja, esse manejo contribui diretamente para que os agricultores continuem usufruindo os benefícios da tecnologia em longo prazo.

“É uma das boas práticas agronômicas que visam a sustentabilidade do sistema de produção e a proteção da rentabilidade do agricultor, uma vez que atrasa a evolução da resistência dos insetos às proteínas expressas pelas culturas Bt. Ao adotar a área de refúgio, o produtor permite que insetos não resistentes sobrevivam, cruzem com os resistentes e gerem descendentes que continuarão sendo sensíveis à tecnologia”, reforça o gerente técnico de soja da Bayer, Matheus Palhano.

O que considerar ao criar uma área de refúgio

Área de refúgio da soja. Foto: Daniel Popov/ Canal Rural

Um dos primeiros aspectos que o produtor de soja deve considerar é a proporção da área de refúgio em relação ao total da lavoura. A prática consiste em plantar variedades convencionais ou apenas tolerantes a herbicidas em, no mínimo, 20% da área total de soja plantada, respeitando a distância máxima de 800 metros entre as áreas Bt e não Bt.

“Isso é importante uma vez que o cruzamento de insetos suscetíveis com os que têm resistência à tecnologia contribui para manter a frequência sempre baixa das pragas resistentes que venham a se desenvolver. Consequentemente, ajuda a manter a biotecnologia em pleno funcionamento, em longo prazo”, diz Palhano.

Outro ponto de atenção está relacionado ao ciclo da cultura. O gerente técnico de soja da Bayer explica que o ideal é investir em cultivares com ciclo próximo, ou seja, semear a soja Bt e não Bt na mesma época. A eficácia depende, sobretudo, do monitoramento adequado das áreas. Por isso, é importante promover um processo de gestão agrícola com base nas necessidades e características de cada variedade de soja.

Monitoramento na soja

O monitoramento da presença de lagartas deve ocorrer a partir do método tradicional, por meio do chamado pano-de-batida. Isso deve ser feito semanalmente em ambas as áreas. É fundamental garantir que a cultivar esteja protegida, não só das lagartas mencionadas, mas também de outras pragas. Isso vale para o controle de plantas daninhas e uso racional de defensivos agrícolas.

Também é recomendado não usar biológicos compostos de Bacillus thuringiensis (Bt) na área de refúgio, já que eles podem acelerar o processo de resistência às pragas. Por fim, a rotação de culturas e as medidas de Manejo Integrado de Pragas (MIP) devem fazer parte do planejamento de controle.

“Por meio das iniciativas de MIP, como o monitoramento de pragas e manejo pontual com inseticidas, seguindo as recomendações de bula, aliadas ao trabalho genético desenvolvido para variedades de soja não Bt, é possível obter resultados muito positivos”, finaliza Palhano.

Como a agricultura digital pode ajudar no refúgio?

Através de informações e recomendações, a plataforma de agricultura digital Climate FieldView™ apoia o produtor em diversas tomadas de decisão na propriedade, inclusive sobre onde implementar a área de refúgio estruturado no talhão. Com a tecnologia, fica mais fácil determinar a porcentagem de sementes utilizadas e a distância entre os talhões Bt e não-Bt que deverão ser plantados.

Por meio de imagens de satélite capturadas ao longo de toda safra, é possível acompanhar o desenvolvimento da cultura, tanto da soja Bt, quanto da soja da área de refúgio. Esta solução permite monitorar a incidência de pragas, avaliar se a população de plantas está adequada e, ao final do ciclo, calcular a produtividade linha a linha plantada. Assim, o produtor terá condições de entender a performance de cada variedade e de cada talhão da lavoura.

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Transplante de fígado passa a integrar lista da ANS

Procedimento terá cobertura obrigatória por planos de saúde


Alana Gandra - O transplante de fígado para o tratamento de pacientes com doença hepática, contemplados com a disponibilização do órgão por meio de fila única do Sistema Único de Saúde (SUS), passará a ter cobertura obrigatória pelos planos de saúde.

A decisão foi anunciada hoje (30) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e passará a integrar o rol da agência a partir de sua publicação no Diário Oficial da União (DOU), prevista para segunda-feira (3).

A Diretoria Colegiada da ANS aprovou também nesta sexta-feira a inclusão do medicamento Regorafenibe, para o tratamento de pacientes com câncer colorretal avançado ou metastático, no rol de procedimentos e eventos em saúde.

