Apenas um remédio teve um aumento médio de mais de 500%
Por Reginaldo Palazzo - Em conversas com tarauacaenses venho notando o número de pessoas que assumem que estão fazendo uso de medicamentos controlados, principalmente antidepressivos.
Longe de eu fazer juízo de valor, primeiro que não sou médico nem psicólogo etc., e muito menos julgo dor e problema dos outros, mas que está acontecendo alguma coisa estranha, está!
O que quero chamar a atenção é que a luz laranja de alerta precisa acender antes que tenham que acender a vermelha.
Obviamente também não estou dizendo para estudar friamente causa e efeito pelo diagrama de Ishikawa, mas no mínimo debater sobre o tema porque já há estudos em relação a isso, como por exemplo, ou de Quillien que ilumina um dos conceitos mais fundamentais da humanidade - causa e efeito - caso contrário, em 20 anos 90% da população vai estar fazendo uso desses medicamentos.
Perguntas
Como disse não sou da ‘área especializada’ por isso não vou me ater a diagnóstico, mas:
Quem está receitando precisa ser especialista no assunto?
Se não for, pode?
Se pode, a dosagem é verificada (controlada), por algum órgão de saúde?
É pra tomar o resto da vida ou tem alternativa?
Vicia?
Uma fonte disse ao blog que há possibilidade de usuários estarem repetindo receita.
Números
Apenas em um ano houve um aumento de mais de 500% de pessoas fazendo uso de apenas um tipo de remédio controlado no município de Tarauacá, mas existem outros.
Estamos falando apenas de medicamentos controlados com maiores saídas mensais da farmácia municipal, não estou nem contando aqui os prescritos na rede particular.
Para se ter uma ideia do que estamos falando vamos dar o exemplo da Amitriptilina de 25mg medicamento controlado que faz parte do grupo de antidepressivos, sendo usado para o tratamento de depressão onde se entregava em setembro/2022 esse medicamento para umas 40 pessoas, hoje em dia 250 pessoas fazem retirada dessa medicação.
Isso só em Tarauacá imagine isso a nível estadual e nacional. Me arrisco a dizer que é um problema mundial.
Lembrando que efeitos colaterais de antidepressivos podem ter impactos profundos e atingir toda a família.
Outros exemplos
Fluoxetina 20mg - início média de 30 pessoas retiravam, hoje em torno de 200 retiram.
Sertralina 50mg - houve em média um aumento de 100 pessoas retirando, em relação ao começo das dispensações.
Risperidona 1mg/ml - em torno de 190 cadastros e retirada.
Nossa sociedade está doente
Nos idos de 2002 lembro-me do Padre Humberto falando em uma missa que nossa sociedade está doente e aquilo não saiu da minha cabeça e venho notando que até hoje esse problema vem se agravando.
Temos outros tipos de remédios que não necessariamente é para depressão ou ansiedade, mas que demonstra que nossa sociedade está adoecendo mais a cada dia e alguma coisa precisa ser feita.
São eles:
Fenobarbital 100mg - No mês de março/23, em média 55 pessoas pegavam a medicação; hoje em torno de 300 fazem a retirada.
Clonazepam 2mg - início 60 pessoas retiravam hoje em média 350 pessoas retiram.
Assunto complicado
Se é geração fraca, influência das redes sociais, falta de dinheiro, futilidade, problema familiar, falta de perspectiva futura, materialismo, falta de like eu não sei, sei que é um assunto complicado, mas se faz mister que seja debatido e enfrentado imediatamente!
Os "problemas atuais" são tantos que já observamos até psicólogo indo parar na mão de psicólogo, sei que não são robôs, mas onde vamos parar se isso continuar? Quem vai cuidar de quem no futuro?
Não tem graça nenhuma
Afaste-se de pessoas que ficam postando cachorrinho tomando rivotril no canudinho, caneca estampada com tarja preta etc., como se fosse uma coisa banal, isso é um assunto sério, elas não te engradecem, cuide do jardim da sua mente, o pensamento que você rega, cresce.
Como escreveu Cora Coralina:
...“E penso que é assim mesmo que a vida se faz: de pedaços de outras gentes que vão se tornando parte da gente também.
E a melhor parte é que nunca estaremos prontos, finalizados...
Haverá sempre um retalho novo para adicionar a alma”.
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