É fundamental tomar cuidados com os cachorros nas piscinas, por mais que saibam nadar
HELENA LOPES/PEXELS
Com as altas temperaturas em todo o Brasil, muitos tutores buscam alternativas para refrescar os seus cachorros. Uma das mais pensadas é levar o animal para curtir um dia na piscina, seja ela improvisada ou não. Mas, afinal, todos os cães sabem nadar 'cachorrinho'? Por incrível que pareça, não. Alguns, inclusive, nem gostam de água.
Em conversa com o RPet, a médica-veterinária Carla Berl, fundadora do Pet Care, diz que é fundamental tomar uma série de cuidados para que nenhum acidente aconteça com os filhos de quatro patas. "Antes de levar o seu pet à piscina, observe se ele tem alguma afinidade com a água. Se ele gostar, fica mais fácil. Caso ele demonstre resistência, calma, saiba que é possível acostumá-lo gradualmente", afirma ela, que ensina alguns truques.
"Coloque uma bacia com uma lâmina de água e alguns brinquedos que o cachorro adore. Adicione tampinhas de garrafa com petiscos ou ração dentro, para estimular a interação. Aos poucos, aumente a quantidade de água, sempre respeitando o ritmo do seu pet", orienta.
Com o tempo, o cachorro vai começar a associar a água a momentos positivos e divertidos. "Toda adaptação deve ser feita com calma e paciência. Se você atirar o seu cachorrinho diretamente na água achando que ele vai nadar por instinto, ele pode se traumatizar e nunca mais querer entrar na piscina", completa Carla.
Segurança do cachorro dentro e fora da piscina
Não se pode esquecer de passar filtro solar nos cachorros HELENA LOPES/PEXELS |
A veterinária Daniela Mol Valle lembra da importância dos filtros solares enquanto o animal curte o tempo ao ar livre. "Serão responsáveis por proteger os pets contra os raios ultravioletas. Os animais mais claros e com menos pelos devem ser mais protegidos de forma constante, até evitando a exposição ao sol", explica.
E, assim como seus tutores, é preciso reforçar o uso após um longo período de exposição solar. "Vale a regra de reaplicação do produto a cada duas ou três horas", afirma Daniela.
Fora isso, é essencial uma rota de fuga para que o cachorro possa entrar e sair da piscina sozinho facilmente, como com uma escadinha. "Isso pode ajudar na hora em que o cansaço bater e em casos de perigo. Se ele não souber como sair, o desespero pode fazer com que ele acabe se afogando", afirma Carla. "Nunca se deve deixar o pet sozinho, por mais que ele saiba nadar bem", acrescenta.
Depois de brincar, dê um banho completo no seu cachorro para remover qualquer resíduo de cloro. Seque-o completamente para evitar a formação de fungos, dermatites e otites.
Cachorros que não devem nadar
Segundo Natália Gouvêa, CEO do Hospital Amar Vet’s, existem raças com certa predisposição a se incomodarem com o clima quente. "Os braquicefálicos, como o shih tzu, pug, buldogue francês e buldogue inglês, são alguns dos cães que mais sofrem", lista.
Porém, esses animais, devido ao focinho curto, e outros com as patas pequenas — mais exemplos são o basset hound, daschhund, bull terrier, maltês, lhasa apso — não conseguem nadar. "Mas existem outras maneiras de ele se divertir com água, como, por exemplo, um bom banho de mangueira ou uma piscininha plástica infantil", tranquiliza Carla.
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