De acordo com a ANS, as tecnologias cumpriram os requisitos previstos em norma e passaram por todo o processo de avaliação e incorporação após serem apresentadas por meio do FormRol, o processo continuado de avaliação da agência, cuja análise é baseada em avaliação de tecnologias em saúde. Trata-se de um sistema de excelência que prima pela saúde baseada em evidências.

As tecnologias também discutidas em reuniões técnicas da Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar (Cosaúde), realizadas entre junho e setembro deste ano, com ampla participação social.

Ajustes

Para assegurar cobertura aos procedimentos vinculados ao transplante hepático, foram realizados ajustes ao Anexo I do Rol, que traz a listagem dos procedimentos cobertos, incluídos procedimentos para o acompanhamento clínico ambulatorial e para o período de internação do paciente, bem como os testes para detecção quantitativa por PCR (proteína C reativa) do citomegalovírus e vírus Epstein Barr.

As reuniões técnicas da Cosaúde contaram com representantes do Ministério da Saúde e da Central Nacional de Transplantes, visando assegurar que o transplante seguirá sua cobertura conforme a situação do paciente na fila única nacional gerida pelo SUS e de acordo com os processos definidos pelo Sistema Nacional de Transplantes.

Outros medicamentos

A diretoria da ANS aprovou ainda a inclusão de outros quatro medicamentos no rol de procedimentos. Trata-se de antifúngicos que podem ter uso sob regime de administração injetável ambulatorial e que possibilitam a desospitalização de pacientes em um contexto de aumento de micoses profundas graves como resultado da pandemia de covid-19.

Os medicamentos são Voriconazol, para pacientes com aspergilose invasiva; Anfotericina B lipossomal, para tratamento da mucormicose na forma rino-órbito-cerebral; Isavuconazol, para tratamento em pacientes com mucormicose; e Anidulafungina, para o tratamento de candidemia e outras formas de candidíase invasiva.

A ANS destacou que esta é a 13ª atualização do rol em 2022. Somente este ano, foram incorporados à lista de coberturas obrigatórias 12 procedimentos e 25 medicamentos, bem como ampliações importantes para pacientes com transtornos de desenvolvimento global, como o transtorno do espectro autista, além do fim dos limites para consultas e sessões de psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e fisioterapia, desde que sob indicação médica.

29 de set. de 2022

BRASIL: Preço do querosene de aviação cai 0,84% a partir de sábado

É a terceira queda seguida no preço de venda para distribuidoras



Fernando Valduga - Os preços do querosene de aviação (QAV) terão redução de 0,84% nos valores de venda para as distribuidoras a partir do próximo sábado (1º). A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 28, pela Petrobras.

Esta é a terceira queda seguida nos preços do combustível. Em setembro houve queda de 10,4% e no mês anterior, em agosto, o recuo foi de 2,6%.

Segundo a companhia, a prática dos últimos 20 anos indica que os ajustes de preços de QAV são mensais e definidos por meio de fórmula contratual negociada com as distribuidoras.

“Os preços de venda do QAV da Petrobras para as companhias distribuidoras buscam equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor do produto e da taxa de câmbio, para cima e para baixo, com reajustes aplicados em base mensal, mitigando a volatilidade diária das cotações internacionais e do câmbio”.

Aeronave é reabastecida com QAv. (Foto: Tony Winston / Agência Brasil)

A Petrobras comercializa o QAV produzido em suas refinarias ou importado apenas para as distribuidoras. Cabe às distribuidoras transportarem e comercializarem o produto para as empresas de transporte aéreo e outros consumidores finais nos aeroportos, ou para os revendedores. “Distribuidoras e revendedores são os responsáveis pelas instalações nos aeroportos e pelos serviços de abastecimento”, completou.

“Importante ressaltar que o mercado brasileiro é aberto à livre concorrência e não existem restrições legais, regulatórias ou logísticas para que outras empresas atuem como produtores ou importadores de QAV”, destacou a estatal.

Informações adicionais sobre os preços de venda da Petrobras podem ser acessadas no site da companhia. “Conforme regulação da ANP, os novos preços de QAV estarão disponíveis nesse site a partir de 1º de outubro, data de início de vigência”, concluiu.

CVT-E realiza primeira edição da “Semana Espacial”

Ação levou conhecimento sobre temática espacial para a população local


A Agência Espacial Brasileira (AEB), por meio do Centro Vocacional Tecnológico Espacial Augusto Severo (CVT-E), realizou, entre os dias 19 e 23 de setembro, a “Semana Espacial CVT-E 2022”. A ação, que recebeu um público diversificado e abordou diversos temas ligados à área espacial, foi realizada nas instalações do próprio CVT-E, que integra a Unidade Regional da AEB no Rio Grande do Norte e está localizado no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), em Parnamirim/RN.

Cada dia, de acordo com a programação, contou com a parceria de uma instituição local que atua com a temática espacial. Além de divulgar as diversas áreas ligadas ao setor, a ação também teve como objetivo estimular o interesse pelo tema e capacitar a população, por meio de palestras e oficinas direcionadas à comunidade estudantil do ensino fundamental, ensino médio, universitário, professores do Rio Grande do Norte e regiões próximas. Ao todo, a Semana Espacial CVT-E 2022 alcançou mais de 400 participantes em todos os dias do evento.

O Workshop de Satélites (19), que teve foco o público universitário, aconteceu em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) de Natal e São José dos Campos. As palestras abordaram os seguintes temas: Engenharia de Sistemas para Pequenos Satélites, CONASAT - Constelação de Nanossatélites para Coleta de Dados e EMMN - Estação MultiMissão de Natal. A atividade prática foi de Classificação de Uso e Cobertura da Terra em imagens de satélite usando Redes Neurais Convolucionais.

O Dia Espacial (20) teve como parceiros o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN Campus Parnamirim) e a Secretaria Municipal de Educação de Parnamirim (SEMEC). Foi direcionado a alunos do ensino fundamental II. Durante o dia, foram ministradas palestras com os temas foguetes, satélites e Astronomia, além da realização de sessões de planetário e das oficinas práticas "Construindo um Rover" e "Integrando CubeSat."

Já o Workshop de Foguetes (21), destinado ao público do ensino médio e universitário, foi realizado em parceria com o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI). Os participantes tiveram a oportunidade de adquirir conhecimento sobre os centros de lançamentos brasileiros, a importância do CLBI no cenário nacional e internacional, segurança em lançamentos, rastreio/estação Natal e trajetografia. A convite do diretor do CLBI, puderam acompanhar um lançamento ao vivo de um foguete, proveniente da Operação Natal XLIV, realizado pelo Centro de Lançamento considerado o berço do Programa Espacial Brasileiro. 

Professores das redes pública, privada e entusiastas, participaram do Workshop sobre Astronomia (22), realizado em parceria com a Associação Norte-Riograndense de Astronomia (ANRA). Foram abordados temas como: Apresentação de Pálido Ponto Azul, Estações do Ano e a Órbita da Terra em Torno do Sol (Um episódio na vida de Joaozinho da Maré), O Planetário e a Educação, Astrofotografia, Instrumentos de Observação do Céu, além de uma atividade prática de observação, com uso de telescópios levados por participantes, palestrantes e pela equipe do CVT-Espacial.

“A Semana Espacial foi extremamente importante para as equipes da Regional do Rio Grande do Norte, do CVT-E e da AEB, principalmente para darmos continuidade no desenvolvimento dos nossos programas educacionais. Foi uma atividade sequencial, com vários públicos e temáticas diferentes, e serviu de teste para a nossa capacidade e para a receptividade da comunidade com relação a cada um dos temas”, explica o coordenador da Unidade Regional de Natal/RN, Danilo Sakay.








IGP-M cai 0,95% em setembro, diz FGV

Queda nos preços de commodities e combustíveis influenciam resultado


Ana Cristina Campos - O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), considerado a inflação do aluguel, caiu 0,95% em setembro, após queda de 0,70% no mês anterior. Com o resultado, o índice acumula alta de 6,61% no ano e de 8,25% em 12 meses. Em setembro de 2021, o índice havia caído 0,64% e acumulava alta de 24,86% em 12 meses.

Os dados foram divulgados hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 1,27% em setembro, após queda 0,71% em agosto. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais caiu 0,39% em setembro. No mês anterior, a taxa do grupo havia sido de -0,73%.

Segundo o levantamento, a principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de -1,07% para -0,04%, no mesmo período. O índice relativo a bens finais, que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,20% em setembro, ante -0,12% no mês anterior.

De acordo com o coordenador dos Índices de Preços do Ibre/FGV, André Braz, as quedas registradas nos preços de commodities e combustíveis continuam influenciando o resultado.

“O preço do minério de ferro caiu 4,81%, ante queda de 5,76% na última apuração. Já os preços do diesel (de -2,97% para -4,82%) e da gasolina (de -8,23% para -9,18%) recuaram ainda mais em setembro. No âmbito do consumidor, a inflação ficou menos negativa, acelerando de -1,18% em agosto para -0,08% em setembro. O setor serviços contribuiu para tal movimento, com destaque para passagem aérea (27,61%), aluguel residencial (1,42%) e plano e seguro de saúde (1,15%)”, afirmou, em nota, André Braz.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -0,76% em agosto para -1,47% em setembro. Segundo a FGV, o principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de -1,55% para -5,82%. O índice de Bens Intermediários, obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,43% em setembro, após variar -0,57% em agosto.

O estágio das Matérias Primas Brutas caiu 1,84% em setembro, após queda de 0,63% em agosto. “Contribuíram para intensificar a taxa negativa do grupo os seguintes itens: leite in natura (12,59% para -6,72%), bovinos (-2,01% para -4,06%) e cana-de-açúcar (0,41% para -0,72%). Em sentido oposto, destacam-se os itens milho em grão (-1,54% para 1,07%), minério de ferro (-5,76% para -4,81%) e algodão em caroço (-4,43% para 3,95%)”, diz o Ibre/FGV.

IPC

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou -0,08% em setembro, após queda de 1,18% em agosto. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação (-3,07% para 4,47%). “Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item passagem aérea, cuja taxa passou de –17,32% em agosto para 27,61% em setembro”, informou o estudo.

Também tiveram acréscimo em suas taxas de variação os grupos transportes (-4,84% para -2,93%), habitação (-0,31% para 0,21%), vestuário (0,20% para 0,57%), comunicação (-0,83% para -0,54%) e saúde e cuidados pessoais (0,67% para 0,72%). Nestas classes de despesa, o estudo destaca os seguintes itens: gasolina (-15,14% para -9,46%), tarifa de eletricidade residencial (-3,32% para -0,87%), calçados (-0,17% para 0,87%), tarifa de telefone móvel (-2,40% para -0,35%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (1,07% para 1,24%).

Em contrapartida, os grupos alimentação (0,44% para -0,34%) e despesas diversas (0,36% para 0,08%) registraram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, a pesquisa ressalta os seguintes itens: laticínios (6,45% para -3,82%) e cigarros (2,55% para 0,90%).

INCC

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,10% em setembro, ante 0,33% em agosto. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de agosto para setembro: materiais e equipamentos (0,03% para -0,14%), serviços (0,68% para 0,34%) e mão de obra (0,54% para 0,26%). 

Bolsonaro é ovacionado no nordeste!

 

Marinha fortalece Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul

Em entrevista, o Comandante de Operações Marítimas e Proteção da Amazônia Azul enfatiza a importância e consolidação do sistema


 Capitão-Tenente (RM2-T) Luciano Franklin de Carvalho - Brasília, DFCom o reaparecimento de resíduos de óleo em algumas praias do nordeste neste mês de setembro, medidas vêm sendo adotadas para análise desses fragmentos, assim como para ampliação do combate à poluição hídrica na costa do Brasil. Nesse sentido, o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz), desenvolvido pela Marinha do Brasil (MB) é uma das principais ferramentas para o monitoramento e proteção das Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB). 

Em entrevista à Agência Marinha de Notícias, o Comandante do COMPAAZ - Comando de Operações Marítimas e Proteção da Amazônia Azul, Contra-Almirante Gustavo Calero Garriga Pires, fala das capacidades do sistema e da integração com outros programas de monitoramento. Com sede no Rio de Janeiro (RJ), a organização militar é o órgão central para essa fiscalização e pode ser também classificada como uma organização interagências, com a colaboração de diferentes órgãos como a Polícia Federal, Receita Federal, Ibama e ICMBio. 

Como funciona o SisGAAz?Almirante Garriga: O SisGAAz integra equipamentos e sistemas compostos por radares localizados em terra, aeronaves e embarcações, além de câmeras de alta resolução e capacidades como o fusionamento de informações recebidas de sistemas colaborativos. Entre essas integrações, destacam-se o Sistema de Monitoramento Marítimo de Apoio às Atividades de Petróleo, o SIMMAP, o Sistema de Identificação e Acompanhamento de Navios a Longa Distância (LRIT) e o Programa Nacional de Rastreamento de Embarcações Pesqueiras por Satélite (PREPS). Todos esses sistemas são baseados em rastreamento de posição por via satélite. Os dados captados de GPS são transmitidos por meio de comunicação satelital para centrais de rastreamento e, no futuro, haverá a incorporação de sensores acústicos aos sites de monitoramento.

O SisGAAz facilita o planejamento das operações e reduz custos, principalmente nas áreas a serem fiscalizadas e patrulhadas, onde envolve o deslocamento de pessoal. A capacidade obtida com sua implementação permite que as infrações ambientais, como a poluição que atingiu o litoral nordestino, por exemplo, sejam mitigadas por meio de ações de pronta resposta, inteligência e dissuasão.

Que medidas a Marinha vem adotando em relação à poluição hídrica?Almirante Garriga: A Marinha tem investido no SisGAAz, programa estratégico da Força, indispensável também para a prevenção e repressão à poluição hídrica. Em se tratando do óleo, foi criada, em 2020, uma Comissão Técnico-científica para o Assessoramento e Apoio das Atividades de Monitoramento e Neutralização dos Impactos Decorrentes da Poluição Marinha por Óleo e Outros Poluentes na Amazônia Azul ‒ a ComTecPolÓleo. 

Decorrente dos trabalhos da comissão, foi estabelecido um sistema multiusuário para a detecção, prevenção e monitoramento de óleo no mar, resultado de uma integração de projetos e iniciativas fomentadas pela Marinha e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A parceria permitiu o incremento na área de formação de pessoal, mediante a concessão de bolsas e demais despesas que facilitem a mobilização do pessoal envolvido no futuro sistema.

A Marinha também participa do Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), que passou a ser um órgão colegiado de caráter permanente, composto também por representantes do IBAMA e da Agência Nacional de Petróleo, no contexto do Plano Nacional de Contingência. Além disso, têm sido executadas diversas ações, por meio de seus Grupamentos, Capitanias dos Portos, Delegacias e Agências, dentre as quais destacam-se as Inspeções Navais e as Patrulhas Navais. O COMPAAz e os Centros Regionais e Locais de Segurança Marítima ou Fluvial realizam análises das informações do tráfego marítimo com o monitoramento dos navios que passaram por nossas Águas Jurisdicionais. 

Qual é a responsabilidade da Marinha no combate às manchas de óleo?Almirante Garriga: Cabe a Marinha, como Autoridade Marítima Brasileira, ser a responsável pela segurança da navegação aquaviária, pela salvaguarda da vida humana e pela prevenção da poluição ambiental, assim como implementar e fiscalizar o cumprimento de leis e regulamentos, no mar e nas águas interiores. A Força atua em coordenação com outros órgãos do Poder Executivo, federal ou estadual, quando se fizer necessária, em razão de competências específicas.


Quais são as lições aprendidas no caso do aparecimento de óleo, em 2019?Almirante Garriga: São várias as lições, como por exemplo a importância do desenvolvimento do monitoramento dentro SISGAAz. Entretanto, gostaria de ressaltar uma outra lição advinda desse episódio: a relevância do envolvimento da comunidade científica para orientar as ações de resposta ao incidente. Observamos que, após o enfrentamento do derramamento de óleo em 2019, o investimento em pesquisa oceânica contribuiu, significativamente, para a atuação da Autoridade Marítima e dos órgãos federais de meio ambiente. Nesse sentido, a ComTecPolÓleo busca preencher esse vácuo, por meio de uma articulação inclusiva junto ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, institutos de pesquisa, universidades e órgãos ambientais. 

O derramamento de óleo, em 2019, demonstrou que essas ameaças precisam ser mais bem compreendidas e enfrentadas pela sociedade brasileira. Exemplifica-se essa evolução com as ações desenvolvidas pelas autoridades estaduais e municipais do Ceará, com o apoio da Marinha e dos órgãos ambientais da esfera federal. Vislumbrou-se, também, a necessidade de dotar o País de uma legislação nacional que contribua para o monitoramento da Amazônia Azul. Nesse sentido, foram promovidas alterações em Normas da Autoridade Marítima para exigir que os navios nacionais e estrangeiros, em trânsito, operação e permanência na Amazônia Azul e na Área de Busca e Salvamento Marítimo, área SAR brasileira, operem permanentemente com equipamentos de identificação automática. 

A revisão do Plano Nacional de Contingência, contemplada pelo Decreto nº 10.950/2022, contribui no aumento da capacidade de resposta e contempla a participação de diversos órgãos do Poder Executivo Federal por meio da rede de atuação integrada. De forma a melhor proteger a Amazônia Azul, é necessária a aquisição de novos meios, com o intuito de substituir os que foram retirados de serviço e aqueles que ultrapassaram sua vida útil. 

O que posso dizer é que a Marinha tem atuado, permanentemente, por meio da estrutura da Autoridade Marítima para ampliar, junto com a Comunidade Científica, a participação da Academia, a fim de orientar, assessorar e ampliar as ações de resposta em um eventual incidente. 

Confira também a entrevista do Almirante Garriga ao "Brasil em Pauta" da TV Brasil sobre mais fatores de proteção da Amazônia Azul.

IPCA-15 registra 2º mês seguido de queda dos preços

Custo da alimentação caiu cerca de 0,5%

Indicador analise custo do consumo para famílias com até 40 salários mínimos | Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de setembro fechou em -0,37%. Desse modo, o resultado mostrou queda nos preços. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que calcula o indicador, divulgou o dado nesta terça-feira, 27

“Esta foi a segunda deflação consecutiva do IPCA-15”, informou o IBGE, por meio de nota. “Em agosto, o índice ficou em -0,73%.” O resultado acumulado no trimestre está em -0,97%.

Ao longo de 2012, o indicador acumula alta de 4,63%. Em 12 meses, o número chega 7,96% — ou seja: 1,94 ponto porcentual abaixo dos 9,6% registrados para o mesmo intervalo em 2021. No mês de setembro de 2022, a queda dos preços foi liderada pelos setores de comunicação (-2,74%), transporte (-2,35%) e alimentação e bebidas (-0,47%).

Para calcular o IPCA-15, o IBGE coleta dados com base em uma cesta de consumo típica das famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

Recife (PE) foi a região metropolitana com o melhor resultado para o IPCA-15 de setembro: -0,93%. Na segunda posição, aparece Goiânia (GO): -0,76%. De acordo com a coleta do IBGE, Belém (PA) teve o pior índice: +0,5%.

A Europa vai romper com os Estados Unidos?

 

sakerlatam/Larry Johnson - Recebi ótimas perguntas de um leitor alemão que também é jornalista. Ele perguntou: “Qual seria o caminho e quais seriam as implicações práticas se a Europa em geral e a Alemanha em particular rompessem com os EUA para encontrar uma paz europeia e uma estrutura econômica incluindo a Rússia? ”

A bajulação covarde demonstrada pela Alemanha, França e o Reino Unido em seu abraço apaixonado do confronto dos Estados Unidos com a Rússia está agora no suporte de vida. Apesar das contínuas ameaças bombásticas de continuar armando a Ucrânia até o colapso da Rússia, a realidade econômica está atingindo os europeus como uma chuva gelada de uma mangueira de incêndio. A inflação rápida, particularmente no setor de energia, está forçando fábricas e empresas a fechar suas operações. A desindustrialização da Europa, especialmente da Alemanha e do Reino Unido, começou. As fábricas de aço alemãs estão fechando, as padarias alemãs estão tentando descobrir como pagar contas de serviços públicos crescentes enquanto ainda fazem pão e pretzels e a fabricante alemã de papel higiênico Hakle GmbH requisitou abertura de processo de insolvência em autoadministração. Se você não tem um bidê ou um balde cheio de areia, o papel higiênico é um item essencial. A espiral inflacionária pode levar ao dia em que seja mais barato limpar sua bunda com uma nota de 100 euros do que três folhas de Hakle.

Assim, a situação econômica em cada um dos países vai criar uma enorme pressão interna para que os respectivos governos europeus, que atualmente estão aplaudindo a Ucrânia e amaldiçoando a Rússia, repensem suas políticas. A guerra Rússia/Ucrânia já criou fissuras significativas entre os membros da UE, com a Hungria se recusando a impor novas sanções à Rússia. Eleitores com frio e famintos ficarão cada vez mais indignados com o envio de milhões de dólares para a Ucrânia, enquanto a privação se multiplica de Berlim a Londres.

A rixa da Europa com a Rússia é enorme e a Rússia não está disposta a perdoar os insultos lançados contra tudo o que é russo, o roubo de recursos financeiros russos e a facilitação da Europa dos ataques terroristas aos novos cidadãos russos dos oblasts de Kherson, Zaporhyzhia, Donetsk e Luhansk. A Rússia detém o trunfo crítico – pode ativar o fluxo de gás e petróleo essenciais para reacender a manufatura e o aquecimento doméstico na Europa. Mas não acho que a Rússia o fará sem um quid pro quo. O que poderia ser isso?

Que tal a Europa romper com a OTAN? Ou, mais simplesmente, o desmembramento da OTAN. Até este ponto, a Europa abraçou a ilusão de que a Rússia não pode funcionar economicamente sem o mercado europeu. Os últimos seis meses da Operação Militar Especial da Rússia provaram que o oposto é verdadeiro – sem os principais recursos da Rússia, a Europa é uma economia morta andando nua em um inverno gelado.

Os dois maiores parceiros comerciais da Europa são a China e os Estados Unidos . A Europa tem um déficit comercial com a China. Se a China exigir o pagamento em dólares, em vez de euros, a pressão inflacionária sobre a Europa aumentará. Por quê? Porque o valor do dólar americano subiu em relação ao euro e à libra esterlina. Eles terão que gastar mais euros para comprar dólares, o que significa que o déficit comercial com a China deve piorar.

A situação com os Estados Unidos é oposta. Os Estados Unidos têm um déficit com a Europa que, por sua vez, teve um superávit. Esse excedente desaparecerá ou, no mínimo, diminuirá drasticamente. A capacidade da Alemanha de exportar produtos para os Estados Unidos enfraquecerá por causa do preço do dólar e porque as fábricas européias fecharão ou reduzirão a produção.

Salvo uma reviravolta milagrosa – ou seja, a inflação desaparece e a crise energética se dissipa – a situação na Europa se tornará terrível. A história desse tipo de convulsão econômica está repleta de cadáveres de políticos que insistiram em promover políticas que prejudicam seus eleitores. O fracasso da República de Wiemar da Alemanha abriu caminho para a ascensão de Adolf Hitler ao poder. Não estou sugerindo que um novo Hitler esteja esperando nos bastidores, mas acredito que o poder agora exercido pelos Verdes em toda a Europa será reduzido ou mesmo extinto.

Os Estados Unidos estão enfrentando seu próprio desastre econômico iminente. O colapso do mercado de ações – agora com queda de mais de 20% desde o primeiro dia do ano – provavelmente continuará. Apesar da insistência estridente do governo Biden de que não há recessão, os sinais de recessão estão aumentando, especialmente no mercado imobiliário. Mas a piora do quadro econômico ainda não é suficiente para gerar a pressão política necessária entre o eleitorado propagandeado americano para interromper o envio bilhões para a Ucrânia. Um grande choque de estagflação ou um colapso do exército ucraniano, no entanto, poderia mudar esse cálculo.

Os Estados Unidos e a Europa estão jogando um jogo de pôquer de alto risco com a Rússia. Eles apostaram todas as suas fichas que a Ucrânia vai derrotar a Rússia ou forçar a Rússia à mesa de negociações e que Putin, de chapéu na mão, vai rastejar de barriga para os mestres ocidentais e implorar por alívio. Isso é insano. Mas há muitos políticos e especialistas que habitam os cantos escuros de Washington que acreditam profundamente nessa fantasia.

A Rússia não joga poker. A Rússia joga xadrez e joga bem. As crescentes relações comerciais e militares da Rússia com China, Irã, Índia e Paquistão, Arábia Saudita e Brasil estão tornando a posição de Putin mais forte, não mais fraca. O eventual colapso da Ucrânia como resultado de uma economia destruída e/ou derrotas no campo de batalha será mais do que um olho roxo para a OTAN e, por extensão, para a Europa. Provavelmente destruiria a razão de ser da OTAN. Isso, por sua vez, lançará as bases para uma reaproximação com a Rússia sem os Estados Unidos.

A era de Colosso dos Estados Unidos está chegando ao fim. Tio Sam não terá mais um bando de Yorkshires, Poodles e Dachshunds europeus latindo na coleira. Acho que estamos no limiar de uma nova ordem internacional multipolar que finalmente destruirá o legado do colonialismo europeu e do imperialismo americano. Como Garland Nixon observou sabiamente, “o General Inverno está em marcha”.

BLADE e Eve anunciam parceria estratégica para expandir ecossistema de mobilidade aérea urbana na Índia

BLADE Índia assina acordo de compra para até 200 eVTOLs da Eve, iniciando com 50.000 horas de voo por ano na região

Projeto piloto será iniciado em uma grande cidade indiana com voos intraurbanos de helicóptero 

NOVA DELHI, Índia, 27 de setembro de 2022: FlyBlade India ("BLADE India"), uma joint-venture entre Hunch Ventures e Blade Air Mobility, Inc. (NASDAQ: BLDE), e a Eve Air Mobility ("Eve") (NYSE: EVEX; EVEXW) anunciaram hoje uma parceria estratégica que inclui um acordo de compra condicional para até 200 aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL ou EVA), serviços e suporte e a solução de software para Gerenciamento de Tráfego Aéreo Urbano ("UATM") da Eve. As empresas também planejam colaborar em um projeto piloto de três meses, conectando passageiros ao aeroporto local usando helicópteros.

A Índia é um mercado único devido à sua grande extensão, questões de acessibilidade, congestionamentos e legislação de trânsito. Por seu pioneirismo no fornecimento de serviços de mobilidade aérea de curta distância na Índia, a BLADE Índia será a parceira da Eve para a criação do ecossistema de Mobilidade Aérea Urbana (UAM) no país. Os dados coletados pela BLADE Índia por meio da operação e da experiência do cliente serão usados para ajudar no desenvolvimento do eVTOL da Eve, de suas soluções de serviço e suporte, e no software de UATM. A BLADE Índia prevê iniciar a operação do eVTOL no país com 50.000 horas de voo por ano.  

"Estima-se que os problemas de congestionamento no trânsito da Índia piorem. Essa parceria nos permitirá aproveitar a vasta experiência da Eve não somente no design do eVTOL, mas também na infraestrutura necessária para apoiar o desenvolvimento da mobilidade aérea urbana," disse Amit Dutta, diretor geral da BLADE Índia.

"Estamos entusiasmados pela parceria com a BLADE India e pelo pioneirismo no mercado de mobilidade aérea urbana do país, que tem potencial para ser um dos maiores mercados do mundo. Esse acordo inicial nos permitirá operar na Índia e desenvolver o ecossistema de acordo com as necessidades da comunidade. Estamos empolgados para oferecer ao povo indiano uma solução de UAM que terá emissão zero, será silenciosa, eficiente e acessível em um futuro próximo," disse André Stein, co-CEO da Eve.

O surgimento da aviação elétrica, com veículos eVTOL, reduzirá significativamente a pegada de carbono, o ruído e o custo de voar, tornando-o mais acessível às massas.


Sobre a Blade

A Blade (NASDAQ: BLDE) é uma plataforma tecnológica de mobilidade aérea urbana comprometida em reduzir atritos de viagens, fornecendo alternativas econômicas de transporte aéreo para algumas das rotas terrestres mais congestionadas nos EUA e no exterior. Hoje, a empresa utiliza predominantemente helicópteros e aeronaves anfíbias, e é também uma das maiores transportadoras aeromédicas de órgãos humanos para transplante do mundo. Seu modelo de ativo leve, juntamente com sua infraestrutura exclusiva de terminal de passageiros, foi projetado para facilitar uma transição perfeita para Aeronaves Elétricas Verticais ("EVA" ou "eVTOL"), permitindo mobilidade aérea de baixo custo para o público, silenciosa e com zero emissões.

Américas vivem momento delicado frente à ameaça da pólio, diz ministro

Tema foi levantado na 30ª Conferência Sanitária Pan-Americana


Paula Laboissière - O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse hoje (26) que as Américas vivem momento delicado frente à ameaça de retorno da poliomielite na região. Ao discursar na 30ª Conferência Sanitária Pan-Americana, ele defendeu a promoção de uma vigilância epidemiológica sensível, que permita a detecção e a investigação de todos os casos de paralisia flácida aguda, quadro relacionado à pólio.

“A inclusão do tema erradicação da poliomielite como item na agenda da 30ª Conferência Sanitária Pan-Americana é crucial para alavancarmos ações imediatas de comunicação sobre os riscos existentes, bem como coordenar esforços”, disse, ao destacar ainda a necessidade de elaboração de um plano de resposta a surtos atualizado, de acordo com procedimentos operacionais previstos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Precisamos ampliar as coberturas vacinais e fortalecer nossos sistemas de vigilância para evitar o risco de reintrodução dessa enfermidade imunoprevenível em nossa região. Precisamos agir agora. Precisamos agir juntos”, finalizou Queiroga.

Campanha no Brasil

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação está em andamento em todo o país e deve ser encerrada na próxima sexta-feira (30). A imunização chegou a ser prorrogada pelo Ministério da Saúde por conta da baixa adesão. As doses estão disponíveis em mais de 40 mil pontos de vacinação. A meta é imunizar 95% do público-alvo, formado por 14,3 milhões de crianças menores de 5 anos.

Crianças de 1 a 4 anos devem receber uma dose da Vacina Oral Poliomielite (VOP), desde que já tenham recebido as três doses da Vacina Inativada Poliomielite (VIP) previstas no esquema básico. Até o último sábado (24), 6 milhões de doses contra a pólio haviam sido aplicadas durante a campanha.

Doença

Também conhecida como paralisia infantil, a poliomielite é uma doença infectocontagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar adultos e crianças por meio do contato direto com fezes ou secreções eliminadas pela boca de pessoas doentes. Nos casos graves, em que acontecem paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos. A vacinação é a única forma de prevenção.